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„Um Novo Paradigma para a Sobrevivênçia
da Civilização” –
Inauguração da Conferênçia

Resumo do discurso de Helga Zepp-LaRouche à inauguração da Conferênçia Internacional do Instituto Schiller com o tema, “Um Novo Paradigma para a Sobrevivênçia da Civilização”, que realizou-se em  Flörsheim, Alemanha, aos dias 24 e 25 de Novembro de 2012.

O perigo existencial que a espécie humana enfrenta nas últimas semanas, ficou bem claro à todas as pessoas pensantes. A política de “Mundança de Regimes”, implantada desde o colapso da União Soviética, que “bombardeou o Irak à volta dà  Idade da Pedra”, mergulhou a Líbia em anarquia, converteu o Afeganistão em um pesadelo e desestabilizou o Estado laico de Síria com intervenção extrangeira e guerras religiosas; agora, em caso de operações militares contra o Irã, este perigo ameaça provocar uma explosão de caos incontrolável em todo mundo.

O Médio Oriente é ameaçado em ser convertido numa nova região como a dos Balcãs com alianças existentes, que podem iniciar uma conflagração, semelhante a de antes da Primeira Guerra Mundial. O impossível pode ocorrer. Por exemplo, a Destruição Mútua Assegurada, já não serve como elemento de impedimento, mas sim pode converter-se em realidade, como resultado de uma guerra termonuclear, levando o extermínio da raça humana. Isso não aconteceria em alguns momentos futuros, mas sim, já nas próximas semanas.

A dinámica por trás deste perigo de guerra, está sendo impulsada pela queda acelerada do sistema financeiro tránsatlântico. A política de Ben Bernanke, de expansão de liquidez na Reserva Federal dos Estados Unidos de América, eufemisticamente chamada: “Flexibilização Quantitativa III”, é tão hiperinflacionária como a compra ilimitada de bonos de Estados pelo Banco Central Europeu de Mário Draghi.

A emissão monetária hiperinflacionária, junto com a austeridade brutal contra a população e a economia real, segundo a tradição do Chanceler do Reich alemão, Brüning, já tem o efeito de encurtar a vida de milhões de cidadãos na Gréçia, Itália, Espanha, e Portugal, e ameaça com mergulhar a Europa numa espiral de caos social incontrolável.

A questão que devemos resolver urgentemente é, se a espécie humana, confrontada com a sua própria autodestruição, será suficientemente inteligente em mudar a tempo o seu rumo? Vamos eliminar o actual ruinoso paradigma, que quer consolidar um império mundial e que sustenta que a guerra é um meio legítimo para poder resolver os conflictos geopolíticos, e substituir-lo por um paradigma, que assegure a sobrevivência humana?

Para isso, precisamos uma visão do futuro. Esta visão não pode ser generada a partir de uma forma de pensar monetarista ou estatística-lineal, de um sistema oligárquico, que rejeita as leis do universo físico e a criatividade humana. Também não pode vir de um “consenso” em torno de soluções a muitos problemas secundários: isto é, pensando “desde abaixo”.  Só pode vir ao pensar então “desde o mais alto”, segundo a definição de Nicolaus de Cusa no método de coincidênçia de opostos (Coindentia Oppositorum) com que, o “Um” é duma ordem superior aos “muitos”. Com isto, Cusa coloca a pedra angular do princípio da Paz de Vestifália e o direito internacional, desenvolvendo um método universal de soluções de problemas e conflictos.

Esse método continua válido ainda hoje em dia, pelo qual devemos iniciar ao definir objectivos comuns de toda a humanidade. De fato, o quê poderia ser mais importante que a questão ontológica do “Esse”, (O Ser) – de como assegurar a existência sustentável no futuro da espécie humana?

Assim, se nós queremos encontrar uma solução a esta dupla ameaça existencial para a humanidade – o perigo de uma guerra termonuclear e a crise económica sistémica – o novo paradigma deve ser coerente com a ordem de criação. Nós necessitamos um plano de paz para o século XXI, uma visão que inspire a imaginação e a esperança da humanidade.

Já existem todos os meios científicos e tecnológicos necessários para superar a pobreza e a fome no Mundo e eles devem ser utilizados. No nosso planeta, existem duas grandes regiões, aonde a falta de desenvolvimento grita por soluções, sendo um, o Continente Africano, ao qual nunca lhe foi permitido recuperar-se das explorações e opressões coloniais de vários séculos, e o outro é o Mediterâneo e Médio Oriente, que teve um grande  retrocesso, a um nível inferior aos tempos de Ouro, quando Bagdade era o centro da cultura mundial ou quando Palmyra Tadmur em Síria era uma pérola na antiga Rota da Seda

Uma visão de um Renascimento económico e cultural destas regiões, deve ser um ponto fundamental na agenda política, que introduza na discussão um elemento de razão, a um nível superior aos diversos conflictos regionais, etnicos e históricos.

 

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