Este artigo é uma tradução de material originalmente publicado na edição de 23 de Outubro de 2020 of Executive Intelligence Review.
Apelo à Ação: Assistência Alimentar de Emergência para África Agora!
O seguinte texto é adaptado da apresentação da Sra. Baker, em 17 de Outubro de 2020, à Reunião Aberta Nacional do Comité de Ação Política LaRouche. A apresentação foi intitulada “Assistência Alimentar de Emergência a África Agora! O Presidente Trump Pode Fazer Toda a Diferença.” O vídeo completo está disponível aqui.
20 de Outubro—Esta semana, o Diretor Executivo do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, David Beasley, disse que sete milhões de pessoas já morreram de fome durante este ano, e que, na ausência de ação, milhões mais (podem até chegar a 30 milhões) morrerão nos próximos meses. Adicione-se a isto as mortes por COVID-19 (oficialmente, mais de um milhão neste momento), que estão insuficientemente contabilizadas, contadas por baixo, e corremos o risco de vir a estar perante o holocausto de 2020. Para prevenir este cenário, Beasley apelou a um financiamento de USD 6.8 biliões daqui até ao início de 2021.
David Beasley falou em Roma no dia 13 de Outubro, na abertura de uma conferência de três dias da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Depois, em 16 de Outubro, no Dia Mundial da Alimentação, Beasley voltou a falar para se focar no Sahel (onde esteve em pessoa durante a semana passada), e dizer que, do seu ponto de vista, o mundo de hoje tem “fome de cooperação,” tanto quanto fome de comida.
As ações de Beasley e as da agência que dirige estão agora ao nível de uma intervenção especial, para salvar vidas e para promover ação colaborativa. Em 9 de Outubro, o Programa Mundial de Alimentos ganhou o Prémio Nobel da Paz, pelo trabalho que tem vindo a desenvolver. As primeiras palavras de Beasley ao saber disto, enquanto no Níger, foram “Uau—muitos uaus!” Depois, disse que “isto é um apelo à ação.” Agora “temos a atenção do mundo.”
Isto é de importância estratégica, uma vez que Beasley é um associado do Presidente Trump, que o nomeou para o presente cargo no início de 2017, uma nomeação então aprovada na ONU. Beasley foi Governador da Carolina do Sul (1995-1999), como Republicano. Os EUA são os maiores contribuidores para o Programa Mundial de Alimentos, através de financiamentos e também de outras formas. O impacto que terá se a Presidência dos Estados Unidos se mobilizar para lidar com esta crise pode vir a fazer literalmente toda a diferença no mundo—tal como o Presidente Trump já se está a mobilizar na direção de ciência espacial, biociências, e poderio agroindustrial. Pode-se imaginar: um telefonema da Casa Branca para o presidente Putin, ou para o presidente Xi, ou para a chanceler Merkel e outros, para obter mobilização contra holocausto por pandemia e por fome, e as coisas acontecerão.
A taxa de mortalidade, agora a escalar, tanto via COVID-19 como através da pandemia de fome, advém da quebra do sistema económico. No que respeita ao vírus em si, a ciência e a tecnologia que são necessárias para conter tais patogénios (nos domínios vegetal, animal e humano) já existem. Porém, não as estamos a implementar. E, no caso da comida, a ciência e a tecnologia para a produzir também estão disponíveis, mas não as estamos a usar (a exceção notável é a China). Esta é uma crise política e moral, e não de limitação de recursos. E é isto que temos de mudar, no espírito de resposta à emergência.
Uma Questão de Vida ou de Morte
Um apelo de emergência foi emitido em 13 de Outubro a partir da África do Sul, por Ramasimong Phillip Tsokolibane, o líder do movimento LaRouche no país. A declaração de Tsokolibane é intitulada “Uma Questão de Vida ou Morte—Apelo à Mobilização Internacional de Recursos Alimentares para Combater a Fome em África”.
O Sr. Tsokolibane afirma:
... [A] questão que enfrentamos, se queremos salvar vidas, é a de garantir enormes quantidades de comida, o mais depressa possível, para assistência a pessoas desnutridas e famintas. Dado o estado da infraestrutura no continente, e o fato de que muita da fome está a ocorrer em áreas rurais isoladas, a distribuição de alimentos que tem de ser levada a cabo está muito para além dos meios dos governos individuais e das agências de ajuda humanitária.
Acredito que temos de mobilizar as capacidades logísticas das forças armadas mais capazes do mundo, e elaborar uma estratégia para trazer abastecimentos alimentares de nações produtoras como os Estados Unidos e o Canadá, e levá-los diretamente àqueles que dos mesmos precisam. Que aliados e adversários juntem forças, neste que é o maior de todos os esforços humanitários.
O Sr. Tsokolibane apelou diretamente ao Presidente Trump:
Aceite este desafio. Dê aos agricultores dos EUA a missão de produzir comida para alimentar os famintos, ao mesmo tempo desdobrando os vastos recursos das forças armadas dos EUA nesta missão de misericórdia, a missão de levar comida àqueles que dela precisam, ao longo do meu continente.
Tsokolibane fez uma referência apreciativa à Primeira-Dama Melania,
que, enquanto visitava o continente em Outubro de 2018, comprometeu-se a ajudar África, e em especial as crianças de África, de todas e quaisquer maneiras possíveis. Através de ações de emergência tome quaisquer passos que sejam necessários para fazer com que isto aconteça.
O que deverá advir desta iniciativa, disse ele, será o tipo de cimeira internacional de grandes potências à qual Helga Zepp-LaRouche, Presidente do Instituto Schiller, tem vindo a apelar.
O Mapa da Fome
Aqui está uma imagem (ver Figura 1) da extensão da fome em África e noutros sítios, até ao mês de Julho. O número total de pessoas identificadas nas 30 nações apontadas soma 230 milhões, e há ainda muitas outras pessoas noutros países a passar por este tipo de situação. Hoje, existem cerca de 270 milhões de pessoas a precisar de ajuda alimentar, de acordo com o afirmado pelo Programa Mundial de Alimentos em 16 de Outubro.
Em África, existem 155 milhões de pessoas a precisar urgentemente de comida. Estas pessoas distribuem-se ao longo de 14 nações (entre outras). Em números (e, em milhões): Burkina Faso (4.8); Camarões (5.2); República Centro-Africana (3.1); República Democrática do Congo (21.0); Etiópia (18.0); Libéria (0.84); Mali (3.5); Moçambique (3.3); Níger (5.9); Nigéria (23.8); Serra Leoa (2.9); Somália (6.3); Sudão do Sul (10.2); Sudão (17.7); Zimbabwe (6.3).
Na Ásia, são 60 milhões, ao longo de nove nações. Em milhões: Afeganistão (20.8); Bangladesh (1.3); Iraque (1.8); Líbano (2.9 antes da explosão de Beirute); Paquistão (4.5); Palestina (2); Síria (9.2); Turquia (2.1); Ucrânia (0.5); Iémen (24.8).
Nas Américas, são 34 milhões de pessoas, distribuídas por nove nações. Em milhões: Colômbia (1.6); Equador (0.5); El Salvador (0.5); Guatemala (3.6); Haiti (6.9); Honduras (2.8); Nicarágua (0.1); Perú (0.8); Venezuela (18.2).
Pode-se bem imaginar o que deu origem a este cenário. Há fatores específicos, tais como a praga de gafanhotos, doenças do gado e mau tempo. Porém, e em background, também encontramos o fato de toda a plataforma de produção ser baseada em baixa tecnologia, levando a condições precárias e a colheitas de baixa produção. Tsokolibane:
Este subdesenvolvimento deliberado [foi] deliberadamente imposto pela influência neocolonial do Império Britânico, agindo através do seu poder financeiro na City de Londres e em Wall Street.
Depois, surge o vírus SARS-COVID-2, com todas as suas disrupções. Camiões não conseguem atravessar fronteiras para entregar pesticidas ou colheitas. Agricultores não conseguem ir para os seus campos. Pessoas que prestam assistência técnica e extensão rural não conseguem ir de um lado para o outro. E, existem terríveis situações de pessoas sem meios para comprar comida, mesmo que seja nos próprios mercados locais.
Regiões Agroprodutoras em Crise
Agora, e para preencher este cenário, há que voltar a uma perspetiva de mundo inteiro. Ao longo das décadas recentes, a África tornou-se mais, não menos, dependente da importação de alimentos essenciais. É 40% dependente da importação de produtos alimentares essenciais—cereais—arroz, trigo, sorgo, e outros essenciais. Estes abastecimentos vêm das regiões agrícolas de alta tecnologia dos EUA, Canadá, Europa, Austrália, Argentina, Brasil—e também Rússia, Ucrânia, Cazaquistão. As firmas transnacionais de transações e comodidades do cartel Wall Street / Londres dominam a larga maioria do comércio, e organizam-no desta forma através da Organização Mundial de Comércio, e de operações relacionadas.
Então, e por exemplo, pegue-se no sorgo—os produtores estadunidenses não recebem nada, e os consumidores africanos têm de pagar mais do que podem. Além disso, África, a América Central e do Sul e partes da Ásia estão pontilhadas de enclaves de agricultura para exportação, onde há a produção de flores, produtos agrícolas, peixe, entre outros, para exportação para a Europa e para os EUA, em detrimento da criação de capacidades para o abastecimento alimentar básico das nações exportadoras. Isto acontece do Quénia ao Equador.
A situação já se estava a tornar tão má antes do COVID-19 que, ao longo dos últimos poucos anos, a fome mundial estava a aumentar, não a diminuir—com a exceção da China. Em décadas recentes, os cartéis agroalimentares auferiram enormes lucros (incluindo ao longo deste ano, durante a pandemia). Tome-se o exemplo da Cargill. Mas o lucro abusivo não é o pior. Adicione-se ao mesmo o fascismo alimentar “verde”.
Por cima dos preços baixos para os agricultores nos EUA, na Europa, na América do Sul e noutros lados, o lado verde de Wall Street e Londres emerge para ditar como restringir o funcionamento da agricultura independente de escala familiar. Isto é feito através de restrições sobre o uso da água, dos químicos, da terra, de como os animais são criados—etc. Esta ofensiva, por cima dos preços baixos aos agricultores, resultou no pico das taxas de suicídio nas regiões agrícolas dos EUA. Na Europa, os agricultores mobilizaram-se em protestos de rua com comboios de tratores.
Crise de Colapso, a Necessidade Urgente de um Novo Paradigma
Todo este sistema—que nunca deveria ter sido deixado acontecer—está agora ele próprio em colapso. O Instituto Schiller proporcionou um fórum para agricultores e representantes de África e de outros lugares através de quatro conferências realizadas de Abril a Setembro (e, de muitas outras discussões paralelas), para discutir a crise alimentar e agrícola.
Em Abril, o Diretor do Programa Mundial de Alimentos alertou o Conselho de Segurança das Nações Unidas que o COVID-19, a surgir por cima de uma fome já (ainda antes do vírus) continuamente agravada, estava a criar uma situação pior que após a II Guerra Mundial. E, numa reunião da FAO, alertou que, pelo Outono, e na ausência de ação, poderíamos estar a atingir um ponto no qual estariam a morrer 300.000 pessoas por dia, com isto a perdurar ao longo de três meses. Chamou-lhe, “uma crise de proporções Bíblicas.”
Em Maio, o Instituto Schiller lançou um apelo internacional à ação: “Prevenir a Pandemia de Fome! Salvar os Agricultores, Distribuir a Comida.” Durante o Verão, Helga Zepp-LaRouche, a Presidente do Instituto Schiller, deu início a uma nova iniciativa global de saúde. E, a ex-Cirurgiã Geral dos EUA, Dra. Joycelyn Elders, nos seus esforços em nome de uma mobilização internacional pela saúde, apontou a nutrição, e uma alimentação adequada, como precondições para uma população saudável.
Ao mesmo tempo, surgiram programas para o necessário novo sistema económico. Em Maio, o Comité de Ação Política LaRouche emitiu um relatório, “O Plano LaRouche para Reabrir a Economia dos EUA: O Mundo Precisa de 1,5 Biliões de Novos Empregos Produtivos” (Executive Intelligence Review, 29 de Maio de 2020; versão em português aquí.). Em França, o movimento LaRouche emitiu uma “Agenda”, um plano estratégico para o estabelecimento de uma economia produtiva. E, durante este mês, um plano similar foi publicado na Alemanha.
E eis que agora surge um novo ímpeto para levar esses desígnios adiante, e esse ímpeto vem do “Apelo à Ação” para assistência alimentar a África (do Diretor Executivo do Programa Mundial de Alimentos, David Beasley), e da voz sul-africana de Tsokolibane, que fala em nome de todo o seu continente. Tsokolibane destaca que o Presidente Trump pode desempenhar um papel crítico ao mobilizar-se para isto, e pelo regressar às relações estratégicas que cultivou com sucesso no início da sua Presidência, e que foram então sabotadas pelos inimigos da Humanidade.
O Que Fazer
1. Assistência Alimentar de Emergência. As quantidades e os tipos de alimentos que são necessários (cereais, proteínas, óleos, açúcares, alimentos fortificados) podem ser reunidos, por meio de um processo drasticamente expandido de requisição pelo Programa Mundial de Alimentos, para entrega direta, a par do desembolso direto de subsídios alimentares para pessoas necessitadas. Para que isto possa acontecer, o financiamento tem de começar a fluir de imediato na direção dos USD 6.8 biliões solicitados. A política é a de “limpar o armário” para atender às necessidades imediatas.
A logística de entrega dos abastecimentos tem duas dimensões, que têm de ser atendidas para lidar com a emergência:
Em primeiro lugar, tem de haver a expansão do próprio sistema de transportes do Programa Mundial de Alimentos, que distribui quase toda a assistência humanitária e alimentar da ONU (e que também inclui medicamentos, assistência em catástrofes, materiais educacionais). Isto já foi feito até certo ponto por nações que disponibilizaram aviões e tripulações, e.g., os E.A.U. e o Canadá. O Programa Mundial de Alimentos (WFP) / Resposta Humanitária das Nações Unidas (UNHRD) tem uma rede de seis bases de armazenamento para o pré-posicionamento de alimentos e assistência, com aeródromos, armazéns, alojamentos temporários, instalações de descontaminação, etc. A sua frota aérea, a UNHAS (Serviço Aéreo Humanitário das Nações Unidas), operada pelo WFP, tem cerca de 90 aeronaves. De especial importância para África no momento presente, são os pólos UNHRD em Acra (Gana), em Brindisi (Itália), em Las Palmas (Espanha), e no Dubai. Também existem pólos no Panamá e em Kuala Lumpur (Malásia).
Em segundo lugar, há que mobilizar capacidades logísticas militares dos EUA e de outros países, e isto não apenas para o transporte aéreo, mas também na área de destino: para a construção, ou preparação da construção de infraestrutura (estradas, infraestrutura portuária, aeródromos, armazéns, provisões de contingência para electricidade e água) para a obtenção de benefícios permanentes.
2. Comissionar e Pré-Posicionar Mais Comida. Para suster abastecimentos ao longo dos próximos meses, há que posicionar com suficiente antecedência os necessários volumes de alimentos, e que dispor a capacidade necessária para os distribuir. Há que levar a cabo o armazenamento na cadeia de abastecimento, bem como o pré-posicionamento em localizações-chave, próximas das regiões de distribuição. Em várias áreas, há um défice de capacidade de processamento alimentar. Por exemplo, nos EUA, a capacidade de produção de leite em pó é muito restrita, e tem de ser aumentada. A capacidade de enlatar produtos pecuários é limitada e pode ser aumentada. Têm de ser eliminadas quaisquer limitações na moagem e na confeção especial de comidas fortificadas, etc. A Lei de Produção de Defesa Nacional pode ser invocada sempre que necessário. Foi usada este ano para a produção de ventiladores e equipamentos de proteção individual para combater o COVID-19.
3. Aumentar a Produção Alimentar. Nos EUA, no Canadá, e nas nações participantes com uma agricultura estabelecida de alta tecnologia, a meta é produção alimentar aumentada, começando no próximo período de colheitas, e continuando ao longo dos ciclos de colheita durante os próximos anos. Isto requer intervenção, com o estabelecimento de preços decentes para os agricultores—com base em paridade, e medidas relacionadas.
Em localizações limitadas por défice infraestrutural e por agricultura de baixa tecnologia, tudo o que possa ser feito no curto prazo (melhores sementes, fertilizantes, pesticidas, combustível, equipamentos, etc.) deve ser feito, para, no mínimo, obter os benefícios possíveis. De modo concreto, isto significa que os muitos programas de assistência caritativa à produção (e.g. as doações de fertilizantes a localizações em África, na Ásia e nas Américas) devem ser escalados rapidamente.
Assistência especial tem de ser prestada para derrotar por inteiro a catástrofe dos gafanhotos em África e no Sul Asiático, e também para lidar com surtos de doenças afetando as colheitas e o gado, em especial a epidemia africana de febre suína.
Para aumentar a oferta no curto prazo, redirecionar os fluxos de alimentos essenciais que hoje são exportados de África para a Europa (por exemplo, frutas, vegetais e peixes), fluxos estes que resultam dos padrões de comércio impostos pelos cartéis transnacionais. Ao invés, fazer uso desta comida, e da capacidade para a produzir, para corresponder a necessidades em África agora, durante a emergência de fome.
4. Desenvolvimento de Infraestrutura Agrícola tem agora de ser lançado em África e noutros lugares onde houve a supressão da agricultura de alta tecnologia, ou onde houve o seu confinamento a plantações geridas por grupos transnacionais. Há que lançar todas as medidas necessárias para uma agricultura moderna de larga escala. Tomando em consideração que África é um continente, o comércio intra-africano de alimentos essenciais é muito restrito, por comparação com o que beneficiaria as suas 54 nações. Os programas necessários incluem os principais projetos de água (como seja o Transaqua), o projeto agrícola do Oeste do Nilo, ferrovias transcontinentais e regionais (como seja a nova iniciativa ferroviária Leste-Oeste do Egito), e outras prioridades.
A libertação da ciência em nome de avanço em sistemas agrícolas e pecuários é essencial, e significa acabar com o controlo de patentes pelos cartéis, na investigação em biotecnologia.
5. Acabar com o Sistema de Controlo Agroalimentar do Cartel Transnacional. É impossível concretizar qualquer melhoria de longo termo na agricultura e na produção agroalimentar, para qualquer nação que seja, na ausência do desmantelamento do sistema transnacional de cartéis (que é responsável pela fome ao longo do planeta, e que está a arruinar os agricultores nas nações transatlânticas e noutros lugares). Isto inclui medidas prioritárias como a desagregação dos conglomerados, do Walmart aos infames conglomerados de produtos pecuários—JBS, Cargill, Marfrig, Smithfield, Tyson Foods, e os outros. Há que providenciar crédito e banca saudável através da reorganização do sistema financeiro à luz dos princípios da Lei Glass-Steagall, e há que inaugurar um novo sistema de estabilidade e regulação monetária à imagem de Bretton Woods.
Lyndon LaRouche enunciou frequentemente, ao longo das últimas décadas, o princípio que subjaz a assistência alimentar de emergência: fornecer assistência ao mesmo tempo que se lança as bases para desenvolvimento futuro. Em 1981, LaRouche escreveu sobre isto em “A Necessidade Económica de Aumentar a População Humana” (Ver caixa abaixo)
Duplicar a Produção Agroalimentar: Missão, não 'Mercados'
Há que duplicar a produção alimentar mundial o mais rápido que possível. Use-se a produção de cereais como métrica. Hoje, o mundo produz menos de 3 biliões de toneladas por ano, quando 5 biliões teriam mais a ver com o que é realmente necessário. E, quando a população está em expansão, há que produzir mais, mais depressa, e fazê-lo à medida que se prossegue. Siga-se o raciocínio, começando numa base per capita. Consegue-se perceber o volume total de cereais ou equivalentes que é necessário por ano, para consumo direto de essenciais (pão, massas), e adicionem-se os cereais para consumo indireto através da cadeia proteica animal, consoante a preferência alimentar de cada qual (leite, ovos, carne). Depois, adicione-se mais para reservas alimentares, desperdícios (ainda que mínimos), e chega-se ao total dos 5 biliões de toneladas para 7.5 biliões de pessoas. E, continue-se a adicionar tonelagem à medida que a população global aumenta.
Não existem limitações em recursos naturais para isto. Assim que se tenha acabado com a pilhagem financializada e cartelizada, o potencial é vasto. Olhe-se para África. A combinação de avanços em ciência com a construção dos projetos infraestruturais para a plataforma de produção resultará em fabulosos níveis de produtividade agroalimentar. A perspetiva geral e os detalhes disto são dados no Relatório Especial de 2017 do Instituto Schiller, “Estender a Nova Rota da Seda à Ásia Ocidental e a África— Visão de um Renascimento Económico,” por Hussein Askary e Jason Ross.
“Dê uma missão aos agricultores dos EUA”, foi o que nosso amigo e associado sul-africano disse no seu apelo ao Presidente Trump. Cabe-nos a todos levar a cabo esta missão.
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