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A Reserva Federal está em quebra  

28 de fevereiro de 2013 (LPAC)– Isto não deveria surpreender a ninguém que tenha seguido Lyndon LaRouche por anos, mas parece que por fim se estão dando conta disso na Reserva Federal (Fed), a gangue bancária de Wall Street e seus sócios principais britânicos de que o Fed mesmo está em plena quebra.

A agência noticiosa Bloomberg informou na tarde de 26 de fevereiro que eles encomendaram um teste de estresse do Sistema da Reserva Federal à firma de análise de risco MSCI, a mesma companhia que o Fed usa para realizar testes de estresse nos 19 maiores bancos dos EUA. Aplicando o mesmo critério que utiliza com os bancos, MSCI encontrou que por baixo do cenário adverso para sair da Emissão Quantitativa (EQ), as perdas ajustadas ao valor de mercado da carteira de ativos do Fed ($3 trilhões de dólares, quando era $869 bilhões em agosto de 2007) seria de $547 bilhões de dólares no transcurso de três anos. Até num cenário mais moderado as perdas seriam de $216 bilhões. A Bloomberg destaca: “As perdas em potencial são algo sem precedente nos 100 anos de história do Fed”.

Isso é muito mais que o capital do próprio Fed: se vier a ser forçado a admitir a realidade, ou seja, ajustar seus ativos ao valor de mercado, o Fed estaria em quebra. A única maneira de manter a ilusão (que é o que tenta o chefe do Fed, Ben Bernanke) é seguir imprimindo mais dinheiro para cobrir as dívidas, ou reter os ativos até que amadureçam, ou seja, não ajustá-los ao valor de mercado. Esta é a lógica das apostas de cassino dos derivados, “tudo ou nada”, levado ao extremo.

As perdas calculadas são substancialmente maiores aos próprios cálculos anteriores do Fed sobre as possíveis perdas no caso de abandonar a EQ, que estavam ao redor de $120 bilhões de dólares no pior dos casos, e inclusive isto já é maior que o capital do Fed. Uma das coisas que fazem com que as perdas sejam maiores do que deveriam ser é a insana “Operação Torção”, que foi parte de uma das mais recentes EQ com a qual o Fed trocou operações de curto prazo do Tesouro por obrigações de longo prazo, com a qual perde mais no cenário de alta de juros que se produziria com a manobra para sair da EQ.

Parece claro que a realidade que se aproxima é a que está por detrás da batalha campal que ocorre nos círculos bancários e do Fed desde a reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC em sua sigla em ingles), do Fed, em 29 e 30 de janeiro. Foi também um importante tema subjacente no testemunho de Bernanke diante do Senado na última terça-feira, dia 26, em especial dado que o colapso que ameaça a receita do Fed significa que suas remessas anuais ao Tesouro (que andaram na faixa de $70 a $80 bilhões) desapareceriam por completo. De fato, o senador Bob Corker, depois que concluiu a audiência com Bernanke, lhe enviou uma carta ontem à tarde onde pede mais informações, e exige saber: “Se está sendo gestado aqui um problema político sério, ou é simplesmente um problema de ótica que não nos deve preocupar?”. Bernanke se apressa agora diante da Comissão de Serviços Financeiros da Câmera dos Representantes, aonde provavelmente o tema voltará a ser apresentado.

O assunto das remessas ao Tesouro realmente têm chamado a atenção do Congresso. A Bloomberg cita o ex-diretor do Fed, Laurence Meyer, dizendo: “A repercussão política poderia ser particularmente grave, dado que uma boa parte dos fundos que de outra maneira se enviariam como remessas ao Tesouro, se transferiram as grandes instituições financeiras na forma de pagamentos de juros sobre as reservas. Isto pode se tornar um desafio de comunicação significativo para o Fed e impactaria adversamente sua reputação.

Este cenário catastrófico de abandonar a EQ até tem um nome na economia monetarista: “Predomínio Fiscal”. Então, enquanto todos em Washington estão obcecados com o chamaado "precipício fiscal" e os cortes automáticos no orçamento, a quebra da Reserva Federal avança a passo firme.

 

 

Glass-Steagall ou genocídio 

26 de fevereiro (LPAC)– Em documento emitido em 25 de fevereiro, o prognosticador econômico de maior êxito, Lyndon LaRouche, fez a seguinte avaliação:

“Na superfície dos assuntos econômicos atualmente, Estados Unidos, Europa ocidental e central, e outros, são presas da maior hiper-inflação da história mundial. O primeiro remédio que se tem de assegurar, deve ser a erradicação da monstruosa e completamente fraudulenta hiper-inflação dos mercados financeiros atuais das regiões transatlânticas. A hiper-inflação deve simplesmente ser anulada, e eliminar assim praticamente a totalidade da maior massa de ativos financeiros fraudulentos já concebido pela humanidade. Meu colega, Dennis Small, resumiu as causas e a natureza dessa dívida fraudulenta”.

Small documenta a fraude hiper-inflacionário em um vídeo de LaRouche PAC entitulado “A hiper-inflação: uma apresentação gráfica”, [1] colocado em 23 de fevereiro no portal eletrônico. O vídeo de 25 minutos mostra gráficos que apresentam as próprias cifras da Reserva Federal, onde se mostra que o resgate financeiro, o processo de imprimir dinheiro que leva a cabo o presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, está criando uma carga explosiva que vai destruir o sistema e a população sujeita a esse.

Logo, Small utiliza a famosa Tripla Curva de LaRouche -  a qual aportou a ferramenta analítico-conceitual para entender o atual processo tão cedo como 1995 – e demonstra como a bolha do resgate hiper-inflacionário leva a um ritmo de destruição crescente das verdadeiras faculdades produtivas do trabalho, das quais depende a existência de uma economia e de sua população. De maneira exemplar, Small mostra a destruição da força laboral mediante o desemprego, em particular na Grécia e na Espanha, aonde o desemprego entre os jovens chegou a 50%, e é projetado em 60% para o fim desse ano.

Como disse Small: “Parem um momento e pensem o que isso significa. O que significa para a existência efetiva de um país ou de uma economia, quando cerca de duas terças partes de seus jovens são jogados no lixo? Não têm um emprego! Muito menos um emprego produtivo ou um emprego de alta tecnologia. Não têm futuro! Estão matando o país, o estão destruindo. E eu lhes pergunto: Qual é a diferença entre essa destruição de um país e os campos de concentração de Adolf Hitler (também inspirado pelos britânicos)? Não há, em absoluto, nenhuma diferença sistemática entre os dois. O que está ocorrendo é um genocídio, e é um genocídio intencional. E é essa política que tem que mudar. É por isso que LaRouche diz que as alternativas que realmente enfrentamos hoje, são entre regressar ao princípio da lei Glass-Steagall, de Franklin Delano Roosevelt, em 1933, ou o genocídio”.

A alternativa está à vista. Um projeto de lei para regressar a Glass-Steagall está na Câmara dos Representantes, o HR 129. Parte da reforma original Glass-Steagall iniciada sob Franklin Roosevelt. Como disse LaRouche, simplesmente se necessita “aumentar-la com a adição de um sistema de crédito federal utilizado para financiar um aumento constante da expansão físico-econômica per capita e por quilômetro quadrado do território”.

“Se não se introduzirem essas medidas, o colapso atual "irão ocasionar uma mortandade súbita, se não a extinção da espécie humana. Já nos encontramos, atualmente, no limiar dessa onda de extinção em massa dos povos e das nações. Devem ser adotadas agora as ações corretivas. O tempo praticamente já se acabou. Meu colega Dennis Small já nos trouxe a evidência necessária mais decisiva para adotar essa ação de emergência”.

Veja o vídeo “A hiper-inflação: uma apresentação gráfica” [2]

 

Links:

[1] portugues.larouchepub.com/pdf/2013/0219_qe_hyperinflation.pdf

[2] spanish.larouchepac.com/node/18730 (vídeo em espanhol)

 

http://portugues.larouchepub.com

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