O Plano LaRouche para Reabrir a Economia dos EUA
O Mundo Precisa de 1.5 Biliões de Novos Empregos Produtivos
O presente relatório LaRouche PAC foi desenvolvido e escrito por: Robert L. Baker, Dave Christie, Richard Freeman, Paul Gallagher, Susan Kokinda, Brian Lantz, Marcia Merry Baker, William F. Roberts, Jason Ross, Dennis Small, e Helga Zepp-LaRouche. Tradutor: Miguel de Jesus.
Índice de Conteúdos
- Introdução
- Amigo, Pode Dar-me um Emprego?
- Como Criar Milhões de Novos Empregos Produtivos para os E.U.A. e para o Mundo
- Duplique-se a Produção Alimentar; Milhões de Quintas Familiares High-Tech
- Um Sistema de Saúde para o Futuro
- A Missão Espacial dos EUA; A Próxima Fronteira da Juventude
- Um Sistema de Crédito Hamiltoniano para Desenvolvimento
- Helga Zepp-LaRouche—Um Apelo aos Cidadãos Estadunidenses: O que a América Pode Dar ao Mundo!
Capítulo 7: Um Sistema de Crédito Hamiltoniano para Desenvolvimento
O crédito de investimento que é necessário ao programa de criação de empregos apresentado nesta proposta será gerado através do Sistema Americano de economia. Isto será feito por exclusão da continuidade da política suicida de tentar resgatar uma bolha especulativa de $1.8 quadriliões (através de flexibilização quantitativa continuamente expandida, e de outros resgates bancários à custa dos contribuintes).
O Sistema Americano é alicerçado no conhecimento de que a inventividade humana e as ideias criativas são as verdadeiras fontes de riqueza. Estas coisas expressam a capacidade humana para compreender as leis do universo físico, para agir com base nessas leis, e para o fazer de modo continuamente mais poderoso, com cada nova descoberta de princípio. O Sistema Americano de economia apareceu no século 17, com os colonistas Puritanos da república de Massachusetts Bay. Opõe-se diretamente ao sistema Britânico de comércio livre (hoje a depauperar-nos e a destruir-nos), que ensina que a riqueza advém de vantagem no comércio (comprar barato, vender caro), e de especulação financeira. Opõe-se também ao sistema Fisiocrático, que impinge a superstição de que a riqueza advém simplesmente da propriedade de terras. E, opõe-se à ideia socialista de que a riqueza é um mero produto do trabalho físico.
Não, disse Alexander Hamilton, o (brilhante) primeiro Secretário do Tesouro estadunidense: a riqueza é o produto da inventividade humana, e do avanço de crédito a essa inventividade para a transformar em nova maquinaria, numa nova forma de energia ou num processo químico, ou ainda num novo utensílio. A ideia de Hamilton, de que o propósito dos bancos é o de “colocar as poupanças da nação nas mãos daqueles capazes de as usar mais produtivamente”, criou a banca comercial nos EUA. A criação Hamiltoniana da banca nacional permitiu a criação de um banco (o banco nacional), a mover-se entre o governo e os bancos privados, e dotado da capacidade de alavancar as poupanças da nação como crédito nacional para manufatura e infraestrutura. O Relatório sobre Manufaturas ao Congresso, de Hamilton, foi a primeira expressão da plena intenção de que os Estados Unidos se viessem a tornar numa grande nação industrial—e não num parque de diversões onde especuladores financeiros europeus pudessem depredar agricultores estadunidenses empobrecidos.
Monetarismo Britânico inculca, nos crédulos, a noção de que o dinheiro tem valor em si próprio. O modus operandi é o de centralizar o poder de criação de dinheiro em bancos centrais, controlados por bancos privados e por concentrações financeiras privadas. Depois, esses bancos e essas concentrações podem usar esse poder para impor dívida não apenas a indústrias inteiras, mas também a governos. E, quando as especulações de dívida privada colapsam, imprimem-se enormes volumes de dinheiro para cobrir as perdas e, nisto, endividar ainda mais as populações. Num sistema monetarista Britânico, quando uma grande bolha especulativa colapsa, o papel essencial dos banqueiros centrais é o de inflacionar a próxima, ainda maior, bolha especulativa. Têm-no feito ao longo de séculos, onde quer que isso lhes seja possibilitado.
O Colapso Atinge um Ponto Crítico de Instabilidade
O falecido Lyndon LaRouche identificou a caraterística deste sistema através da sua “Tripla Curva: Uma Função Típica de Colapso” (ver Figura 1). Neste processo, a produção económica física é suprimida e declina em termos reais, ao passo que o volume de dívida e de outros agregados financeiros aumenta a uma taxa crescente. Há a impressão (eletrónica ou outra) acelerada de dinheiro (“agregados monetários”) para pagar pelo menos uma proporção das dívidas que estão a tender para colapso. Quando estas curvas se tornam hiperbólicas e, em especial, quando o ritmo da impressão de dinheiro começa a acelerar ainda mais depressa que o do crescimento de dívida (“agregados financeiros”), em simultâneo com o declínio abrupto da economia física, o resultado é o colapso do sistema financeiro.
Vamos agora reverter esse padrão desastroso.
Recuperar desta crise global profunda requer que os Estados Unidos voltem às políticas de Alexander Hamilton, que fizeram dos EUA a principal nação industrial do mundo. As políticas de Hamilton foram empregues ao longo de 150 anos durante grandes crises, não apenas pelos Presidentes George Washington e John Quincy Adams, mas também pelos Presidentes Abraham Lincoln e Franklin Delano Roosevelt: a cada vez elevando mais a economia estadunidense e, no caso de FDR, também as economias de várias outras nações.
As “Quatro Leis” de LaRouche
O grande economista Lyndon LaRouche aplicou o Sistema Americano ao desenvolvimento industrial e agrícola do planeta (e fê-lo ao longo de mais de 60 anos, até à sua morte em 2019). Numa obra de 2014, traduziu este Sistema em quatro políticas fundamentais:
1. Restaure-se a Lei Glass-Steagall, de modo a quebrar os imensos “bancos universais” que operam na órbita da City de Londres e de Wall Street, e também de modo a colocar a totalidade da bolha especulativa (hoje a exceder mais de $1.8 quadriliões) sob reorganização de bancarrota (ver Figura 2, Agregados Financeiros Globais).
2. Estabeleça-se banca nacional Hamiltoniana para providenciar o crédito necessário a recuperação. Isto pode ser feito, por exemplo, pela nacionalização da Reserva Federal, e pelo tirá-la das mãos dos predadores financeiros privados que hoje a gerem.
3. Direcione-se crédito para o desenvolvimento de nova infraestrutura económica tecnológica, e de tecnologias que aumentem a densidade energética da produção—e, trabalhe-se estreitamente com outras nações soberanas em tais projetos globais de infraestrutura.
4. E, finalmente, lancem-se “impulsionadores científicos,” incluindo programas-relâmpago científicos para fissão e fusão energética avançada, e para a exploração da Lua, de Marte, e do Sistema Solar.
O lançamento desta grande mobilização deve começar pela nacionalização do Banco da Reserva Federal, por iniciativa do Presidente dos Estados Unidos e do Tesouro. Estas partes devem assim consolidar a sua direção da Reserva Federal, e estabelecê-la como um Banco para os propósitos económicos dos Estados Unidos—e não para os propósitos de Wall Street ou da City de Londres.
Então, a nova direção do banco nacionalizado colocará um fim aos objetos pelos quais a Fed agora imprime dinheiro e emite moeda: resgatar mercados financeiros e os maiores bancos, e adquirir vastos volumes de bens financeiros, de modo a suster artificalmente o seu valor. Podem ser criadas corporações no seio do Sistema da Reserva Federal, não para dar continuidade a especulação (que tem de ser simplesmente abolida), mas para providenciar crédito a infraestrutura, em particular a infraestrutura de saúde.
A Reserva Federal nacionalizada (ou, novo Banco Nacional Hamiltoniano) agirá então como o canal de crédito para a construção de nova infraestrutura económica à escala nacional, e fá-lo-á, inclusive, pela compra das obrigações infraestruturais dos estados e das municipalidades.
E, se a Reserva Federal está agora a providenciar perto de meio trilião de dólares em empréstimos (“linhas de troca de moedas”) a bancos centrais estrangeiros, o novo banco, em vez disso, providenciará crédito para a exportação de bens capitais: em especial para a construção de hospitais e de infraestrutura pública de saúde em países em vias de desenvolvimento. E, fá-lo-á em operações conjuntas de crédito com os bancos de desenvolvimento da China, da Rússia, do Japão, e da India. Tudo isto constituirá um novo sistema internacional de crédito, moldado à imagem daquilo que o Presidente Franklin Roosevelt pretendia para o sistema de Bretton Woods após a II Guerra Mundial. E, a Reserva Federal nacionalizada pode também providenciar capital ao Banco de Exportações-Importações dos Estados Unidos (EXIM Bank), e a outras agências com a função de ajudar a construir infraestrutura de saúde, energética e agrícola noutros países.
Nos Estados Unidos, desenvolveremos “impulsionadores científicos” para acelerar o ritmo de inovações e avanços em tecnologia, e para elevar a economia a um novo nível—simultaneamente reindustrializando-a. Isto significa duplicar de imediato o orçamento da NASA para uma nova missão à Lua e para o desenvolvimento da mesma, com vista a projeção para Marte. A revolução das máquinas-ferramentas a laser será finalmente levada à indústria estadunidense. Dentro de uns poucos anos, os EUA estarão a produzir reatores nucleares avançados, inerentemente seguros e feitos em pequenos módulos, preparados para serem situados ao longo da América do Norte e ainda noutras áreas. Estes reatores poderão ser usados para dessalinização contra secas. Os caminhos de ferro serão eletrificados e tornados em corredores ferroviários de alta velocidade—em breve, de levitação magnética.
Os grandes bancos não gostarão de perder a Reserva Federal (que tem sempre estado lá para dar assistência a especulação de Wall Street). Porém, esses bancos terão de ser desmantelados e postos sob reorganização de bancarrota, através da reinstituição da Lei Glass-Steagall. Serão precisos bancos comerciais “limpos”, que não estejam no negócio da especulação e da corretagem com os fundos dos depositantes. Por outras palavras, serão precisos bancos comerciais que possam trabalhar com a Reserva Federal nacionalizada, para providenciar empréstimos a designers, construtores, inventores, e funcionários desta nova infraestrutura para a vida humana.
Estas linhas de ação (desenvolvimento científico e tecnológico doméstico, e, cooperação internacional para a construção de nova infraestrutura pública mundial de saúde, e ainda de uma “ponte terrestre mundial”, a incluir caminhos de ferro de alta velocidade) são os meios para criar muitos milhões de novos empregos produtivos: 50 milhões ao longo de uma década. Estas coisas transformarão o conhecimento, as competências e as ocupações da força de trabalho estadunidense na direção de produtividade crescente, de um nível de vida melhorado, e de poder aumentado sobre a natureza.
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