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Instituto da Coroa Britânica: Pretendemos Tirar-vos a Vossa Comida

por Gretchen Small

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EIR/Robert Baker
O Instituto Real de Assuntos Internacionais propõe a degradação da alimentação humana, de dietas baseadas em proteína animal de alto valor nutricional, para dietas predominantemente vegetarianas. Aqui mostrado: um produto de origem vegetal à venda nos supermercados.

Desde 3 de Fevereiro que a história de destaque no website do Instituto Real de Assuntos Internacionais (RIIA), de Sua Majestade, é um “relatório de investigação” a avançar uma estratégia para a redução sistemática da produção e do consumo alimentar ao longo do mundo. O relatório propõe que isto se faça pelo uso de métodos similares àqueles a serem agora empregues para a redução do uso de energia—nomeadamente, o abandono dos combustíveis fósseis. Tudo em nome de defender a “Natureza.”

Este documento do RIIA, “Impactos do Sistema Alimentar Humano na Perda de Biodiversidade: Três Impulsionadores da Transformação do Sistema Alimentar Humano em Prol da Natureza,” admite abertamente que a intenção das políticas da monarquia é a de aumentar os preços da comida ao longo do mundo, e reduzir, forçosa e permanentemente, a produção alimentar global. Isto está a ser proposto numa era em que centenas de milhões de vidas são ameaçadas pela fome, e em que continuamente mais famílias estão a fazer frente à fome; em países “ricos” como em países pobres. É assim tornado inegavelmente claro o fato de que o plano do RIIA é um plano para depopulação.

Os cinco autores que escreveram o relatório são todos veteranos da máfia da “crise climática”, começando pelo autor principal, Tim Benton, que lidera o Programa de Energia, Ambiente e Recursos em Chatham House (como o RIIA é comummente conhecido). Benton foi um dos autores do “Relatório Especial sobre Terras e Alterações Climáticas”, para o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, e também da “Avaliação de Risco para as Alterações Climáticas 2017”, para o governo britânico.

Coroa: “Reduza-se a Procura Alimentar” Ao Longo de Todo o Mundo

A premissa do estudo do RIIA é a de que “a produção de comida é a causa essencial de redução de biodiversidade, à escala global”; em terra, em água doce e nos mares. “A área total de terra que é ocupada por agricultura aumentou num fator de 5.5 desde 1600, e continua a aumentar,” diz o relatório. “Hoje, as colheitas e a pecuária ocupam cerca de 50% da terra habitável do mundo.” A produção de comida é prejudicial, “degradando ou destruindo habitats naturais, e contribuindo para a extinção de espécies.”

Os autores apresentam objeção a que, ao longo de décadas—

As políticas e as estruturas económicas têm tido o propósito de produzir cada vez mais comida a um custo cada vez menor. A produção agrícola intensificada degrada os solos e os ecossistemas, reduzindo a capacidade produtiva da terra, e exigindo produção alimentar ainda mais intensiva, para manter ritmo com a procura. Estas pressões são agravadas pelo consumo global crescente de calorias mais baratas, e de comidas exigindo o uso intensivo de recursos. A produção alimentar atual depende fortemente do uso de inputs tais como fertilizantes, pesticidas, energia, terra e água.

Portanto, o RIIA propõe três “impulsionadores” para o esmagamento do atual “paradigma da comida barata.”

Primeiro: “Mudar padrões dietários para reduzir a procura alimentar…. Crescimento contínuo em procura alimentar exerce pressão continuamente aumentada sobre as terras, e sobre os recursos das terras.” Como? O mais “crucial elemento … para colocar as emissões geradas pela produção alimentar em linha com os propósitos para a temperatura global que são definidos pelo Acordo de Paris sobre mudanças climáticas,” é, segundo dizem, a degradação da alimentação humana: de dietas baseadas em proteína animal de alto valor nutricional, para dietas predominantemente vegetarianas (e, ainda, para menor consumo vegetariano, pela redução do “consumo excessivo de calorias”). Os estadunidenses são explicitamente discriminados. A Coroa calcula que “uma transição de carne para feijões nas dietas de toda a população dos EUA libertaria… 42% de terra arável estadunidense—para outros usos, como restauração de ecossistemas, ou agricultura mais amiga da natureza.”

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Deutscher Bauernverband
O RIIA admite que a intenção da monarquia é a de aumentar o preço da comida ao longo do mundo, e, forçosa e permanentemente, reduzir a produção alimentar global, “em prol da Natureza.” Aqui mostrado, uma enorme manifestação de agricultores em Berlim, a 26 de Novembro de 2019.

Segundo: Terras têm de ser resgatadas à agricultura, “protegidas e colocadas de parte para a Natureza.” E, isto nem sequer significa a uma escala menor:

Isto vai tipicamente exigir que áreas significativas de terra sejam deixadas para a natureza, ou geridas em prol da mesma: primariamente porque o risco de extinção para qualquer espécie cresce à medida que o tamanho da sua população decresce, e ainda porque muitos animais de grande porte precisam de um habitat de grande área para suster uma população adequada.

Terceiro: A agricultura tem de ser transformada; tem de haver uma redução forçada dos inputs usados na agricultura moderna, incluindo da maquinaria que libertou homens e mulheres de labor extenuante nos campos.

Nenhum dos “impulsionadores” funcionará sem os outros, advertem repetidamente. Porém, “mudança dietária” (e a concomitante redução da “procura alimentar”) é “essencial para preservar ecossistemas nativos, e para restaurar aqueles que já foram alienados ou degradados.”

Uma vez que a larga maioria da Humanidade nunca aceitará voluntariamente tais políticas, são necessárias “guidelines globais em áreas como investimento responsável, mudança dietária e soluções naturalmente baseadas de mitigação das alterações climáticas.” “Incentivos” e “investimento responsável” significa que serão necessários cortes de crédito à agricultura moderna, tal como às formas modernas de energia. Tais são as medidas propostas pelo RIIA para a série de cimeiras e de conferências internacionais que estão agendadas para 2021, sobre “sistemas alimentares e biodiversidade”; e, para a primeira “Cimeira da ONU para Sistemas Alimentares”, mais tarde no ano.

 

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