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A CAMINHAR NOS PASSOS DE JORGE III
O Príncipe Carlos Inventou e Dirige o ‘Green New Deal’
por Richard Freeman
A 11 de Janeiro, o Príncipe Carlos lançou a “Carta da Terra para a Natureza, para as Pessoas e para o Planeta (Carta da Terra),” com o propósito de implementar um programa genocida verde de redução populacional. Pretende-se que isto seja feito pela redução drástica da produção agroindustrial, e pela criação de uma bolha especulativa financeira de 40 triliões de dólares; tudo isto implementado através de uma ditadura de banqueiros centrais. Se este Príncipe Carlos e os seus associados não forem parados, acabarão por destruir os poderes cognitivos do Homem, por trancar o desenvolvimento da agricultura e da indústria de alta intensidade, capital e energética, e por desmantelar a civilização.
Sua Alteza Real, o Príncipe de Carlos, tem estado a preparar esta estratégia ao longo das últimas cinco décadas. Tem estado a fazê-lo pelo uso da riqueza da Casa de Windsor, mas também, e muito mais, pelo uso da riqueza dos bancos da City de Londres e de Wall Street, tal como dos recursos de múltiplas seguradoras e governos.
A capacidade para fazer isto não deriva, certamente, do próprio Carlos. Deriva do fato de estar integrado numa vasta rede de instituições. Uma destas instituições é a monarquia, que consiste da Família Real, mas também de centenas de outras pessoas, provindas das universidades de Oxford e Cambridge, de instituições financeiras, e de firmas de advogados. Com efeito, a monarquia faz parte de um Quarteto consistindo da própria monarquia, mas também da City de Londres, do Banco de Inglaterra, e dos serviços de inteligência. Este é o Quarteto de poder que tem estado em operação desde a criação do Banco de Inglaterra, em 1694.
Carlos trabalha com mais de uma centena de governos. Porém, costuma enfatizar que o setor privado é necessário para a implementação das suas políticas; uma vez que, enquanto os governos podem enunciar estas políticas, não são dotadas do poder para as implementar no mundo real. Está-se, portanto, perante a adoção da ideia de controlo top-down de estilo corporatista-sinarquista—governo acima e a toda a volta—, como era o caso com Hitler, Hjalmar Schacht, e Mussolini.
Olhemos agora para três exemplos pivotais, que demonstram que o Príncipe Carlos, e aqueles para quem é uma pessoa de referência (tais como o Banco de Inglaterra e a City de Londres), são aqueles que deram início à criação e à implementação das políticas de ditadura fascista verde—com frequência uns 10 a 20 anos antes da existência de tais políticas ser sequer conhecida pelo mundo em geral.
O primeiro exemplo é o do papel crítico de Carlos na organização da Cimeira da Terra, no Rio de Janeiro, em 1992: evento que estabeleceu precedentes, e pelo qual foi estabelecido o paradigma de base para as medidas duras de combate a um fraudulento aquecimento global antropogênico. Carlos esteve envolvido na organização deste evento, e fê-lo em concertação com o seu próprio pai, o Consorte Real Príncipe Philip, e com o Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF). O segundo exemplo é o da implementação, por Carlos, em 2008, do Green New Deal na Grã-Bretanha: uma década antes de, alegadamente, ter sido proposto pela primeira vez nos EUA. E, o terceiro exemplo, é o do estabelecimento, pelo Príncipe Carlos, da ditadura interna de “meras” regras contabilistas, uma parte fundamental da essência do “Grande Reinício” (“Great Reset”), e do seu ímpeto para destruição global.
I
O Príncipe Carlos, o Príncipe Philip, e o Fundo Mundial para a Vida Selvagem Lançam Genocídio Verde através da Cimeira da Terra, no Rio de Janeiro, em 1992
Pergunto-me como seria ser reencarnado como um animal cuja espécie tivesse sido tão reduzida em números que estivesse em risco de extinção. Quais seriam os seus sentimentos para com a espécie humana, cuja explosão populacional lhe tinha negado espaço para existir… Tenho de confessar que estou tentado a pedir para ser reencarnado como um vírus particularmente letal.
Isto foi escrito pelo Príncipe Philip, duque de Edimburgo e Consorte Real da Rainha de Inglaterra, no seu Prefácio ao livro Se Eu Fosse Um Animal [i.e. If I Were An Animal], por Fleur Cowles, em 1987.
Em 1988, Philip repetiu uma variante desta citação à agência noticiosa alemã Deutsche Press Agentur.
Foi assim que o Consorte Real expressou o seu ponto de vista de que as “vidas que não merecem ser vividas” (nas palavras dos Nazis) incluem não apenas os Judeus, os Ciganos, os doentes crónicos, e outros alvos de desprezo, como, na verdade, a totalidade da população humana. Com a exceção de umas plausíveis centenas de milhões de pessoas “do tipo apropriado”, e dos seus servos. Reduzir a manada humana: as afirmações de Philip retornam constantemente a este tema.
Em nome da monarquia britânica, que representa, Philip resolveu trazer de volta as políticas do regime nazi, após o insucesso de 1933-45. Isto seria feito sob a cobertura de ambientalismo. Estas políticas incluíam eugenia, com as políticas de campo de trabalho e concentração do regime de Hitler-Hjalmar Schacht: pilhar aqueles que, submetidos, podiam ser pilhados, e matar aqueles que não o podiam ser. E, estas políticas incluíam também a condução de uma ditadura financeira de banca central que, na Alemanha nazi, foi conduzida sob a égide de Hjalmar Schacht, o chefe do Reichsbank de Hitler.
O aspeto exterior do que tinha sido feito sob Hitler e Schacht seria alterado: seria (a começar com a Cimeira no Rio em 1992) apresentado o mito de que mudanças climáticas antropogénicas requerem a descarbonização da economia global. Uma tal drástica medida reduziria a densidade de fluxo energético da economia global, despoletando uma espiral descendente de desintegração. O colapso iminente da maior bolha financeira de derivativos da História agravaria ainda mais as consequências.
Porém, o alvo último marcado para destruição é a capacidade cognitiva e criativa do Homem: que lhe abre as portas à descoberta de novos princípios científicos físicos e, dessa forma, a avanços científicos revolucionários na economia física, e, daí, à sua emancipação da pobreza, e à sua ascensão ao nível de plena Humanidade. Estes são os princípios que são pelo Homem celebrados através da arte clássica, e da música clássica, e são os princípios que permitirão, à Humanidade, ascender da Terra e expandir o seu domínio sobre toda a galáxia. A oligarquia pretende incapacitar essa capacidade cognitiva e criativa; porém, é a mesma capacidade que dará, à Humanidade, o poder para derrotar o projeto do Príncipe Carlos.
O Fundo Mundial para a Vida Selvagem, mais tarde renomeado de Fundo Mundial para a Natureza, foi organizado em 1961 pelo Império Britânico, para presidir à organização de genocídio verde.
Os propósitos da organização são explicitados por três dos seus fundadores essenciais:
• Julian Huxley—Em 1907, Julian Huxley fundou, na Grã-Bretanha, a Sociedade Britânica de Educação Eugénica, da qual também fizeram parte H.G. Wells e Leonard Darwin, um dos filhos de Charles Darwin. Os destroços da II Guerra Mundial ainda estavam à vista de todos quando, em 1946, Huxley ajudou a criar a Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas (UNESCO), da qual se fez diretor. Num livro intitulado “UNESCO: O Seu Propósito e a Sua Filosofia,” que serviu de declaração de propósitos, Huxley revelou o intento de revitalizar eugenia:
O peso morto da estupidez genética, da fraqueza física, da instabilidade mental, e da propensão a doenças, já hoje existente na espécie humana, provará ser um fardo pesado demais para a concretização de qualquer progresso real. Portanto, e muito embora seja verdade que qualquer política eugénica radical será, durante muitos anos, politica e psicologicamente impossível, é importante que a UNESCO se certifique que o problema eugénico é analisado com o maior dos cuidados, e que a mente pública seja informada das questões na balança: de modo tal a que, muito do que hoje é impensável, possa tornar-se, pelo menos, pensável.
• Príncipe Bernhard—Consorte Real da Rainha Juliana da Holanda, e primeiro presidente do Fundo Mundial para a Vida Selvagem. Tendo-se juntado aos camisas castanhas nazis em 1933, por ocasião da ascensão de Hitler ao poder, progrediu depois para se juntar ao feroz Schutzstaffel (SS) em 1934. Mais tarde, por razões cosméticas, Bernhard demitiu-se das SS; porém, e para tornar explícito que nada tinha mudado, assinou a sua carta de “demissão” com “Heil Hitler!” O Príncipe trabalhou para a IG Farben, o gigante químico alemão, que era um nexo central na máquina corporatista nazi. Bernhard juntou-se ao departamento de estatística da secção de Berlin N.W. 7 da IG Farben, e este era o fulcro das operações de espionagem nazi no outro lado do Atlântico. Em 1935, Bernhard tornou-se secretário do quadro de diretores da Farben no escritório de Paris. Foi a Farben que desenvolveu o Zyklon-B, o gás que, de 1942 em diante, foi usado para gasear pessoas nos campos de concentração. Em 1937, e na qualidade de pretendente respeitável, Bernhard casou-se com a Rainha Juliana da Holanda.
• Príncipe Philip—filho do Príncipe André da Grécia e da Dinamarca, consorte da Rainha Isabel II, e Duque de Edimburgo. Das quatro irmãs mais velhas de Philip, três eram casadas com aristocratas alemães que faziam parte de círculos nazis na Alemanha. Na altura, Philip parece ter estado suficientemente informado deste fato, e, com efeito, parece ter participado ele próprio nestas redes. Em Junho de 1945, a Casa Real britânica comissionou um “antigo” agente do MI-5 de, em parte, tentar recuperar (presumivelmente, para fazer esconder), a correspondência de guerra do Príncipe Philip com esta rede.
Ambos os progenitores do Príncipe Carlos parecem ter sido produtos deste milieu nazi, uma vez que o pai da Rainha Isabel, Jorge VI, e a sua esposa com ele, estiveram envolvidos em círculos que estavam dedicados a apaziguamento e que, por várias vezes durante a Guerra, tentaram (por meio de diferentes canais) chegar a um “entendimento” com o regime nazi alemão. E havia, notoriamente, o Rei Eduardo VIII, um colaboracionista direto com os nazis, forçado a abdicar em Dezembro de 1936, para dar lugar ao pai de Isabel, o Rei Jorge VI. Estes fatores informaram o desenvolvimento do Príncipe de Gales, o herdeiro ao trono.
E, também houve várias outras organizações ambientais: a União Internacional para a Conservação da Natureza, os Amigos da Terra, etc. Porém, o Príncipe Philip fez do Fundo Mundial para a Vida Selvagem a sua base de operações para a tentativa de transformar a economia global.
A Transformação do Príncipe Carlos: A Cimeira no Rio em 1992
Em 1989, os Príncipes Philip e Bernhard, o Rei Juan Carlos de Espanha, e vários financeiros proeminentes da City de Londres, resolveram organizar, em 1992, uma conferência singular: um evento das Nações Unidas, a Cimeira da Terra, no Rio de Janeiro. Esta clique ligada ao Fundo Mundial para a Vida Selvagem, resolveu então fazer uso do canadiano Maurice Strong: um promotor ideológico essencial para o Príncipe Philip, e um angariador de fundos para o Fundo Mundial para a Vida Selvagem, que tinha fundado o Clube dos 1001 em 1970, como meio para o financiamento do Fundo Mundial por patronos super-ricos.
Strong expressou a sua visão encantadora à National Review a 1 de Setembro de 1997:
Se não mudarmos, a nossa espécie não sobreviverá… Com toda a franqueza, podemos vir a chegar ao ponto onde o mundo só poderá ser salvo pelo colapso da civilização industrial.
Considere-se o que Strong terá entendido pelo “mundo” que assim seria “salvo”, nessa afirmação.
Homem do petróleo em Alberta, primeiro diretor executivo do Programa Ambiental das Nações Unidas, e figura de destaque no Fundo Mundial para a Vida Selvagem, Strong viria a tornar-se no Secretário-Geral da Cimeira da Terra.
Porém, e sob o mentorado de Philip e Strong, o Príncipe Carlos assumiria agora um papel de liderança. Carlos tinha dado o seu primeiro discurso ambiental em 1970, aos 22 anos de idade. Ao longo do tempo, veio a assumir mais responsabilidades. Porém, e para a cimeira do Rio, Carlos foi colocado numa posição de liderança, para organizar pessoalmente a conferência, superar diferenças entre nações, e assistir à definição da agenda.
Os eventos são descritos pelo autor Jonathan Dimbleby, na sua biografia autorizada de Carlos, O Príncipe de Gales: Uma Biografia (Prince of Wales: A Biography), em 1994.
Por 1991, o ímpeto gerado pelos discursos do Príncipe já lhe tinha assegurado uma reputação internacional. E, no percurso para a cimeira no Rio, que estava planeada para 1992, o Príncipe estava determinado a dar a sua própria contribuição, pelo trazer figuras internacionais essenciais a uma mesa comum, numa tentativa de alcançar alguma harmonia entre as atitudes conflituantes da Europa, dos EUA, e das nações em vias de desenvolvimento, lideradas pelo Brasil. O Príncipe chegou então à ideia de usar o iate real [o Britannia] como base para um seminário internacional de dois dias, no desfecho de uma excursão oficial no Brasil, em Abril de 1991.
Entre outros, convidou: o Senador Albert Gore; oficiais sénior do Banco Mundial; executivos-chefe de companhias como a Shell [a parte anglo da corporação petrolífera anglo-holandesa Royal Dutch Shell] e a BP [anteriormente, British Petroleum Company]; as principais organizações não-governamentais; políticos europeus, incluindo os ministros britânicos da Assistência Externa e do Ambiente; e, o mais importante de todos, o anfitrião da cimeira vindoura, o Presidente Fernando Collor, do Brasil.
A Cimeira no Rio, Agenda 21, e a ‘Divina Natureza’
A Cimeira da Terra, no Rio, foi um evento extravagante que contou com a presença de mais de 100 chefes de Estado, e de 38,000 pessoas. Lançou três grandes transições.
Primeira. Quando o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (UN IPCC) foi estabelecido, em 1988, definiu alterações climáticas como “quaisquer alterações no clima ao longo do tempo, sejam essas alterações devidas a variabilidade natural, ou surjam em resultado de atividade humana.” Porém, na Cimeira da Terra, no Rio, essa definição foi substituída por uma Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, da ONU (UNFCCC), que declarou “a atividade humana tem vindo a aumentar substancialmente a concentração atmosférica dos gases de estufa.”
Segunda. A Conferência adotou uma política designada Agenda 21, que declarava: “Todas as fontes de energia terão de ser usadas de formas que respeitem a atmosfera.” A Agenda 21 foi o primeiro documento da ONU a identificar papéis e responsabilidades para governos locais e federais, no percurso para “desenvolvimento sustentável.” Declarou que esses governos teriam de criar formas de alcançar grandes reduções percentuais na emissão de gases de estufa, e que isso seria voluntário. A cimeira seguinte da ONU, em Quioto, Japão, em 1997, tornou obrigatórias estas reduções drásticas, previstas sob Agenda 21, na emissão de gases de estufa—por meio do “Protocolo de Quioto”.
Terceiro. Num ensaio de 1992, Maurice Strong avaliou um dos pontos fortes da Cimeira do Rio:
Pura e simplesmente, não é viável que a soberania continue a ser unilateralmente exercida por estados-nação individuais, independentemente do quão poderosos possam ser. Este [o princípio da soberania nacional] é um princípio que só muito lenta e relutantemente será vergado aos imperativos da cooperação ambiental global.
Não só a soberania nacional tinha de ser abrogada, como Strong também deu à conferência de 1992 um substrato religioso pagão. Durante a sessão plenária, como Secretário-Geral da conferência, Strong declarou:
A responsabilidade de cada ser humano hoje vivo é a de escolher entre a força das trevas e a força da luz. Temos, portanto, de transformar as nossas atitudes e os nossos valores, e de adotar um respeito renovado pela lei superior da Divina Natureza.
A Cimeira do Rio foi um precedente modelo. Daquela Cimeira da Terra em diante, a ONU decidiu-se a organizar uma conferência global a cada cinco anos, fosse a mesma sobre ambiente ou sobre desenvolvimento sustentável. E, a agenda e as discussões dessas subsequentes cimeiras da ONU têm genericamente sido alicerçadas, e formuladas, com base na agenda e nas ideias principais da primeira Cimeira da Terra, no Rio, em 1992. Quando, em 2002, foi organizada uma nova conferência de desenvolvimento sustentável da ONU, explicitamente dedicada ao tema da Terra, então a mesma conferência foi designada de Rio+10—e assim sucessivamente.
O Príncipe Carlos tinha 44 anos de idade quando desempenhou o seu papel de liderança em 1991-92, para a Cimeira da Terra, no Rio. Por comparação, olhe-se para o que estava a ser feito por outras figuras hoje a participar na agenda de finança verde: Mark Carney tinha 27 anos de idade, e estava a trabalhar no seu doutoramento em economia, em Oxford, ao mesmo tempo que fazia dinheiro na Goldman Sachs. Christine Lagarde tinha 36, e estava concentrada em prestar serviço para ascender ao longo da hierarquia financeira em França. Bernie Sanders foi eleito pela primeira vez para a Casa de Representantes, no Congresso dos EUA. Alexandria Ocasio-Cortez tinha três anos de idade, e Greta Thunberg ainda nem sequer tinha nascido. Quem estava a criar política era Carlos.
II
O Príncipe Carlos e os Seus Aliados Criaram o New Deal Verde
A mitologia e o folclore populares, suportados pelos média, sustentam que a ideia do New Deal Verde foi criada em 2017, pela Representante Alexandria Ocasio-Cortez (Democrata de Nova Iorque), e pelo Senador Ed Markey (Democrata do Massachussets). O tema foi discutido ao longo de alguns anos, e depois introduzido no Congresso em Fevereiro de 2019, como resolução conjunta, por Ocasio-Cortez e Markey. O New Deal Verde faz parte da essência das iniciativas políticas da administração Biden.
Na verdade, o New Deal Verde foi desenvolvido no Reino Unido, e foi-o explicitamente pelas redes de influência política do Príncipe Carlos. Tony Juniper and Jonathan Porritt são dois dos mais importantes protagonistas, no desenvolvimento do New Deal Verde na Grã-Bretanha, sob a supervisão do Príncipe Carlos. E, são dois dos mais homicidas ambientalistas no mundo. Tanto Juniper como Porritt serviram o Príncipe Carlos como Consultores Especiais para o ambiente, e ambos fazem parte do círculo interno de Carlos há décadas. Criaram o New Deal Verde em 2008, e exportaram-no para os Estados Unidos.
Olhemos agora à vez para Juniper e Porritt, e para como criaram o New Deal Verde. Um e o outro podem ser vistos como os “homenzinhos verdes” do Príncipe de Gales.
Na acima referida biografia autorizada, o autor Jonathan Dimbleby escreveu, sobre o círculo interno de Carlos:
Por esta altura [1986], o Príncipe tinha começado a formar, em seu redor, um núcleo de consultores ambientais, e descreveu este círculo, numa carta a um amigo, como “uma pequena equipa de pessoas conhecedoras que me podem ajudar a colocar tanta pressão quanto possível sobre agências internacionais, governos, e assim sucessivamente, através de palestras, almoços, e jantares.”
Os mais proeminentes são Juniper e Porritt.
De 1992 a 2008, Tony Juniper liderou muitas das operações dos eco-extremistas Amigos da Terra [i.e. Friends of the Earth, ou FOE], e isto incluiu serviço, de 2003 a 2008, como diretor das operações dos FOE no Reino Unido. Juniper também foi um líder do Partido Verde da Grã-Bretanha. Carlos escolheu Juniper para ser o co-autor/autor-fantasma de dois dos livros de Carlos: Harmonia [i.e. Harmony], em 2010, e Alterações Climáticas [i.e. Climate Change], em 2017.
Juniper liderou toda a operação para levar o Parlamento do Reino Unido a adotar a Lei das Alterações Climáticas de 2008, uma das primeiras leis do seu tipo ao longo do mundo. A Lei tornou do dever do Secretário de Estado britânico, o assegurar que o agregado das emissões da Grã-Bretanha, para todos os seis gases de estufa de Quioto (dióxido de carbono, ou CO2; metano, ou CH4; óxido nitroso, ou N2O; os hidrofluorocarbonetos; os perfluorocarbonetos; e o hexafluoreto de enxofre, ou SF6), teria tido, em 2050, uma redução de 80% por referência aos níveis de 1990. Em teoria, para evitar alterações climáticas perigosas. Isto segue-se do Protocolo de Quioto em 1997, que, por sua vez, segue os termos definidos pelo Príncipe Carlos para a Cimeira no Rio, em 1992. O Times de Londres de 26 de Janeiro de 2019 referiu-se a Juniper como o “Campeão Verde do Príncipe Carlos.”
Jonathan Porritt foi, desde a fundação do radical Partido da Ecologia, na Grã-Bretanha, em 1976, um membro destacado do mesmo partido, tendo servido como seu diretor a partir de 1979. Em 1985, o partido mudou de nome para Partido Verde de Inglaterra e de Gales, e, durante um tempo, Porritt foi presidente do mesmo. Em 1986, Carlos ungiu Porritt como seu conselheiro de confiança, significando que Carlos e Porritt têm trabalhado juntos ao longo de 35 anos. Em 2000, Tony Blair, o Primeiro-Ministro trabalhista, tornou Porritt no presidente inaugural da então recém-criada Comissão para o Desenvolvimento Sustentável [i.e. Sustainable Development Commission, ou SDC], dotada da responsabilidade de aconselhar o Reino Unido sobre passos a tomar na direção de “desenvolvimento sustentável”: incluindo o corte de produção físico-económica para reduzir as emissões de “gases de estufa.” Porritt serviu como presidente da SDC por nove anos.
Porém, a característica que é de longe a mais perigosa de Porritt, aquela que o torna mais querido ao Príncipe Carlos, é o fato de Porritt ser um dos mais abertos ultra-maltusianos no mundo: alguém que, com efeito, apelou à redução, em metade, da população global. Em 2008, Porritt tornou-se num patrono (efetivamente, num diretor) da Optimum Population Trust [i.e. Fundação para um Ótimo Populacional, ou OPT], que é, potencialmente, a mais destacada promotora, à escala global, de genocídio. De acordo com o Times de Londres, a 22 de Março de 2009, Porritt deu uma palestra na qual cantou os louvores à pesquisa da Optimum Population Trust, “sugerindo que a população da Grã-Bretanha deveria ser reduzida a 30 milhões de pessoas [a partir de 62 milhões em 2009—ed.], isto se o país se quiser alimentar sustentavelmente.” A Novembro de 2018, Porritt tornou-se presidente da OPT, agora reintitulada Population Matters.
Em reconhecimento por todo este trabalho, e sob a recomendação de Carlos, a Rainha Isabel condecorou Porritt como Comandante do Império Britânico (CBE).
Os outros patronos da Population Matters tornam explícito o intento homicida da organização. Um patrono é Sir David Attenborough, que tem sido descrito por vários veículos mediáticos como sendo, efetivamente, um membro da Família Real. Attenborough tem servido de figura paternal e de conselheiro para Carlos desde que o mesmo Carlos tinha 8 anos de idade. É um dos mais próximos e confiados conselheiros e amigos não-Reais da Rainha Isabel. Em tempos, Attenborough declarou:
A população humana não pode continuar a ser deixada crescer da mesma velha forma incontrolada. Se não tomarmos conta dos nossos números populacionais, a natureza fá-lo-á por nós.
Outra patrona da OPT é a Dama Jane Goodall, que prefere macacos a pessoas. E, um terceiro é Paul Ehrlich, autor d’A Bomba Populacional [i.e. The Population Bomb] a desacreditada farsa de 1968. Ehrlich também advogou a redução da população global em vários biliões de pessoas.
Isto tem ressonância direta no Príncipe de Gales. Numa palestra que deu ao seu Centro para Estudos Islâmicos, na Universidade de Oxford, a 10 de Junho de 2010, Carlos ventilou que a população de Lagos, Nigéria, tinha crescido de 300,000 para 20 milhões durante o seu [de Carlos] tempo de vida. Depois, continuou, “eu podia ter escolhido Mumbai, ou o Cairo, ou a Cidade do México; para onde quer que se olhe, a população global está a aumentar rapidamente.” E, depois, disse que a Terra não pode continuar a “suster-nos a todos,” em particular no setor em vias de desenvolvimento, se uma “vasta proporção” estiver a consumir recursos naturais a “níveis ocidentais.” Uns anos depois, o Presidente Barack Obama copiou as afirmações de Carlos, numa declaração que fez a jovens africanos.
O New Deal Verde da Grã-Bretanha e o seu Programa
O New Deal Verde foi criado em 2008, sob a supervisão e ideologia de Carlos, Porritt e Juniper, e alguns outros, em particular a esquerdista New Economics Foundation. Foi criado para servir de programa para a Grã-Bretanha, mas, e em especial, para servir de modelo básico para o New Deal Verde para os EUA: que, de resto, imitou a sua delineação geral, e vários dos seus particulares.
A marca de Carlos é revelada por quarto dos oito diretores do grupo para o New Deal Verde britânico em 2008:
• Tony Juniper—diretor/iniciador.
• Caroline Lucas—diretora. Lucas foi recrutada como protégé do genocidalista Porritt. A própria Lucas disse que tinha sido “absolutamente inspirada” pela leitura do livro de Porritt, Ver Verde [i.e. Seeing Green], e que isso a motivou a juntar-se ao Partido Verde. Ela pensou, “Vou juntar-me. Vou dedicar-me a este [Partido Verde].” Porritt era a força dominante no Partido Verde. Lucas viria a tornar-se membro do Parlamento para os Verdes, para a constituência de Brighton Pavilion, e ajudou a lançar o New Deal Verde.
• Charles Secrett—diretor. O curriculum vitae de Secrett diz que o mesmo é Associado Sénior do Programa para Liderança em Sustentabilidade (Programme for Sustainability Leadership, ou CISL), da Universidade de Cambridge. Carlos não se limita a ser o patrono e a força dominante neste CISL, como está a trabalhar com o mesmo num programa para “Rearranjar a Economia”, através de sustentabilidade. E, é a isto que muitos têm recentemente reintitulado de “Grande Reinício” (“The Great Reset”).
• Colin Hines—iniciador/diretor. Hines foi colaborador de Jonathan Porritt numa base contínua. Juntos, emitiram um artigo conjunto na edição de Novembro de 2017 do Journal of Population and Sustainability, e este artigo era intitulado “Para Evitar o Brexit, Os Partidos Progressistas no Reino Unido Têm Agora De Dar Uma Resposta Frontal Ao Desafio da Imigração”. Porritt comentou que o artigo argumenta que os esquerdistas e os liberais devem “cair na real” sobre o problema populacional.
E, quanto ao programa, o New Deal Verde da Grã-Bretanha apelou a investimento (com primazia governamental) em eficiência energética e em microgeração (que tornaria “cada edifício numa central energética”). E, à criação de empregos verdes para abrir as portas a reconstrução infraestrutural numa base de baixo carbono. E, a um imposto sobre os lucros extraordinários das corporações de petróleo e gás, de modo a providenciar receita para investimento estatal em energias renováveis e em eficiência energética. E, à providência de incentivos financeiros para investimento verde e redução em consumo energético. Também apelou a “Assegurar preços mais realistas para os combustíveis fósseis, que reflitam o custo ambiental dos mesmos, e que sejam suficientemente elevados para lidar com as alterações climáticas”; a recomendação foi a da adoção de taxas de carbono. A refletir o input da New Economics Foundation, o programa também apelava à quebra dos megabancos, e ao escrutínio aumentado dos derivados financeiros.
A expressão New Deal Verde (falsamente associando este programa a Franklin Roosevelt), o apelo a uma transição de larga escala para energia verde; os cortes em combustíveis fósseis e em produção relacionada; e, a criação de empregos verdes—tudo isto era a missão de Carlos e dos seus “homenzinhos verdes”, Porritt e Juniper, e era baseado na premissa de redução populacional radical. Era intencionada a exportação para os EUA.
III
Impôr o Mecanismo de Relato para o Reinício—
Na Direção de uma Ditadura de Banqueiros
O Príncipe Carlos, a agir em prol do poder dos financeiros, do Banco de Inglaterra, et al., tem, desde 2004, elaborado e tentado implementar, com intensidade continuamente aumentada, um corpo de “regras verdes de relatório contabilístico integrado”, para companhias industriais e de setor energético, para explorações agrícolas, etc. Isto é chamado de “taxonomia” em círculos de “finança verde.” Carlos criou, ou modificou, corpos regulatórios existentes, dotando-os da autoridade para impor penas pesadas a corporações que não cumpram com regras de relato para prevenção da emissão de gases de estufa. Isto é algo que poderia levar as corporações nesta condição à bancarrota. No mundo de Carlos, toda a produção física aumenta as alterações climáticas antropogénicas. O Homem viola a Natureza primitiva através de progresso científico.
O cético retorquiria, “Como é que regras contabilísticas, de relatório contabilístico, que são do domínio de contabilistas, equipas financeiras, companhias de seguros, e afins, vão forçar companhias a tornar-se verdes? Tudo isto parece nebuloso.”
Carlos ajudou a organizar a Cimeira da ONU sobre alterações climáticas no Rio, em 1992. Depois, em 1997, seguiu atentamente a conferência de Alterações Climáticas da ONU em Quioto. E, em 2002, discursou na Cimeira Global da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável. Carlos fez estas coisas na aceção de que estas conferências eram essenciais para estabelecer parâmetros para regulações em alterações climáticas. Porém, também chegou à conclusão de que as corporações podiam limitar-se a fazer paleio sobre o assunto e, depois, evitar as regras propostas, sem serem penalizadas por esse fato. Dessa forma, as regras, na sua maior parte, nunca entrariam em efeito. Carlos acredita que as regras (denominadas de regras de relatório integrado) têm de ser cirurgicamente inseridas nas corporações, de modo a fazê-las cumprir, e não evadir, as mesmas regras. Nisto, as corporações têm de revelar todos os investimentos e gastos significativos que fazem, do ponto de vista de se esses investimentos e gastos fomentam, ou não, alterações climáticas.
Em 2004, Carlos e o Banco HSBC (a Corporação Bancária de Hong Kong e Shanghai; que é, de todos os bancos envolvidos em narcotráfico ao longo do mundo, o principal), fundaram Contabilidade para Sustentabilidade (A4S, Accounting for Sustainability). No seu website, a A4S declara, sob o título “Porquê Sustentabilidade e Finança”:
As equipas financeiras [empresariais] são ativos para as suas organizações, e elementos vitais na construção de um mundo sustentável. Para estarem à altura deste potencial, precisam de reconhecer os riscos e as oportunidades que estão associados a sustentabilidade, e de ter a capacidade de agir com base nos mesmos.
As equipas financeiras numa organização são críticas nessa organização, uma vez que controlam os fluxos de dinheiro e finança que são essenciais à mobilização, ou ao bloqueio, daquilo que a organização faz [Ênfase adicionado].
As equipas financeiras podem controlar os fluxos de dinheiro. Carlos e a City de Londres querem que estas equipas abandonem valências baseadas em combustíveis fósseis (em eletricidade, manufatura, infraestrutura, e em investigação e desenvolvimento científicos) e abracem uma crescente bolha especulativa verde.
Para fazer com que isto funcione, Carlos e a sua equipa desenvolveram uma série de riscos de relatório integrado: riscos que, supostamente, prescrevem o quão perigoso um investimento é, estritamente do ponto de vista de, se alegadamente fomentará, ou não, alterações climáticas. Isto são alguns do que são oficialmente denominados de “riscos físicos”, “riscos de legado”, “riscos financeiros”, “riscos de produção”, “riscos competitivos”, “riscos de litigação”, e “riscos de reputação”.
Como anunciado na declaração destas pessoas sobre relato integrado, o uso de combustíveis fósseis para a produção de eletricidade por companhias energéticas produz, supostamente, emissões de CO2, e aquecimento global: portanto, é associado um elevado “risco físico” a este tipo de produção, com esse “risco” a ser declarado nos relatórios integrados das companhias envolvidas em tal produção. Em simultâneo, há organizações ambientais a visar, para encerramento, centrais elétricas energizadas a combustíveis fósseis.
Porém, o que acontece a uma companhia de máquinas-ferramentas cuja energia é fornecida por uma central elétrica energizada a combustíveis fósseis? Essa companhia carrega agora o fardo do pecado de transmitir os riscos “físicos” da produção elétrica com combustíveis fósseis, e de ajudar a central elétrica que usa combustíveis fósseis, pela aquisição da eletricidade da mesma. E, o que é do banco, ou instituição financeira, que empresta à companhia de máquinas-ferramentas cuja fonte energética são combustíveis fósseis? Assume os riscos atribuídos à central que usa combustíveis fósseis e à companhia de máquinas-ferramentas e, de acordo com os contabilistas, também enfrenta “riscos financeiros”, uma vez que a central elétrica que usa combustíveis fósseis, e a companhia de máquinas-ferramentas, podem, dados os seus riscos “irremediáveis”, ir ao fundo. E, o banco ou instituição financeira enfrenta “riscos de reputação e litigação”, uma vez que um grupo dos seus acionistas pode processá-lo por contribuir para aquecimento global.
Uma companhia pode ver ser-lhe atribuído um risco por qualquer atividade que contribua para “aquecimento global”, independentemente da quantidade de iterações que a separem do incidente supostamente iniciador de aquecimento global.
Antes, as companhias reportavam, nas suas declarações contabilísticas e nas suas folhas de balanço: lucros e perdas, a dimensão de créditos contraídos e de investimentos feitos, etc., e os riscos financeiros em que a companhia podia incorrer, com base em perdas nas suas operações de negócio.
Agora, as “equipas de gestão de risco” que as companhias foram compelidas a contratar, ganham a capacidade de relatar ao quadro de diretores da companhia que a mesma enfrenta sérios riscos ameaçando a sua estabilidade. As lideranças de corpos governamentais regulatórios, cujos dentes se tornaram mais afiados com ambientalismo, podem decidir que a companhia não está em cumprimento, e que tem de fazer mudanças imediatas. As agências de rating de crédito (como seja a S&P Global Ratings, anterior Standard & Poor’s, ou ainda o Moody’s Investor Service) podem anular ratings previamente positivos de crédito. Uma companhia temerá ser (acidentalmente ou de outra forma) apanhada em ações regulatórias que a levem a ser processada, excluída, ou até posta fora de negócio.
Estes riscos conectados a alterações climáticas ainda estão na fase voluntária; porém, algumas agências regulatórias estão a fazer pressão para os tornar obrigatórios em 2021.
Carlos, os seus consultores pessoais, e os seus consultores académicos de Oxford e Cambridge, vêm estes “riscos relativos a alterações climáticas” como o mecanismo disciplinário interno que forçará as companhias a trancar produção, a transitar para tecnologias regressivas (como sejam moinhos de vento), e a investir numa bolha especulativa verde sem qualquer valor. Nos 1990s, e na primeira década do século 21, quase ninguém para além do Príncipe Carlos via o valor deste mecanismo. Carlos tinha, nesta fase, de entrar na arena mais pública e mais geral, pela obtenção de apoio corporativista em massa para o seu plano—e, depois, tinha de fazer com que o plano fosse tornado obrigatório. Isto requeria criar o Grupo de Trabalho para Declarações Financeiras Relativas ao Clima [i.e. Task Force on Climate-related Financial Disclosures, ou TCFD], alojado no seio do Banco de Pagamentos Internacionais. Essa parte do plano foi alcançada em 2015. Como?
A Criação da Contabilidade para Sustentabilidade
Como observado, o Príncipe Carlos estabeleceu a Contabilidade para Sustentabilidade (A4S) em 2004, com o apoio do banco HSBC (o Hong Kong and Shanghai Bank, com uma história infame nas Guerras do Ópio). A HSBC concedeu um certo Russell Picot ao Príncipe Carlos. Este Russell Picot tornou-se assim num ativo partilhado, e em alguém que Carlos movimentaria ao longo do tabuleiro durante a dúzia de anos seguintes. Picot tornar-se-ia no Oficial Chefe de Contabilidade para o HSBC. Como reportado pela edição de Julho de 2019 da magazine By All Accounts:
A oportunidade de combinar as convicções pessoais de [Picot] com os aspetos ambientais e sociais do relato contabilístico surgiu em 2004, quando o Príncipe de Gales convidou o presidente do HSBC, a par de outros representantes empresariais, para ajudar a criar a Contabilidade para Sustentabilidade.
Picot multiplicou elogios a Carlos, dizendo que “O Príncipe é um homem extraordinário… Tem sido um campeão de questões ambientais e climáticas ao longo de muitas décadas.”
A A4S de Carlos criou a ABN (Accounting Bodies Network) como uma colaboração entre a A4S e corpos profissionais ao longo do globo, e incluindo a larga maioria dos corpos contabilísticos de topo no planeta. Tomada em conjunto, a Rede representa mais de 2.5 milhões de contabilistas profissionais e de estudantes de contabilidade ao longo de 179 países (representando dois terços dos contabilistas do mundo); estes apoiam, desta forma, a agenda da A4S.
E, ainda mais, através da A4S e de outras organizações por si controladas (tal como o Instituto para a Sustentabilidade da Universidade de Cambridge), o Príncipe Carlos estabeleceu organizações especializadas a perfazer o leque institucional necessário para a concretização do seu propósito de “relato integrado”: organizações para gestores de pensões; para Oficiais Financeiros Chefe, ou CFO (a assim chamada CFO Leadership Network); para banqueiros, gestores de ativos, e investidores em fundos obrigacionistas; para líderes de companhias de seguros (a ClimateWise); um Centro para Finança Sustentável; e assim sucessivamente.
Tudo contabilizado, a aliança corporatista organizada por Carlos, reunindo algumas das mais poderosas instituições financeiras no mundo, representava ativos combinados sob gestão (ou, no caso dos bancos, ativos diretos do banco) totalizando mais de $30 triliões. As organizações que Carlos juntou, para que apoiassem os seus propósitos, contavam com mais de 9 milhões de pessoas no agregado total dos seus membros.
Em 2010, Carlos lançou o Conselho Internacional de Relatórios Integrados (International Integrated Reporting Council, ou IIRC), para o propósito único de forçar corporações e governos nacionais a adotarem relatórios integrados. O ativo partilhado de Carlos, Russell Picot, assumiu um lugar no comité diretivo do IIRC. E, Sir Michael Peat, Secretário Privado Principal para o Príncipe de Gales, foi tornado presidente do IIRC.
Assumir Controlo Sobre Mark e Diana Carney
Mark Carney, ex-Governador do Banco de Inglaterra (2013-2020), é um dos mais poderosos banqueiros centrais do século 21. Carney também serviu, em simultâneo, como presidente (2011-2018) da Comissão de Estabilidade Financeira, sedeada no Banco de Pagamentos Internacionais na Suiça. Porém, Carney só se tornou num forte e aberto apoiante de finança verde após ter sido doutrinado e colocado sob o controlo do Príncipe Carlos. A assistir Carlos nisto, o fato de que Diana Fox Carney, a esposa do banqueiro, frequentemente descrita como uma “eco-guerreira,” responde ao Príncipe: como presidente dos Trustees of Ashden (dos quais Carlos é o patrono real; e, onde Porritt and Attenborough são contados entre os depositários, a par da própria Diana Fox Carney); e, como membro do quadro do Fundo Mundial para a Vida Selvagem-Concelho de Embaixadores do Reino Unido. O Príncipe Carlos é quem dirige agora o Fundo Mundial para a Vida Selvagem, originalmente estabelecido pelo seu pai.
Por meio de Carney, o Príncipe Carlos criou aquele que, até à data, é o mais poderoso braço bancário de execução para o New Deal Verde. E, isso é o Grupo de Trabalho para Declarações Financeiras Relativas ao Clima, que inclui 34 bancos centrais, a par de grandes bancos e fundos privados, e é liderado por Carney e por Sir Michael Bloomberg. Carney exige agressivamente que os bancos imponham a “taxonomia”, de modo a cortar todo o investimento relativo a combustíveis fósseis, dizendo repetidamente que as companhias que não cumpram “deixarão de existir.”
A história da tomada de poder da atividade de Carney pelo Príncipe Carlos está esboçada no perfil de 18 de Outubro de 2019 da Executive Intelligence Review: “Mark Carney, o Príncipe (Carlos) dos Banqueiros Centrais.”
As palavras de Carney na reunião do 70º aniversário de Carlos, em 2018, são indicativas:
É para crédito de Sua Alteza Real que esta ocasião feliz seja marcada por uma discussão séria dos riscos e das oportunidades que são colocados pelas alterações climáticas, e pela transição para uma economia de baixo carbono. Sua Alteza Real providenciou liderança inspiradora sobre estas questões críticas ao longo de décadas. Com efeito, se tivéssemos ouvido o seu aviso quando foi pela primeira vez oferecido, talvez já tivéssemos resolvido a Tragédia do Horizonte!
Tive o grande prazer de interagir com Sua Alteza Real num número de ocasiões, e não consigo pensar em muito mais pessoas que sejam mais conhecedoras da, ou comprometidas com a agenda da sustentabilidade. Há quatro anos atrás, Sua Alteza Real chamou-me justamente à realidade, realçando que os riscos relativos ao clima terão graves impactos financeiros, e questionando o que é que os reguladores estavam a fazer sobre estes riscos. Os desafios de Sua Alteza Real são ainda mais germanos hoje, à medida que os impactos das alterações climáticas continuam a aumentar, e que o tempo para agir continua a diminuir. [Ênfases adicionados.]
Em 2017, este grupo de trabalho de banqueiros centrais começou a emitir recomendações a companhias, para as assistir nas suas declarações de “informação pertinente” relacionada com riscos relativos ao clima. A adoção destas declarações em relatórios integrados seria voluntária. Porém, em Novembro de 2020, o Banco de Inglaterra emitiu a seguinte declaração:
O Banco de Inglaterra, juntamente com outros membros do Grupo de Trabalho Governo-Regulador TCFD, organizado para examinar a forma mais eficaz de abordar declarações financeiras relativas ao clima, publicou um relatório interino estabelecendo uma via indicativa na direção de declarações obrigatórias relativas ao clima ao longo da economia do Reino Unido, essa via indicativa alinhada com as recomendações do Grupo de Trabalho para Declarações Financeiras Relativas ao Clima [i.e. Task Force on Climate-related Financial Disclosures, ou TCFD]. [Ênfase adicionado.]
Este é o férreo mecanismo de execução (forçar corporações e instituições financeiras a abandonarem produção física para a existência humana, em prol de uma imensa bolha especulativa verde) de que a ditadura verde dos banqueiros depende.
No Verão de 2019, a enorme instituição de gestão de fundos BlackRock, Inc., de Wall Street, tomou o partido do Príncipe e de Carney, juntando-se ao último na conferência anual de banqueiros de Jackson Hole, Wyoming, organizada pela Reserva Federal, para adicionar uma nova e letal tática, denominada pelos próprios executivos da BlackRock de “mudança de regime”: com os bancos centrais a tirarem o domínio sobre despesa fiscal aos governos que sejam demasiado lentos a agir. O papel da BlackRock no “rearranjo” preconizado por Carlos é lidado na próxima secção deste Relatório Especial.
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