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Deputada Italiana Coloca Questão à Comissão Europeia
sobre a Lei Glass-Steagall

18 Maio de 2010 (EIRNS) – A Deputada italiana no Parlmento Europeu, Cristina Muscardini, despachou o seguinte interrogatório à Comissão Europeia, no que concerne à emenda McCain-Cantwell e sua adequação para inserir-la como política da União Europeia.

Muscardini é Vice-Presidente da Comissão Europeia para Comércio Internacional do Parlamento  Europeu e foi Deputada do Parlamento italiano. A seguir, a tradução de seu interrogatório em português. A versão original do mesmo em italiano, pode ser consultado no portal electrónico da mesma Deputada, Mascardini.

 

O Interrogatório escrito no Parlamento Europeu da Comissão Europeia  

13 de Maio de 2010 

Cristina Muscardini 

A Lei Glass-Steagall, como referência?  

No dia 6 do mês em curso, a Senadora Democrata Maria Cantwell e o Senador Republicano John McCain fizeram entrada ao Senado de uma emenda à “Reforma financeira” feita pela Casa Branca perante ao Senado, na qual despertou um consentimento geral de apoio. De acordo a Agência EIR News Service, N° 39, a emenda, modelada na Lei Glass-Steagall de 1933, que protegeu depósitos bancários contra os ataques especulativos durante a “Grande Depressão”, tivera recebido um índice de apoio de 78% nas sondagens realizadas nas primeiras 48 horas e generou numerosas iniciativas no Congresso para restringir o poder dos bancos e fundos especulativos (hedge funds).

Entre outros efeitos, a Lei de 1933 separava o banco commercial das entidades financeiras e obstruia estas de utilizar o dinheiro dos depositores para seus negócios. O Senador McCain tivera declarado: “Eu quero estar seguro que os contribuintes estadounidenses nunca mais serão sobcarregados com uma factura de $700.000 milhões ou mais, para resgatar a indústria financeira. Se as instituições de Wall Street quiserem fazer parte das transações arriscadas, tudo bem. Só que não devemos permitir que seja feita com depósitos garantidos pelo Governo Federal. Chegou a hora de pôr a cabo os excessivos de Wall Street, financiados pelos contribuintes”.

Se dirá que os Estados Unidos não é a União Europeia, mas se tem definido a crise financeira como sistémica e, portanto, global. Por conseguinte, as medidas contra a crise que se devem aplicar nos Estados Unidos, também seríam válidas na Europa, que tem decidido de forma independente tomar medidas defensivas significativas contra os problemas com as dívidas públicas e contra as especulações, para proteger a moeda Euro. Muito bem! Mas, 

1. A Comissão tem uma opinião sobre a Glass-Steagall? 

2. Não considera oportuno a Comissão que a U.E. e os E.U.A. restabeleçam os princípios da Lei Glass-Steagall, que ao isolar os bancos comerciais dos bancos de investimentos, de fato proibia efectuar emissões de valores arriscados e especulativos como os que originaram a borbulha especulativa e a consequente crise financeira? 

3. Não crêem que tais medidas contribuiriam de modo eficaz a proteger os accionistas pequenos, e evitar propagação excessiva da moeda virtual, uma causa importante da crise do sistema?

 4. Ao impôr regulamentos inovadores às finanças, não seria mais fácil encontrar formas de investimentos para o desenvolvimento da economia real, que, ao produzir riqueza, seria mais efectivo no combate ás dívidas?

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