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Ucrânia classifica os líderes do Instituto Schiller e outros como 'Criminosos de Guerra'

PDF da presente declaração aqui.

2 de agosto de 2022 (EIRNS) - Embora a lista negra do tipo nazi publicada pelo Centro para Combater a Desinformação (CCD) da Ucrânia a 14 de julho, apontando 78 destacadas personalidades internacionais como divulgadores de alegada "propaganda russa", tenha recebido ampla cobertura nos meios de comunicação ocidentais, incluindo os principais meios de comunicação institucionais, toda a cobertura, com a única excepção da Executive Intelligence Review, deixou de fora as verdades mais importantes por detrás deste desprezível ataque da operação financiada pelos EUA, pelo Reino Unido e pela OTAN na Ucrânia: primeiro, que o alvo principal é o Instituto Schiller, dado que os primeiros trinta nomes da lista foram palestrantes nas conferências do Instituto Schiller em 2022, com Helga Zepp-LaRouche, a fundadora do Instituto Schiller, aparecendo de forma proeminente na lista; e, em segundo lugar, que no mesmo dia em que a lista foi divulgada, o responsável interino do CCD, Andriy Shapovalov, num discurso para uma mesa redonda sobre o combate à desinformação, disse que os que constavam da lista eram "terroristas da informação", e que "os terroristas da informação deveriam saber que terão de responder à lei como criminosos de guerra”. Essa mesa redonda foi organizada em parte pela Fundação Civil de Investigação e Desenvolvimento dos EUA com o apoio do Departamento de Estado dos EUA. 

O perigo para aqueles que são alvo 

Isto não é apenas uma ameaça à segurança e mesmo à vida das pessoas colocadas na lista, mas abre também a porta aos governos britânico e norte-americano e à sua máfia dos direitos humanos para que o Tribunal Penal Internacional e outras instituições jurídicas imperiais sejam chamados a pronunciar-se. 

Scott Ritter, o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais e inspector de armas da ONU, que também apareceu na lista do CCD, escreveu uma carta aberta aos seus presentantes no Congresso (os senadores norte-americanos Chuck Schumer e Kirsten Gillibrand, e o congressista Paul Tonko), exigindo-lhes que "tomem as medidas apropriadas necessárias para assegurar que os fundos apropriados pelo Congresso dos Estados Unidos não sejam utilizados para suprimir os direitos de liberdade de expressão concedidos aos cidadãos dos Estados Unidos, incluindo eu próprio, pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos". Ritter observa que os três apoiaram o R.H. 7691, "A Lei de Apropriações Suplementares Adicionais de 2022", que prevê o financiamento do governo ucraniano e do seu Centro para Combater a Desinformação que o tem visado. 

Ritter escreve: "Como cidadão cujo nome apareceu numa chamada 'lista negra' publicada pelo Centro Ucraniano para Combater a Desinformação, a minha vida pessoal e profissional tem sido, e continua a ser, prejudicada pelo efeito arrepiante de ser rotulada de 'propagandista russo' por simplesmente exercer o direito à liberdade de expressão garantida pela Constituição dos Estados Unidos. Além disso, a Ucrânia tem uma história de conversão de ‘listas negras’ desta natureza em ‘listas de morte’, onde aqueles que se pronunciam contra as políticas do governo ucraniano estão a ser assassinados ou ameaçados de violência. Estou certo de que concordam comigo que o Congresso não pode estar numa posição em que, através das suas acções, os governos estrangeiros sejam dotados dos meios para intimidar os cidadãos dos Estados Unidos de exercerem os seus direitos protegidos pela Constituição relativamente à liberdade de expressão". 

O papel de Schumer em visar o seu opositor 

Ainda mais ameaçador para a lei americana e para os direitos dos seus cidadãos é o facto de Diane Sare, oficialmente no escrutínio como candidata LaRouche à cadeira no Senado dos EUA pelo estado de Nova Iorque, agora ocupada por Chuck Schumer, ser também alvo da lista negra do regime ucraniano. Assim, Schumer apoia abertamente o financiamento de uma organização estrangeira que visa perigosamente o seu oponente numa eleição política extremamente importante nos Estados Unidos - uma interferência no processo eleitoral americano que envergonha a afirmação desacreditada de Schumer de interferência russa nas eleições americanas. 

Numa resposta pessoal emitida por Sare a 31 de Julho, ela afirma: "Gostaria de sublinhar o que Scott Ritter disse, e fazer a pergunta adicional do Líder da Maioria no Senado Schumer, 'É a sua intenção silenciar a minha voz de forma indirecta, mas ameaçadora, votando para financiar funcionários públicos ucranianos que declararam que eu deveria ser presa por crimes de guerra?’ ". 

De acordo com o CCD, a conferência de 14 de Julho foi "apoiada" - ou seja, financiada, pelo Departamento de Estado, enquanto que o escritório ucraniano da Fundação Civil para a Investigação e Desenvolvimento (CRDF Global, pelas siglas em inglês) com sede nos EUA, foi responsável pela organização do evento, juntamente com várias entidades ucranianas. Os financiadores da CRDF Global, uma organização público-privada "fundada em 1995 em resposta ao colapso da União Soviética", incluem o Departamento de Estado, o Gabinete de Assuntos Educacionais e Culturais do Departamento do Estado, o Departamento de Defesa e a sua Agência de Redução de Ameaças (DTRA pelas siglas em inglês), e o governo do Reino Unido e o seu Centro Contra a Proliferação e Controle de Armas. O CRDF Global, liderado e com pessoal principalmente por pessoas com longas carreiras no MICIMATT dos EUA (Complexo Militar-Industrial-Congressional-Intelligência-Mídia-Academia-Think-Tank), tem o "Combate à Desinformação e Segurança Cibernética" como uma das suas "áreas estratégicas", juntamente com a proliferação nuclear, operações de laboratório de armas biológicas, e algumas outras áreas. A sede da CRDF Global para Europa Oriental e a Eurásia tem operado a partir de Kiev desde 1997. 

Em Abril de 2022, o Coordenador Sénior de Assistência para os Assuntos Ucranianos do Departamento de Estado dos EUA, David Schlaefer, desempenhou um papel de liderança numa reunião do "agrupamento nacional de cibersegurança" realizada pelo Centro Nacional de Coordenação de Cibersegurança do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, com o apoio do CRDF Global e do Gabinete do Coordenador de Assistência à Europa e Eurásia do Departamento de Estado dos EUA, de acordo com o CRDF Global. 

Assim, o Departamento de Estado "sabia ou deveria saber" das ameaças emitidas no evento que patrocinaram. A questão coloca-se: Algum funcionário do Departamento de Estado esteve envolvido na elaboração da lista de alvos e no incentivo à sua publicação? É evidente que, se algo acontecer a qualquer uma das 78 pessoas incluídas na lista de alvos ucraniana, o Departamento de Estado dos EUA poderá ser co-responsável por esse dano.

HELGA ZEPP-LAROUCHE RESPONDO À LISTA DE INIMIGOS UCRANIANA

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