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O seguinte é uma tradução de material originalmente publicado na edição de 17 de Setembro de 2021 da Executive Intelligence Review.

A Desclassificação do 11 de Setembro Começa: Permitirá Reverter 20 Anos de Governação de Emergência?

Lyndon LaRouche: Antes, Durante e Após o 11 de Setembro (2001)

A 11 de Setembro de 2021, o FBI publicou um relatório desclassificado (porém, revisto e censurado) de Abril de 2016, a providenciar informação adicional, e conclusiva, sobre o envolvimento de agentes do governo da Arábia Saudita no apoio aos sequestradores do 11 de Setembro. Esta é apenas a primeira numa série de desclassificações que deverão ocorrer ao longo dos próximos seis meses, sob a ordem executiva assinada por Biden a 3 de Setembro.

A história completa do envolvimento saudita no 11 de Setembro tornar-se-á crescentemente clara. Porém, e em si, esse envolvimento levanta questões mais abrangentes.

Primeiro, quem, dentro dos Estados Unidos, agiu para encobrir o envolvimento saudita no 11 de Setembro? Esta questão está intimamente ligada a outras questões não-resolvidas, como seja a falta de resposta de defesa aérea durante o próprio 11 de Setembro de 2001, após os eventos no World Trade Center terem tornado claro que um ataque estava em decurso; bem como anomalias à volta dos próprios efeitos do ataque.

Segundo, quem promoveu e financiou a operação, e para que fim? A questão “cui bono?” [i.e. “quem é beneficiado pelo evento?”—N. do T.] não aponta para Ríade, mas sim para Londres.

O 11 de Setembro de 2001 deu início àquilo que foram duas décadas de gestão de emergência. Durante estas duas décadas, planeamento de longo termo foi substituído por respostas para ameaças supostamente urgentes. E, agências de inteligência e instituições financeiras vieram a adquirir continuamente mais poder ao longo do mundo transatlântico.

Esta mudança de duas décadas na governância do planeta (ou, pelo menos, no seu setor transatlântico) foi prevista por Lyndon LaRouche, ainda antes dos ataques do 11 de Setembro.

A 3 de Janeiro de 2001, durante um webcast organizado pela Executive Intelligence Review, e, quando respondia a uma questão colocada pelo Agrupamento Negro no Congresso dos EUA (sobre a nomeação, por Bush, do “Confederado inveterado” John Ashcroft como Procurador-Geral), Lyndon LaRouche avisou para o perigo de que o próprio governo dos EUA viesse a ser substituído por gestão de crise, e também para a ameaça de que um evento similar ao incêndio do Reichstag viesse a ser usado para instituir poderes ditatoriais, sob a recém-inaugurada Administração Bush, sob a compulsão de colapso do sistema financeiro. LaRouche:

"Estamos a entrar num período no qual, ou fazemos o tipo de coisas que vos resumi hoje, ou então, o que vão ter, não é um governo. O que vão ter é algo como um regime nazi. Talvez não inicialmente, à superfície. O que vão ter é um governo que não pode passar legislação, legislação relevante. Como é que um governo que não pode passar legislação relevante, governa, sob condições de crise? Em todos os casos na História conhecida, governam através daquilo que é conhecido como gestão de crise.

"Por outras palavras, tal como o incêndio do Reichstag na Alemanha.

"Como é que isso aconteceu?

"Bom, um holandês, que era um lunático conhecido, costumava pegar fogos, como provocador. E ele andava pela Alemanha a pegar fogos. E, uma noite, sem segurança disponível para o Reichstag [o Parlamento do Terceiro Reich], ele entrou no edifício do Reichstag, e pegou-lhe fogo. E Hitler apareceu e disse, ‘Bom, esperemos que tenham sido os comunistas a fazer isto’. E Göring mobilizou-se, e o aparato Schmitt, isto é, o de Carl Schmitt, o jurista. E passaram a Notverordnung. E, com base numa provocação (ou seja, gestão de crise), impuseram a Notverordnung [decreto de emergência], que estabeleceu Hitler como ditador da Alemanha.

“O que vão ter, com uma administração Bush frustrada, se estiver determinada a impedir oposição (a sua vontade), o que vão ter é gestão de crise. Onde membros de seções de guerra especial, de governo secreto, das equipas de polícia secreta, e assim sucessivamente, vão despoletar provocações, que serão usadas para criar poderes ditatoriais e emoção, em nome de gestão de crise.

“Vão ter pequenas guerras a serem despoletadas em várias partes do mundo, às quais a Administração Bush responderá, com métodos de provocação derivados de gestão de crise. É isso que vão obter. E esse é o problema. E têm de enfrentar isso de frente. Têm de controlar este processo agora, enquanto ainda têm o poder para o fazer»

Vários anos após os ataques do 11 de Setembro, houve a erupção de um enorme escândalo à volta do “Al Yamamah”, um negócio então de 22 anos, assinado em 1985, entre o fabricante de armas britânico BAE, e o Reino da Arábia Saudita. O “Al Yamamah” envolveu enormes quantidades de dinheiro não-contabilizado, de subornos, e de armas. A 21 de Junho de 2007, LaRouche, a falar num webcast intitulado "BAE: A Maior Questão Por Resolver No Mundo Atual", voltou ao aviso que já antes tinha feito:

“O mundo tem estado a viver sob um sistema, que é o sistema do 11 de Setembro; que já existia, como avisei no início de 2001, antes de o Presidente George W. Bush ser inaugurado pela primeira vez, em Janeiro de 2001. E onde eu disse, o sistema mundial chegou ao ponto em que se está em pleno processo de colapso do sistema. Não podemos determinar exatamente quando ou como é que este colapso vai ocorrer, mas sabemos as duas seguintes coisas.

"Primeiro, sabemos que este Presidente e esta Presidência não conseguem lidar com esta crise. É, portanto, de esperar que o mundo inteiro seja sujeito ao tipo de coisa pela qual passámos em Fevereiro de 1933, quando Hermann Göring, o homem por detrás do trono, se quisermos, o Dick Cheney da Administração Hitler, orquestrou o incêndio do Reichstag como um evento terrorista. E, este evento terrorista foi usado, nessa noite, ou no dia seguinte, para instalar Hitler com poderes ditatoriais, que Hitler nunca perdeu, até ao dia em que morreu!

"E eu disse então, o perigo é que algo deste tipo venha a ocorrer, sob as tendências atuais nos Estados Unidos, e eis que ocorreu mesmo. E foi chamado 11 de Setembro.

"E agora, sem entrar nos detalhes do que sabemos, e do que não sabemos, sobre como o 11 de Setembro foi orquestrado, sabemos que os únicos meios pelos quais este tipo de coisa é orquestrada, são encontrados numa localização, num complexo financeiro que está centrado na identidade da BAE. Esse é o mistério do 11 de Setembro. Como é que foi feito, a mecânica da coisa; isso é irrelevante. Acabaremos por descobrir. E, toda a gente no governo, e à volta do governo, que compreende estas questões, sabe disso! E é aí que está o ónus da questão.

"Chegámos ao ponto em que todo o sistema está a colapsar. Esse sistema, neste ponto, por causa da cumplicidade do atual governo dos EUA, e pela cumplicidade da liderança do Partido Democrata, e pela cumplicidade da liderança do Partido Republicano, por causa disto, estamos a viver sob um sistema de um-mundo, genericamente chamado ‘globalização’. É uma preparação para a nova Torre de Babel, sob a qual não existem nações, e na qual as línguas começam a tornar-se numa baboseira confusa. Sob este sistema, quem o controla? É chamado ‘globalização’; é chamado ‘a crise do aquecimento global’; é chamado estes vários tipos de coisas, referindo-se a estas coisas. É um sistema de um-mundo! Não está consolidado, mas cada obstáculo a este sistema de um-mundo está a ser demolido.”

20 anos depois, a aventura insensata da NATO e dos EUA no Afeganistão acabou em desgraça, e começam a vir à luz fatos adicionais sobre o evento que gerou uma mudança global em governância.

As últimas duas décadas de geopolítica e hegemonia serão repudiadas e revertidas? O povo estadunidense, e o mundo, virão a saber o que aconteceu no 11 de Setembro?

Uma mentira de proporções épicas criou 20 anos de ofensas contra os direitos humanos, entre as quais a Lei Patriota [i.e. “Patriot Act”], a Guerra no Afeganistão, a Guerra no Iraque, o desastre na Líbia, a Guerra no Iémen, intervenção militar na Síria e, a não ser que a presente dinâmica venha a ser parada, guerra com Rússia e China.

A não ser que a supracitada mentira seja contrariada, e que o roubo (através de gestão de crise) do próprio conceito de “futuro” seja revertido, a espécie humana pode vir a ser dizimada pelas condições de idade das trevas que são perspetivadas pelos proponentes de guerra geopolítica, de governância supranacional “verde”, e de “mudança de regime” financeira.

Lyndon LaRouche tinha razão quando, há mais de 20 anos atrás, antecipou este curso de desenvolvimentos. Será que, hoje, o mundo aceitará os seus conselhos?

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Tradução: Rui Miguel Garrido

 

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