O Plano LaRouche para Reabrir a Economia dos EUA

O Mundo Precisa de 1.5 Biliões de Novos Empregos Produtivos

O presente relatório LaRouche PAC foi desenvolvido e escrito por: Robert L. Baker, Dave Christie, Richard Freeman, Paul Gallagher, Susan Kokinda, Brian Lantz, Marcia Merry Baker, William F. Roberts, Jason Ross, Dennis Small, e Helga Zepp-LaRouche. Tradutor: Miguel de Jesus.

Índice de Conteúdos

  1. Introdução
  2. Amigo, Pode Dar-me um Emprego?
  3. Como Criar Milhões de Novos Empregos Produtivos para os E.U.A. e para o Mundo
  4. Duplique-se a Produção Alimentar; Milhões de Quintas Familiares High-Tech
  5. Um Sistema de Saúde para o Futuro
  6. A Missão Espacial dos EUA; A Próxima Fronteira da Juventude
  7. Um Sistema de Crédito Hamiltoniano para Desenvolvimento
  8. Helga Zepp-LaRouche—Um Apelo aos Cidadãos Estadunidenses: O que a América Pode Dar ao Mundo!

Capítulo 5: Um Sistema de Saúde para o Futuro

A construção do hospital de campanha de Huoshenshan (com mil leitos) para pacientes de COVID-19, foi iniciada a 23 de Janeiro e completada a 2 de Fevereiro de 2020. A sua construção envolveu milhares de trabalhadores, com o trabalho de construção a decorrer 24h/dia. Esta foto foi tirada a 31 de Janeiro. O Hospital de Leishenshan, construído sob o mesmo design, foi completado a 8 de Fevereiro.

O mais importante de todos os recursos é a mente humana.

A mente humana é a fonte de todos os conceitos científicos revolucionários, de novas e poderosas tecnologias, de encantadoras obras de arte. Quantas contribuições inestimáveis ao progresso humano se perderam para pobreza avassaladora, falta de acesso a educação, ou morte prematura? Desenvolver e salvaguardar este, o mais precioso dos recursos, requer uma infraestrutura global de saúde. E, por si, uma tal infraestrutura depende da existência da infraestrutura física essencial que é mencionada ao longo deste relatório.

Começaremos pelo avanço de medidas a ser tomadas nos Estados Unidos. Depois, discutiremos as necessidades dos países menos desenvolvidos.

Saúde e Economia Não São Mutuamente Exclusivos

Os efeitos económicos da incapacidade de derrotar o vírus em tempo útil serão muito mais devastadores que quaisquer medidas que sejam tomadas para impedir a sua disseminação. Quanto mais depressa houver uma redução das estatísticas, e quanto mais depressa for possível rastrear novas infeções individualmente, tanto mais rapidamente poderemos dedicar-nos a retomar o trabalho—tanto os velhos empregos, quanto, muito enfaticamente, novos empregos nos projetos de desenvolvimento que são discutidos ao longo deste relatório! A China, que respondeu muito assertivamente ao vírus (algo que foi óbvio a quem quer que, no mundo, estivesse a acompanhar os acontecimentos), conseguiu conter relativamente a propagação da infeção, e já está a recuperar industrialmente, já em Abril reportando um crescimento de 4.5% (por comparação com o mesmo mês no ano anterior) em manufatura fabril.

Os Estados Unidos têm de se dedicar de imediato ao propósito de atingir o que se segue:

  • Elevar, no espaço de dois meses, a capacidade de testagem a um nível de 5 milhões por dia (150 milhões por mês). Este nível permitirá a exportação de materiais e equipamentos de teste—dos quais os Estados Unidos se deveriam tornar exportadores para, dessa forma, assistir as nações que não conseguem produzir os seus próprios.

  • Contratar um mínimo de 100.000 rastreadores de contatos. Isto merece o financiamento federal especial destas posições.

  • Produzir suficientes máscaras e equipamento pessoal protetivo (PPE) mais sofisticado, para permitir a um dramaticamente aumentado número de trabalhadores de saúde que desempenhem o seu trabalho com segurança.

  • Financiar investigação em tratamentos e vacinas (como no caso do programa-relâmpago dos EUA, a Operação Warp Speed), e garantir as velozes produção e distribuição destas novas capacidades.

Desenvolvendo um Sistema Global de Saúde

Porém, muito mais é implicado nos requisitos mais alargados para o desenvolvimento de um sistema de saúde global beneficiando cada nação no planeta.

Infraestrutura Básica de Saúde: Água e Sanitação. Pergunte-se a um grupo de especialistas de saúde pública qual o fator que até aqui foi mais decisivo para a melhoria da saúde humana, e eles imediatamente responderão: “sanitação.” Porém, mais de dois biliões de pessoas não têm, hoje, suficiente acesso a água potável, a sanitação adequada, ou a ambos. Isto leva a que 800.000 crianças com menos de 5 anos de idade morram de diarreia a cada ano que passa. O adequado tratamento de águas residuais, tal como a proteção e a purificação de fontes de água, salvaram centenas de milhões (senão biliões) de vidas ao longo dos últimos quase dois séculos, desde que tais medidas começaram a ser implementadas mais rigorosamente.

A alocação de instalações temporárias de sanitação (que podem ser produzidas em massa e depois distribuídas) será uma medida de passagem, para garantir serviço enquanto decorre a construção de melhorias duradouras em infraestrutura. E, essa construção constituirá uma fonte de emprego pessoalmente significativo para literais milhões de pessoas ao longo do mundo.

Hospitais e Equipamento Médico. O mundo, no seu todo, possui um inventário atual de 18.6 milhões de leitos de hospital. Isto representa um enorme défice. O standard desenvolvido pelos Estados Unidos sob a Lei Hill-Burton, é o de 4.5 leitos hospitalares por 1,000 pessoas, para cada condado—de modo a garantir a saúde e o bem-estar da população.

Os níveis atuais estão a 2.8 leitos hospitalares por cada 1,000 pessoas nos Estados Unidos, 0.7 para o Sul Asiático, 0.7 para os Países Pobres Altamente Endividados, e 0.5 para a Nigéria (que abrange um quinto da população da África Subsahariana). Para corresponder a um standard de 4.5 leitos por cada 1,000 pessoas, o mundo teria de aumentar o seu inventário de leitos hospitalares a 35 milhões de leitos—quase duas vezes o nível atual. Isto exigiria a construção de 35,200 novos hospitais modernos, especialmente em África, Ibero-América e Ásia.

Só por si, leitos não salvam vidas. Também é necessário staff médico, e casos agudos exigem equipamento adicional, tal como ventiladores.

O inventário global total de ventiladores é de difícil determinação, embora existam números que apontam para os problemas em lidar com COVID-19 em nações empobrecidas com défices em infraestrutura de saúde (ver Quadro 1). Hoje, os Estados Unidos têm cerca de 500 ventiladores por milhão, para a sua população de 330 milhões de pessoas.

País
Ventiladores por milhão de pessoas
EUA 500
Alemanha 300
India 15
Nigéria 2.5
Sudão 1.9
República Centro-Africana 0.6
Libéria 0
Será necessário um inventório global de 4 milhões de ventiladores para que todo o mundo esteja ao nível per capita de ventiladores dos Estados Unidos

Partir para a ofensiva: Revoluções em Biologia

É necessário que desenvolvamos a nossa compreensão dos próprios vírus, de modo tal que (e a começar no futuro próximo) possamos fazer mais que meramente reagir a cada novo surto. Os vírus desempenham muitas funções para além da indução de doença, e têm de ser compreendidos de um modo mais abrangente que a própria Terra.

Na secção de abertura do seu escrito de 1927, A Biosfera, o cientista russo Vladimir Vernadsky diz,

A história da biosfera é (...) drasticamente distinta daquela do resto do planeta, e o papel que desempenha no mecanismo planetário é verdadeiramente excecional. É tanto, ou até mais, uma criação do Sol, como é uma manifestação dos processos terrestres.

Os próprios vírus são uma área de estudo que pode dar-nos um insight único ao papel de fatores extraplanetários na formação e na evolução da biosfera. Após a descoberta dos vírus no século 19, aprendemos que os mesmos são inseparáveis da vida—são pervasivos ao longo da biosfera, e sabe-se que infetam todos os tipos de organismo. Existem milhões de partículas virais em cada colher de chá de água marinha; biliões de vírus flutuam nas correntes aéreas alto na atmosfera. Tal como temos, no corpo humano, um microbioma de triliões de bactérias, nós e outros organismos vivos temos também, como parte normal dos nossos organismos, um viroma de prováveis triliões de vírus.

Os vírus desempenham um papel importante num fenómeno chamado transferência horizontal de genes. Tendemos a pensar em material genético a ser passado de pais para filhos, mas em transferência horizontal de genes, o material genético de um organismo é transferido para, e incorporado no genoma de outro organismo. Já se sabia que isto ocorre regularmente em organismos unicelulares, mas estudos nas últimas décadas demonstraram transferência horizontal de genes a ocorrer entre muitos tipos de organismos mais complexos, como sejam plantas, fungos, e até animais. Alguns investigadores sugerem que mais de 100 genes no genoma humano foram incorporados a partir de vírus, nalgum ponto há muito tempo atrás. Isto inclui genes envolvidos no metabolismo e na resposta imunitária. Esta ideia desafia e enriquece a típica “árvore da vida” dos manuais, com os seus ramos paralelos separados, e postula um processo evolutivo expressando muito maior interconexão.

Agora olhemos para isto no contexto do Sistema Solar e do ambiente galáctico. Comecemos por alguma muito interessante investigação (iniciada nos 1980s) sobre a influenza sazonal. Como muitos outros fenómenos sazonais relacionados com a radiação solar, as diferentes variedades de influenza sazonal são despoletadas algo simultaneamente a cada ano no hemisfério Norte, após o que migram ao longo dos trópicos para o hemisfério Sul, para voltarem ao norte no ano seguinte.

Pandemias de Influenza e Atividade Solar: 1940-2010
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Um elemento que interessou os investigadores foi o ritmo de surtos de novas estirpes de influenza pandémica ao longo do último século, que revela uma correlação interessante, ainda que incompleta, com o ciclo solar de 11 anos. Porém, olhando para um período de tempo mais longo, 300 anos, vemos a possível marca de um fator galático. Não só as pandemias tendem a ocorrer mais frequentemente em períodos nos quais os máximos solares foram mais poderosos (indicados pela curva azul), como é também o caso que os anos (anómalos) de pandemia durante mínimos solares correspondem a períodos durante os quais a Terra recebeu influxos aumentados de radiação cósmica de fora do nosso sistema solar, devido a brilhantes supernovas.

Influenza Pandémica e Manchas Solares: 1700-2000
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Uma questão deixada por responder pelos investigadores envolvidos nestes estudos é o possível mecanismo causal. Sabe-se que os vírus podem ser ativados e desativados por certas frequências de luz. Também foi observado o modo como infeções virais latentes nalguns astronautas da Estação Espacial Internacional se tornaram subitamente ativas. Embora toda esta pesquisa seja ainda bastante preliminar, e requeira investigação adicional, é inegável que as anomalias aqui mencionadas apontam para fatores causais e moduladores do desenvolvimento da vida na Terra que estão acima de meras reações químicas ao nível terrestre.

Descobertas fundamentais sobre estas questões podem vir a revolucionar a forma como entendemos e tratamos vírus—e a saúde humana em geral.

 

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