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‘Finança Verde’, Mobilizada para Reduzir a População ao Longo de Todo o Planeta

A oligarquia maltusiana britânica controla alguns dos principais banqueiros centrais no planeta (como seja Mark Carney, ex-governador do Banco de Inglaterra), e, da mesma forma, alguns dos mais poderosos gestores de bens no mundo, tal como está a trazer à cena líderes políticos como Joe Biden para promoverem o “Green New Deal”. Esta oligarquia está agora na posse da mais letal arma para a imposição de austeridade de escala, e para a redução da população global: o poder para trancar todos os fluxos financeiros destinados a fontes de energia tão vitais como os combustíveis fósseis e a energia nuclear.

Nas linhas da frente destes destruidores financeiros está a BlackRock, Inc., a maior firma de gestão de riqueza no mundo, com mais de $8 triliões de dólares sob o seu controlo.

Mike Billington tem rastreado os métodos que são usados pela BlackRock para forçar companhias (no setor avançado como no setor em vias de desenvolvimento), a abandonar os combustíveis fósseis e a transitar para as “renováveis.” Karel Vereycken descreve a ascensão ao poder deste mega gestor de bens, e a sua infiltração da nova Administração Biden.

BlackRock, Inc.: Como a ‘Finança Verde’ Proíbe Combustíveis Modernos

É sob a capa de “alterações climáticas antropogénicas” (o mito malignante de que aquecimento global é causado por emissões industriais e agrícolas de carbono), que a BlackRock está a liderar o ímpeto para forçar companhias e nações a trancar a produção de energia baseada em combustíveis fósseis, em especial carvão. Uma vez que a larga maioria das nações mais pobres, a par de muitas das nações avançadas, dependem primariamente do carvão para geração de eletricidade (e, dada a atual pandemia, e a fome que hoje ameaça África e outras partes do mundo), estas ações para forçar o encerramento de centrais energéticas alimentadas a carvão constituem uma dimensão importante do esforço maltusiano para reduzir a população global. Por outras palavras, constituem um ato de genocídio.

A Janeiro de 2020, o CEO da BlackRock, Larry Fink, anunciou que a firma se dissociaria de investimentos em qualquer companhia que gerasse mais de 25% dos seus rendimentos a partir de carvão. Anunciou ainda uma série de outras medidas para forçar o encerramento de companhias de combustíveis fósseis, e para prevenir a construção de centrais energéticas alimentadas a carvão (como foi o caso quando forçou a Peabody Coal, nos EUA, a bancarrota). A BlackRock não se limitou a ameaçar desinvestimento, como anunciou que faria uso da sua considerável influência para despedir executivos e membros de conselhos de diretores que se recusassem a seguir tais ordens.

A carta anual de Fink aos CEOs, em 2021, alegava que esta destruição malevolente de capacidades de geração energética, em países ricos como pobres, era uma “responsabilidade” da BlackRock, na sua qualidade de fiduciária dos mais ricos dos ricos (os clientes da BlackRock). Isto seria assim porque a maximização de retornos financeiros seria, alegadamente, comprometida pelo investimento em indústrias com uma grande “pegada de carbono” (incluindo companhias de combustíveis fósseis), uma vez que as mesmas estariam a perder valor patrimonial no mercado, dada a supostamente popular crença de que as mesmas são prejudiciais à sociedade. A questão de qual é a causa e qual é o efeito é óbvia, como tornado claro pelo resto deste Relatório Especial.

Proibir Energia Baseada em Carvão

Em Maio de 2020, a BlackRock informou a KEPCO, a enorme Corporação de Energia Elétrica da Coreia (maioritariamente detida pelo governo Sul Coreano), de que tinha de parar a construção de centrais a carvão no Vietname e na Indonésia, sob pena de ser punida financeiramente. A KEPCO investiu em projetos energéticos em 27 países, com cerca de 80% dos mesmos a corresponderem a instalações energizadas a combustíveis fósseis, e também está a construir centrais nucleares fora da Coreia do Sul. A carta da BlackRock à KEPCO foi co-assinada por várias outras instituições financeiras, incluindo a Igreja de Inglaterra!

Passado pouco tempo, a BlackRock fazia à KEPCO a exigência adicional de que cancelasse a produção acordada de uma central a carvão, de 1,000 MW, chamada Sual 2, nas Filipinas. A Sual 2 destinava-se a substituir a Sual 1, que foi construída nos 1990s, e estava planeada para ser descomissionada em 2024. Até o Mongabay, um feroz site noticioso verdusco sedeado nos EUA, elogiava o cancelamento do projeto Sual 2, ao mesmo tempo que admitia que a Sual 1 “é vista por muitos como sendo o motor do desenvolvimento da cidade [Sual] ao longo das últimas duas décadas, tendo permitido um aumento da sua receita anual média, de 75 milhões de pesos ($1.5 milhões) em 2001, para 380 milhões de pesos ($7.85 milhões) em 2017.” Um tal progresso e melhoria em níveis de vida são claramente intoleráveis, para os maltusianos.

A 16 de Outubro de 2020, a KEPCO anunciava que rescindia o contrato para a construção da Sual 2, sendo que isto é um claro exemplo do poder que a BlackRock consegue exercer sobre estados-nação. Apenas uns dias depois, a 28 de Outubro, o Secretário de Energia das Filipinas, Alfonso Cusi, anunciava que o governo estava a declarar uma moratória sobre todas as novas centrais a carvão construídas de raíz. “Estamos a promover a transição energética, de utilização de tecnologia baseada em combustíveis fósseis, para fontes mais limpas de energia, e estamos a fazê-lo de modo a garantir crescimento mais sustentável para o país.” A expressão “crescimento sustentável”, como usada aqui, é um eufemismo para a redução dramática da disponibilidade de energia elétrica, e para o aumento dos preços da eletricidade. As Filipinas já têm blackouts frequentes, e o mais elevado preço de eletricidade na Ásia.

Este Secretário Cusi é o mesmo que, há quatro anos atrás, apoiou o plano para a reabertura da muito protelada Central Nuclear de Bataan nas Filipinas, após descobrir o projeto para a mesma através de Butch Valdes, diretor da Sociedade LaRouche nas Filipinas: Valdes tinha apresentado o projeto numa reunião regional da AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica), em Setembro de 2016. Porém, Cusi abandonou agora o seu compromisso para com esse projeto: com toda a probabilidade, sob pressão dos maltusianos anti-nucleares, tal como também já sucumbiu aos maltusianos da BlackRock.

A KEPCO também anunciou, sob pressão da BlackRock, que estava a cancelar um contrato de $1 bilião para construir parte da central energética a carvão de Thabametsi (de 630 MW), na África do Sul. À semelhança das Filipinas, a África do Sul tem passado por blackouts frequentes, a acompanhar o fecho de várias centrais energéticas a carvão. Estas centrais foram fechadas por iniciativa de verduscos, que levantaram, com sucesso, casos legais contra as mesmas, à volta de recursos aquáticos e outras questões ambientais. O Banco Mundial declarou que 32 das 48 nações de África estão a passar por uma crise energética, enquanto vastas regiões do continente africano nem sequer têm abastecimento elétrico. Impedir a construção de todas as novas centrais energéticas a carvão, ao mesmo tempo que se fecham as centrais já existentes, aumentará drasticamente a taxa de mortalidade resultante de doença e fome. E, na prática, destruirá o habitat natural que os verduscos alegam estar a defender, à medida que as árvores são abatidas para providenciar combustível.

Não obstante a KEPCO ter declarado que, independentemente das ameaças da BlackRock, continuará os projetos (já parcialmente completados) para a construção de centrais a carvão no Vietname e na Indonésia, o fato é que capitulou à ordem da BlackRock para que não sejam construídas novas centrais a carvão onde quer que seja no mundo.

As Economias Avançadas Também Não São Poupadas

Os maltusianos não estão a tentar destruir apenas as nações em vias de desenvolvimento. A bancarrota da Peabody, o gigante do carvão nos EUA, foi precipitada pelo desinvestimento de milhões de dólares da companhia pela BlackRock e por outros fundos. Michael Bloomberg desempenhou um papel essencial nesta destruição da economia dos EUA, pelo bombeamento de mais $500 milhões para a sua campanha anti-carvão, intitulada “Para Além do Carbono.” Na reunião anual da Peabody, a BlackRock votou contra a reeleição do diretor de saúde e segurança da firma. Alegou ter havido “insuficiente progresso” no estabelecimento de alvos de redução de emissões de carbono, sob os standards definidos pelo Grupo de Trabalho para Declarações Financeiras Relativas ao Clima (i.e. Task Force on Climate-related Financial Disclosures, ou TCFD, que foi organizado pela Comissão de Estabilidade Financeira, sob a direção do então governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney) e pela Comissão de Standards Contabilísticos para Sustentabilidade (i.e. Sustainability Accounting Standards Board, organizada em 2011 para promover critérios “ASG”—ambiental, social, governância—para o financiamento de companhias).

Na Austrália, a BlackRock emprestou o seu próprio peso institucional a um ataque verdusco ao maior produtor de eletricidade do país, a AGL Energy. Numa reunião de shareholders em Outubro de 2020, a BlackRock apoiou a exigência de que a AGL encurtasse em 12 anos, de 2048 para 2036, o prazo para o encerramento da sua enorme central de Loy Yang (a carvão, de 3,280 MW), a maior na Austrália. O Financial Times descreveu isto como “o maior gestor de bens no mundo a mostrar os dentes por questões climáticas a afetar o país.” A central de Loy Yang produz 50% da eletricidade para o estado de Vitória. A BlackRock também está a alvejar a central de Bayswater da AGL (carvão, 2640 MW), em Nova Gales do Sul.

A KEPCO da Coreia do Sul está sob fogo também na Austrália, onde reguladores de persuasão verdusca estão a tentar bloquear o desenvolvimento de uma mina de carvão em Nova Gales do Sul, na qual a KEPCO investiu mais de $462 milhões ao longo dos últimos nove anos.

BlackRock vs. Petróleo

De acordo com um artigo publicado pela GreenTechMedia a 8 de Setembro de 2020, “na primeira metade de 2020, mais de 50 companhias foram feitas sentir a desaprovação da BlackRock pela sua falta de progresso em alterações climáticas—isto inclui a Chevron, a ExxonMobil, e a companhia alemã de utilidades Uniper.” O artigo acrescenta que um porta-voz para a BlackRock reportou que outras 191 companhias tinham sido “avisadas” para esperarem que a BlackRock fizesse uso do seu peso nos seus conselhos de administração em 2021.

No que diz respeito ao compromisso, da Shell, de atingir um nível net zero de emissões de carbono até 2050, a BlackRock escreveu: “Responsabilizaremos a gestão e os administradores por falta de progresso no seu desempenho em votações futuras para eleições da administração.”

No entretanto, a BlackRock está a transferir biliões de dólares para companhias que estão a produzir operações eólicas e solares ao longo do mundo. Isto faz uma vez mais levantar a questão sobre se a BlackRock e as suas associadas em Finança Verde estão a inflacionar especulativamente os preços da energia para criar uma nova bolha verde, sob a cobertura da sua alegada “responsabilidade fiduciária” de criar investimentos lucrativos para os clientes. Não existe algo como “valor justo de mercado” quando se fala de um ator de mercado que controla $8 triliões.

A intenção da BlackRock é a de impor uma “sociedade pós-industrial,” ao mesmo tempo preservando o poder último da oligarquia financeira imperial centrada na City de Londres e em Wall Street, não obstante a bancarrota desse sistema bancário. Criar uma bolha verde para especulação, e desinvestir todo o crédito de desenvolvimento de longo termo, para o redirecionar para tal atividade especulativa. Isto é nada menos que um guião maltusiano para depopulação.

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