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Televisão Nacional Russa Exibe Entrevista 6 de Março de 2014 O noticiário da noite das 9:00 horas da televisão "Rússia 1", a segunda maior estação de televisão na Rússia, exibiu proeminentemente uma entrevista a Lyndon LaRouche sobre a crise na Ucrânia. Esta emissão marca a terceira noite nesta semana que LaRouche apareceu nos maiores média de televisão russos. O segmento (em russo) pode ser visto aqui: http://www.vesti.ru/only_video.html?vid=582765
TRADUÇÃO PORTUGUESA: Anfitriã: É óbvio que o golpe em Kiev não podia ter acontecido sem o apoio directo do Ocidente. Proeminentes políticos dos EUA e da UE visitaram abertamente a Maidan e apoiaram a intenção da multidão de derrubar o governo eleito democraticamente. Na véspera da cimeira de Vilnius de 29 de Novembro de 2013, a Presidente do Parlamento lituano Loreta Grauiniene fez tal coisa, numa visita não aprovada a Kiev durante a qual ela falou desde o palco Maidan. A Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança Catherine Ashton apareceu na Maidan, tal como o fez o antigo Primeiro-Ministro polaco Jaroslaw Kaczynski. A visita mais memorável, contudo, foi a da Secretária de Estado Assistente dos EUA Victoria Nuland, que ofereceu bolos e outros produtos de pastelaria à multidão. Numa sessão de informação fechada ao público na Casa Branca, Nuland reconheceu que os EUA tinham gasto mais de 5 mil milhões de dólares para apoiar o golpe ucraniano. Yevgeni Popov ouviu acerca do papel do Ocidente numa entrevista ao eminente ancião político norte-americano Lyndon LaRouche. Popov: Aqueles que decidiram o destino de Yanukovych e que o forçaram a fugir da capital não têm sobrenomes ucranianos. Afinal de contas, foi o Primeiro-Ministro polaco Donald Tusk que tornou público que o Presidente tinha concordado em realizar eleições antecipadas. O seu representante, o Ministro dos Negócios Estrangeiros Sikorski, estava nos escritórios presidenciais na Rua Bankovskaya na altura, com [o Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão Frank-Walter] Steinmeier e [o Ministro dos Negócios Estrangeiros francês Laurent] Fabius. Os Ministros dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Alemanha e França fizeram o seu trabalho: convenceram Yanukovych a assinar o acordo, o qual a oposição também assinou e esqueceu imediatamente. E pareceu que a Maidan tinha ganho a sua própria vitória em Kiev. Lyndon LaRouche, agora com 91 anos de idade, é um idealista norte-americano, por cima do qual até J. Edgar Hoover e Kissinger tentaram prejudicar, nos tempos antigos. LaRouche, que tem estado a seguir a Maidan desde Dezembro, nota que quem puxa os cordelinhos não estava na cena no momento decisivo. Nuland do Departamento de Estado ofereceu bolos no início, enquanto os Senadores McCain e Murphy tiraram as suas fotos de iPhone também antes dos principais acontecimentos. LaRouche compara a Maidan com uma componente de um conjunto de construção que colapsou depois da Síria e que os EUA estão agora a tentar montar de novo. Mas a Ucrânia é apenas um objectivo intermediário. LaRouche: "O que se passa é que a Ucrânia é uma área, [que o Ocidente está a usar] para tentar quebrar a Rússia. Se eles não conseguirem a quebra [por meios diplomáticos], eles vão [mais longe]." Popov: A tarefa não é uma nova e os métodos não são originais. Tendo início a meio dos anos 1940, lembra LaRouche, depois da guerra, os EUA resgataram e recrutaram criminosos nazis e os seus ajudantes, de modo a essencialmente enviá-los de volta para a mesma frente. LaRouche: "A Ucrânia é apenas realmente um ponto de preocupação estratégico. Não é uma crise ucraniana. A Ucrânia tem ... uma organização nazi que é ainda uma organização nazi muito activa, ... [sempre desde] a parte ucraniana da organização de Hitler, que se especializava em matar polacos e judeus." Popov: Assim, os emissários norte-americanos preferem não mencionar as acções violentas do Sector de Direita em Kiev. Ou que 100 pessoas foram mortas, a uma distância confortável de Washington. Quanto a polícias em chamas por causa de cocktails Molotov - isso, claro, foi uma "provocação". Afinal de contas, os protestos de Kiev foram "pacíficos". Mas os estrategas ocidentais não anteciparam uma insurgência contra a Maidan no sudeste e na Crimeia. Em 2004, tinham-se safado bem lá, também. LaRouche: "A Crimeia é uma vulnerabilidade para a Rússia. Se você tomar toda a área da região sul da Ucrânia e a área do mar, o Mar Negro, lá, e você for para a Crimeia, você está no centro da vulnerabilidade da Rússia, - problemas geopolíticos para a Rússia. A defesa militar efectiva da Rússia é vulnerável, no umbigo da Rússia! Não é realmente do que se trata. Do que se trata é de destruir, derrotar a Eurásia." Popov: LaRouche não quer ouvir falar de "interesses europeus comuns" na Ucrânia. Na filosofia pós-industrial, a Grã-Bretanha e os EUA têm o poder decisivo. LaRouche: "A Europa Ocidental, está morta! Não há soberania na Europa Ocidental! A única coisa que dá algum sinal de vida é a Alemanha, ... que realmente está preocupada em tentar alcançar um acordo de paz." Popov: As coisas são mais complexas no Oriente. A ameaça de sanções contra a Rússia, considera-a ele divertida. Ele lembra de como ele próprio sofreu por causa das suas convicções. Em 1989 LaRouche foi condenado a 15 anos de prisão por acusações falsas de fraude. Mais tarde, o antigo Procurador-Geral Clark chamou ao caso contra o político "um grosseiro abuso de poder por parte do governo dos EUA." Sanções contra a Rússia não levarão a lado algum, acredita LaRouche. LaRouche: "A Rússia tem fortes aliados, como a China e a India, ... [com uma economia forte e] uma capacidade militar muito capaz. Essa é uma região poderosa, colectivamente. E é isso que eles estão a tentar atacar e destruir. A Rússia é o ponto que eles escolheram, para tentar quebrar todo o sistema." Popov: A reacção e o empurrar de volta da Rússia, que o Ocidente não antecipou, não quer dizer que Washington esteja preparada para retirar, avisa LaRouche. O conflito entrou numa fase inteiramente nova. Há o referendo fatídico na Crimeia e também relatos de mercenários estrangeiros, já avistados em Donetsk e em Kiev. |
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