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O crédito de Hamilton:
aumentar a produtividade do homem 

O texto seguinte é um enxerto da fala de Lyndon LaRouche no webcast de 5 de julho de 2013[1], no qual ele ilustra pedagogicamente  o princípio elementar do crédito do modo como ele originalmente foi entendido pelo fundador do Sistema Americano de economia, Alexander Hamilton. 

LAROUCHE: Primeiro de tudo, sobre o crédito: não o mistifiquem. Vamos pegar o caso do agricultor norte-americano, operando sob as políticas da descoberta fundadora de Alexander Hamilton. O que acontece é que você começa com um processo na agricultura, na produção de alimentos. Porque a primeira coisa que a humanidade tem que fazer é produzir alimentos, ao menos que eles queiram comer seus vizinhos ou algo assim!

Vamos dizer que você é um agricultor do século XVIII. O que você faz? Bem, você produz alimentos. Você desenvolve os meios de produzir alimentos, sobre as bases do que você pode extrair da terra, dos utensílios e assim por diante, que poderão ajudá-lo no cultivo. Então, você começa ali.

Agora, enquanto cultiva o alimento, você tem um período – quando a temporada começa você planta as coisas, e aí você as cultiva, até fazer a colheita. Agora, você está numa sociedade, numa sociedade que está progredindo. Por que está progredindo? Porque está produzindo materiais úteis para quem cultiva alimentos de fato. Daí você compra maquinaria e outras coisas que permitam a você como agricultor fazer coisas que aumentem sua produtividade.

Mas aí você diz: se eu preciso aumentar minha produtividade  um pouco mais, eu terei que ir ao meu vizinho e trabalhar por um acordo em tecnologia, por onde eu produza coisas úteis para a comunidade agrícola, a comunidade dos cultivadores de alimentos; silvicultura, toda a coisa. Assim, portanto, você começa: você planta uma semente de acordo com a estação; você chega ao ponto em que o tempo de colheita chega, vamos dizer, em outubro; o que você faz agora? Você leva o alimento para o mercado. Simples!

E agora o que acontece? Mas o que você paga? Ah! Bem, o cara que faz os utensílios e outras coisas similares para a produção, por fora da agricultura, irá pagar pelo alimento que você produziu. Não apenas para ele mesmo – o agricultor – mas para aquele que processa o produto do trabalho agrícola e assim por diante, ou os abastecimentos.

Assim, portanto, a característica inerente de uma sociedade não oligárquica, é que todo mundo contribui para a profissão de todos, para uma parte necessária da totalidade dos negócios, e expande o número de profissões disponíveis! Isso significa que o resultado é que agora você produz alimentos – isso é um valor; mas você também irá usar esse valor para fazer maquinarias e assim por diante, que aumentam a produtividade da sociedade.

Logo, isso não é uma política de “você irá fazer isso, e você aquilo”. É uma política de como você pega o esforço total da humanidade, para manter e incrementar a produtividade da vida, da vida humana e outras formas de vida? Isso significa que a quantia total pela qual você está sendo pago, em termo de produção, inclui essa interação.

Logo, não é um mistério que você tenha que ter alguém chegando com uma vara, batendo nas pessoas e dizendo: “esse será o preço”. Isso aparece como um preço natural, assim como foi discutido pelo fundador de nosso sistema [Hamilton], e esse é o sistema.

Assim, portanto, o que você deve fazer é perguntar: o que é que nós não precisamos? O que é que nós pagamos que não é necessário à sociedade? Algo que podemos eliminar e que irá fazer as coisas custarem menos para a maioria das pessoas...? Wall Street, por exemplo! Elimine a Wall Street! E qualquer sistema bancário que não tenha eliminado a Wall Street, deve ser eliminado por métodos naturais; não vale a pena pagar por isso.

Assim, portanto, a idéia é eliminar a Wall Street, e isso é o que devemos fazer agora. Se nós queremos salvar os Estados Unidos, a primeira coisa que devemos fazer é eliminar a Wall Street. Simplesmente eliminá-la! Ela não produz nada para alimentar as pessoas – bem ao contrário, ela é uma chupadora de sangue da humanidade. Nós não precisamos desse tipo de banca! Nós nunca precisamos! E nós não iremos pagar por isso!

Existem componentes da produtividade que nós conhecemos enquanto seres humanos; como sociedade, nós sabemos que essas coisas interagem e são interdependentes. Nós queremos melhorar, fazer crescer, melhorar essas coisas interdependentes. Porque nós iremos ter uma política baseada nelas. E esse é o nosso sistema. Esse é o sistema de Alexander Hamilton.

Se você se lembrar, quando a Constituição estava sendo implantada e eles tentaram transformar essa Constituição em um sistema [nacional], foi exatamente isso que foi feito: e os documentos estão todos lá, e todas as receitas estão lá. Não existe mistério sobre isso. Alexander Hamilton entendeu tudo. Ele o elaborou, e é assim que funciona!

Mas, o problema é que os europeus estavam amplamente, e fortemente, atados a sistemas oligárquicos, que são predatórios por natureza – instintivamente predatórios por natureza – criando uma situação aonde nós, na antiga América, e nos Estados Unidos, nos defrontamos com um sistema oligárquico europeu que era podre, selvagemente perdulário, inflacionário, e tudo mais. Nós poderíamos fazer mais barato.

Por exemplo, nossa produção, nosso crescimento na agricultura e outras coisas, durante o curso da Guerra Civil, criaram um dos maiores e mais rápidos aumentos de produtividade que o mundo jamais viu. E nós fizemos isso varias vezes. Sob Roosevelt, por exemplo; o modo como Roosevelt lidou com o problema, funcionou de maneira similar. Não foi, exatamente, explicitada a maneira com que eu explicito isso; mas a maioria das pessoas que estavam fazendo isso, como [Henry] Wallace e outros mais, entenderam exatamente como é isso.

A fonte de renda da humanidade é a produção do tipo de coisas que a torne mais produtiva. Isso é um conceito bem simples que os europeus tendem a não ter. Os europeus têm sido influenciados ao progresso nessa direção, a miudo, em diferentes partes do mundo. Mas nós, nos Estados Unidos, somos únicos nesse respeito. E o que aconteceu na colônia da baía de Massachusetts, antes do tempo em que os holandeses a subjugaram, foi algo similar.

Esse conceito se espalhou pela Europa, onde partes inteiras do continente foram influenciadas por fontes norte-americanas, por tipos de coisas similares que foram desenvolvidas de outro modo dentro dela. Portanto, esse é o nosso sistema. Esse é o Sistema Americano, e a europeia e outras culturas fazem – ou tentam fazer – mais ou menos a mesma coisa.

O problema tem sido o interesse britânico: varias pessoas nos Estados Unidos que tentaram derrotar esse conceito. O problema é que nosso povo perdeu esse conceito, porque eles tiveram o cérebro lavado – eles acreditam em terem o cérebro lavado – e assim eles não compreendem o quão elementar é esse princípio, ao menos nesse nível. A mesma coisa se aplica num nível superior, mas sem chegar a esses altos níveis de sofisticação, essa é a situação.

Se nós compreendermos o que Alexander Hamilton fez para tornar isso possível para a economia dos Estados Unidos realmente funcionar, e nós simplesmente entrarmos nessa visão, ela não terá nada a ver com como você lida com o dinheiro. Você estará tentando encontrar uma idéia natural para o uso do dinheiro, exatamente como Hamilton explicitou em seus textos publicados. Está tudo ali.

E é natural, no sentido das relações produtivas – ou nas inter-relações de produtividade e progresso – determinar isso. É o único jeito que as coisas funcionam.

[1] https://larouchepac.com/node/27230

 

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