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O seguinte é uma tradução de material originalmente publicado na edição de 23 de Julho de 2021 da Executive Intelligence Review.

Vão Atrás do Eixo de Terror Global Londres-Ríade

Este artigo foi o principal num pacote de artigos publicados no número de 16 de Agosto de 2013 da EIR, a expor o papel desempenhado pela oligarquia britânica, e pela monarquia saudita, no cultivo e no financiamento de organizações terroristas islamistas. Isto incluiu o recrutamento e o armamento dos mujahideen no Afeganistão durante a guerra Afegã-Soviética dos 1980s, sendo que isso veio a dar origem, internacionalmente, à al Qaeda e às suas muitas derivações. Esse pacote completo da EIR está aqui. O pacote incluiu: “Bush e Obama de Mãos Dadas no Vergonhoso Encobrimento do 11 de Setembro Anglo-Saudita”, “Al-Yamamah: A Financiar Terrorismo”; e “Graham: Sequestradores Precisaram da Rede Saudita de Apoio”. Também incluído neste número da EIR, o ensaio de Lyndon LaRouche, “A Existência da Humanidade é Colocada em Questão: O que Acontece a Seguir?”, que se debruça sobre a natureza da mente humana, no contexto do declínio que afeta a civilização ocidental desde os assassinatos de John F. Kennedy e do seu irmão Robert e, em especial, após o 11 de Setembro.

Se vier a haver outro grande ataque terrorista à escala do 11 de Setembro de 2001, contra World Trade Center e Pentágono, ou, se vier a ocorrer outro ataque armado como o do 11 de Setembro de 2012, contra a Missão dos EUA em Benghazi, Líbia, então, estes ataques poderão ser culpados em George W. Bush, em Barack Obama, e nas monarquias britânica e saudita. A fonte essencial de todo o terrorismo internacional significativo no mundo atual é a aliança imperial Anglo-Saudita, mais vividamente expressa nos acordos Al-Yamamah, estabelecidos entre Londres e Ríade em 1985, e persistindo até aos dias de hoje.

Al-Yamamah (“A Pomba”) foi, alegadamente, um negócio de armas por petróleo, originalmente acordado entre o então Embaixador Saudita aos Estados Unidos, o Príncipe Bandar bin-Sultan, e a então Primeira-Ministra britânica, Margaret Thatcher. Sob a cobertura que foi providenciada pelo negócio de armas por petróleo, foram escamoteados, desde então, e ao longo dos 28 anos subsequentes, biliões de dólares, em contas bancárias offshore, em paraísos fiscais tão notórios como as Ilhas Caribenhas Britânicas e Holandesas, a Suiça e o Dubai.

Esses fundos foram usados para financiar quase 30 anos de terrorismo global e de golpes de estado, começando, no final dos anos 70, pelo patrocínio anglo-americano dos “mujahideen” afegãos, do qual surgiram a al-Qaeda e todas as restantes derivações da Irmandade Muçulmana; as mesmas agora impondo um reino de terror ao longo de todo o mundo islâmico, e, da mesma forma, em África, na Europa, e nas Américas.

Começando em meados dos 1980s, os fundos secretos da Al-Yamamah foram usados para financiar a “resistência” afegã, e, da mesma forma, guerras separatistas em África, e os próprios conflitos dos 1990s no Balcãs, na sequência do colapso da União Soviética e do Pacto de Varsóvia. Uma investigação honesta e completa (algo ainda a ser concretizado) tenderia a revelar que os terroristas do 11 de Setembro foram financiados pelo uso dos fundos Al-Yamamah.

A existência de comando e controlo top-down, anglo-saudita, sobre a al-Qaeda e sobre todos os restantes grupos de fachada jihadistas é, desde há décadas, um fato bem conhecido no seio de alguns círculos posicionados nos mais elevados níveis de governo, nos EUA. Porém, as sucessivas administrações Bush (por George H. W. Bush e, depois por George W. Bush) e Obama presidiram sobre um brutal encobrimento desta traição anglo-saudita. Isto é algo que as tornou cúmplices (antes, durante, e após o fato consumado) de atrocidades terroristas que ceifaram dezenas de milhares de vidas globalmente, e que providenciaram o pretexto para todas as políticas tirânicas de estado policial que foram infligidas aos Estados Unidos ao longo dos últimos anos.

O caso mais expressivo de encobrimento de terror anglo-saudita consiste na recusa, pelas administrações George W. Bush e Obama, em publicar o capítulo de 28 páginas do relatório final do Inquérito Congressional Conjunto aos ataques do 11 de Setembro; capítulo esse que documentava os papéis desempenhados, no financiamento e na proteção das equipas de terroristas do 11 de Setembro, pelo Ministério saudita de Defesa e Aviação, pelo Diretorado Geral de Inteligência (GID) da Arábia Saudita, e pelo então Embaixador saudita aos Estados Unidos, o Príncipe Bandar bin-Sultan.

Os Presidentes George W. Bush e Barack Obama não publicaram essas 28 páginas, nem permitiram uma investigação completa do papel que foi desempenhado, por inteligência anglo-saudita, nos ataques de Setembro de 2001. Se tivessem publicado essas páginas, é muito possível que o Embaixador Christopher Stevens, a par dos restantes estadunidenses (diplomatas e oficiais de segurança) vitimizados pelos ataques de 2012 à Missão de Benghazi, e ao Anexo da CIA, ainda hoje estivessem vivos. E, da mesma forma, se o documento tivesse sido publicado, então, milhares de outros seres humanos, entretanto mortos ou feridos no Iraque, no Afeganistão, no Iémen, na Líbia, na Síria, no Mali, e ainda noutros campos de batalha, também teriam evitado esse destino. E, também, nunca teria sido possível permitir, ou justificar, a criação do vasto aparato de espionagem doméstica que foi finalmente exposto por revelações recentes, como sejam as de Edward Snowden.

[Sob intensa pressão das famílias das vítimas do 11 de Setembro, o Congresso dos EUA aprovou, em Setembro de 2016, a Lei de Justiça Contra os Patrocinadores de Terrorism (JASTA). Isto forçou a publicação de uma versão fortemente revista, e censurada, das 28 páginas, e deu às famílias do 11 de Setembro autorização para exigir, em tribunal, respostas do governo sudita, por envolvimento saudita no 11 de Setembro. Ao longo dos 5 subsequentes anos, os sauditas vieram a fazer atrasar qulquer progresso substantivo nesta frete. A 11 de Setembro de 2021, novamente sob intensa pressão das famílias das vítimas, a Administração Biden publicou um primeiro archivo de documentos a fornecer firmes evidências de um papel audita na preparação dos ataques. – Nota do Editor].

Em consequência da falha em expor e erradicar a autoria, o financiamento, e a proteção, pelos anglo-sauditas, do nexo narcoterrorista e jihadista global, a alegada “Guerra Global contra o Terrorismo” veio a ser tornada numa das mais graves e criminosas fraudes da História moderna.

A publicação de toda a documentação relevante até aqui mantida confidencial, poderá vir a revelar em plena as raízes concretas da maior atrocidade terrorista perpetrada contra os Estados Unidos desde a Guerra de 1812: que passou, claro, pela pilhagem de Washington D.C. pelas tropas britânicas, e pela concomitante destruição da Casa Branca.

Um Segredo Aberto

A supressão dessas 28 páginas tem sido repetidamente citada como representando o elemento crucial num muito mais abrangente encobrimento das raízes de guerra irregular moderna e, de terrorismo moderno. Tem sido citada como tal por pessoas como o ex-Senador Bob Graham (Democrata—Florida), Lyndon LaRouche, e, entre outros autores, Anthony Summers e Robbyn Swan.

Muitas das evidências das raízes oligárquicas profundas de guerra irregular global estão escondidas à vista de todos.

NASA/Paul E. Alers
A Rainha Isabel e o seu consorte Príncipe Philip, o “vírus letal”, gerem o Império sob o resoluto compromisso de reduzir a população mundial até menos de 1 bilião: pelo recurso a terrorismo, a fome, a doença, e/ou a guerra.

• Em Dezembro de 2000, os editores da EIR entregaram um memorando à então Secretária de Estado Madeleine Albright: um memorando a apelar a uma investigação formal para determinar se o Reino Unido deveria ser incluído na lista do Departamento de Estado para estados patrocinadores de terrorismo. O documento da EIR era exclusivamente baseado em queixas formais e em evidências submetidas por governos de todos os continentes, todos eles detalhando o fato de que o Reino Unido tinha providenciado santuário e apoio logístico a organizações terroristas, incluindo os separatistas chechenos (Rússia), as narcoterroristas FARC (ou, Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia), Sendero Luminoso (Perú), o Partido dos Trabalhadores Curdos (Turquia), Gamma al-Islamiya (Egipto), Ansar al-Sharia (Iémen), o Grupo Combatente Islâmico Líbio (Líbia), e o Exército de Guerrilha Islâmica (Algeria).

O memorando da EIR nomeava Osama bin Laden como sujeito para investigação. Até então, note-se, bin Laden mantinha uma moradia em Wembley, Inglaterra, e operava um gabinete de propaganda em Londres, sob a proteção da Coroa Britânica.

• Em 2007, a EIR publicou, em exclusivo, evidências sobre a verdadeira natureza do projeto Al-Yamamah-BAE Systems, e sobre os fundos offshore para financiamento de terrorismo. Entre as evidências apresentadas pela EIR, materiais que foram recolhidos de uma biografia semi-oficial do Príncipe Bandar, e que detalhavam a sequestração offshore de lucros al-Yamamah, e o uso dos mesmos para armar os mujahideen afegãos, governos africanos, e outras agências envolvidas na “luta contra comunismo”. No livro, o Príncipe Bandar vangloriava-se de que o negócio Al-Yamamah era um produto da relação única que existia entre as monarquias britânica e saudita, relação essa que permitia a criação de um vasto “fundo secreto”, e não sujeito a qualquer supervisão governamental.

A peça da EIR incluía detalhes, providenciados em praça pública pelo Senador Graham, entre outros, e a detalhar algumas das evidências para o financiamento oficial saudita do 11 de Setembro.

Quando as investigações ao programa BAE-sauditas começou a representar uma ameaça ao controlo anglo-saudita da al-Qaeda e de outros terroristas jihadistas, o Primeiro-Ministro britânico, Tony Blair, ordenou ao Procurador Geral que terminasse a investigação por “motivos de segurança nacional”. Os negócios Al-Yamamah entre a BAE e o Ministério da Defesa saudita continuam, até ao momento presente, a alimentar os fundos secretos offshore para financiamento terrorista.

• Em 2010, Ian Johnson escreveu Uma Mesquita em Munique, um livro a documentar o patrocínio, ao longo de décadas, pelos serviços de inteligência britânicos e estadunidenses, da Irmandade Muçulmana. O livro de Johnson refere-se à Liga Mundial Muçulmana, estabelecida em 1960, como o braço internacional de recrutamento para terror global jihadista financiado pelos sauditas. O testemunho de Johnson demonstra ainda que a Al-Yamamah foi antecipada em décadas por “acordos especiais” de inteligência anglo-saudita.

• Também em 2010, Mark Curtis, investigador britânico, escreveu Secret Affairs—Britain’s Collusion With Radical Islam [i.e. “Relações Secretas: A Coalescência do Reino Unido com o Islão Radical”—N. do T.], largamente baseado em documentos desclassificados pelo MI6 e pelo Gabinete britânico para a Commonwealth e para as Relações Externas, e a demonstrar que o serviço de inteligência da Coroa britânica tem sido o patrocinador e a força controladora por detrás da ascensão da Irmandade Muçulmana, e, da mesma forma, de todas as suas (ainda mais violentas) derivações, algo que começou no Egipto dos 1920s, com a fundação da Irmandade Muçulmana na Zona do Canal do Suez (então ocupada pelos britânicos).

• The History Commons (www.historycommons.org), um pouco conhecido mas importante arquivo online, coligiu mais de 20,000 artigos noticiosos (todos por fontes públicas), a detalhar as ligações anglo-sauditas aos sequestradores do 11 de Setembro e, da mesma forma, a outros atos brutais de terror em massa. É um segredo aberto, frequentemente publicitado nos média britânicos, que “Londonistão” é a capital do terrorismo jihadista global. Não obstante o esforço da EIR, nos finais de 2000, para erradicar a transparente aliança pela qual a Coroa britânica e a Arábia Saudita financiam terrorismo global e insurgência separatista (Chechénia, Curdistão, Caxemira, etc.), Londres continua a ser, até ao momento presente, a força protetora, e a plataforma de recrutamento, para terrorismo ao longo de todos os continentes.

Portanto, não há qualquer falta de evidências. A única dificuldade é a de que círculos governamentais de topo em Washington, Londres e Ríade estão devotados a encobrir a responsabilidade anglo-saudita pelo 11 de Setembro, por Benghazi, e por muitas outras atrocidades. Até que, e a não ser que, esse encobrimento seja anulado, ninguém está imune a ataques. O fato de que dois Presidentes estadunidenses sucessivos (George W. Bush e Barack Obama) selaram, com as suas assinaturas pessoais, o encobrimento do papel das monarquias britânica e saudita no financiamento e na orquestração de terrorismo seria, só por si, motivo para investigação e destituição.

EIRNS/Stuart Lewis
A estratégia para a construção da al-Qaeda, e do moderno terrorismo muçulmano, como arma contra nações, pode largamente ser remontada ao Dr. Bernard Lewis, “académico” e agente de inteligência britânica, aqui mostrado a falar em Washington, D.C., em 2003.

Uma ‘Guerra dos Trinta Anos’, Criada e Sustida pelos Anglo-Sauditas

A aliança britânica com a Arábia Saudita para promover terrorismo global e genocídio tem representado uma política dominante ao longo de mais de 30 anos. Ainda em meados dos 1970s, o Dr. Bernard Lewis, um “Orientalista” essencial para inteligência britânica, apelou a um “Arco de Crise”, a estender-se ao longo da orla sul da União Soviética: a começar no Cáucaso, daí a prosseguir para a Ásia Central e, daí, a culminar na Província de Xinjiang, na China Oriental. Lewis apelou a que inteligência ocidental patrocinasse uma jihad fundamentalista islâmica contra o “monólito comunista ateu”.

O “Plano Bernard Lewis”, como veio a tornar-se conhecido, coalescia de modo preciso com a política oficial da monarquia britânica para reduzir a população mundial para menos de 1 bilião de pessoas; através de guerra, doença e fome. Em meados dos anos 70, Lewis foi enviado para os Estados Unidos, onde vendeu o projeto britânico para uma nova Guerra de Trinta Anos a tão proeminentes figuras de segurança nacional como o Dr. Zbigniew Brzezinski, ou, ainda, como Dick Cheney, Michael Ledeen, Richard Perle, e toda a clique de neoconservadores que viria a popular duas administrações Bush.

Com efeito, o “Plano Bernard Lewis”, promovido pela Coroa britânica, e adotado pelas administrações Carter, Reagan, e Bush, veio fomentar uma Guerra de Trinta Anos que se arrasta até ao momento presente. Com início no Afeganistão, em Londres, e em Ríade, e sob a cumplicidade de tolos e traidores em Washington, esta Guerra de Trinta Anos veio criar uma legião global de combatentes suicidas fanáticos, hordas de idade das trevas, que têm transitado de Afeganistão para Iraque, Síria, Líbia, e mais além.

O patrocínio deste projeto de “nova idade das trevas” é levado a cabo top-down. A política da monarquia britânica é uma de vasta redução populacional. Têm um aliado voluntário na Arábia Saudita, não obstante o fato de que, algumas das forças jihadistas que (com patrocínio de Londres e financiamento saudita) foram lançadas sobre o mundo, destruirão, ultimamente, a própria monarquia saudita.

Fontes sénior na inteligência dos EUA confirmaram que a “nova” política britânica para a totalidade do mundo islâmico consiste na promoção de conflito sectário permanente entre Sunni e Shi’a; ou seja, na exploração desse rift milenar no seio do Islão para a concretização do propósito de genocídio em massa.

Um dos mais importantes ativos britânicos neste projeto para genocídio global é o Príncipe Bandar. Formado na Grã-Bretanha, Bandar foi o principal interlocutor saudita com a Coroa britânica e com a BAE, para a elaboração inicial do negócio Al Yamamah. E, como Embaixador saudita em Washington (e, praticamente, filho adotivo de George H.W. Bush), Bandar presidiu sobre os oficiais de inteligência saudita que geriram os sequestradores do 11 de Setembro ao longo de cerca de um ano, culminando com os ataques de Setembro de 2001. A esposa de Bandar, a Princesa Haifa, providenciou cobertura ao financiamento direto, pelo marido, de pelo menos uma das equipas de sequestradores.

Hoje, Bandar senta-se em posição ainda mais proeminente, como conselheiro de segurança nacional para o Rei Abdullah, e como chefe do serviço de inteligência saudita, o GID. É Bandar quem está por detrás da mobilização de milhares de combatentes suicidas de “idade das trevas” para a Síria e para o Líbano, de modo a garantir que o conflito Sunni contra Shi’a atinge suficiente massa crítica de ódio e homicídio para durar um século.

Bandar é, porém, um peão tolo num jogo muito maior, um jogo controlado a partir de Londres, não de Ríade. Esse jogo é um jogo oligárquico, e é um de dividir para conquistar. Ultimamente, é um jogo de redução populacional em massa, a uma escala nunca vista antes na História.

Esta política britânica é a política que tem de ser parada. As evidências suprimidas do Inquérito Congressional Conjunto, e novas evidências subsequentes mantidas confidenciais, constituem o ponto de partida crucial para a exposição da real natureza dos ataques de 11 de Setembro de 2001, e de tudo o que se seguiu. Abra-se essa porta, e toda a guerra anglo-saudita contra a civilização pode ser exposta. De Bandar à BAE à Coroa britânica; os verdadeiros arquitetos do horrendo crime do 11 de Setembro podem ser expostos como tal. Aqueles nos Estados Unidos que têm sido cúmplices no encobrimento desse crime podem, e têm, também, de ser trazidos à justiça. Isto inclui aqueles que, previamente, ocuparam o mais elevado cargo na nação.

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Tradução: Rui Miguel Garrido

 

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