Este artigo é uma tradução de material originalmente publicado na edição de 1 de Janeiro de 2021 da Executive Intelligence Review.
Como LaRouche Disse, Também Nós o Dizemos: Nações Soberanas Desenvolvem-se em Conjunto
Quem Somos
A seguinte declaração foi publicada durante a fundação do novo website, The LaRouche Organization.com, em 23 de Dezembro de 2020.
O propósito único da Organização LaRouche (The Larouche Organization, TLO) é a disseminação das ideias de Lyndon Larouche e, da mesma forma, a divulgação do seu trabalho de vida e do seu método analítico e científico de pensamento: com a intenção de trazer à fruição as soluções pelo mesmo oferecidas para as muitas crises agora a confrontar a Humanidade.
Lyndon LaRouche (1922–2019) adquiriu notoriedade ao identificar o momento fatídico no qual, a 15 de Agosto de 1971, o Presidente Nixon acabou com o sistema de Bretton Woods (substituindo paridades fixas por taxas cambiais flutuantes, e desacoplando o dólar do padrão de ouro), como sendo o curso de ação que inevitavelmente levaria ao colapso sistémico do sistema financeiro, a um novo fascismo e, ultimamente, à ameaça de guerra. De 1973 em diante, LaRouche também percebeu que o impacto das novas políticas monetárias (e, concomitantes políticas de austeridade) nos assim designados países em vias de desenvolvimento, seria o de degradar os sistemas imunitários de muitas gerações ao longo de vários continentes e, dessa forma, facilitar a reemergência de velhas doenças, e a emergência de novas doenças, incluindo pandemias.
As projeções de LaRouche foram provadas como absolutamente acertadas pela presente condição do inelutavelmente bancarroto sistema financeiro transatlântico (que, de 2008 em diante, só tem sido mantido através de enormes volumes de “flexibilização quantitativa” pelos bancos centrais), pela realidade da pandemia de Covid-19, pelo perigo iminente de novas pandemias, e pelo espetro de uma fome de “dimensões Bíblicas” que agora, e para o ano de 2021, ameaça 270 milhões de vidas.
A TLO vê, portanto, como sua missão, o trabalhar para a implementação (doméstica como internacional) dos remédios advogados por LaRouche. Esta é uma missão que foi agora adotada pela sua viúva, e mais próxima associada política durante meio século, Helga Zepp-LaRouche.
OS EUA têm de voltar ao Sistema Americano de economia, como desenvolvido por Alexander Hamilton: o cultivo da economia física em prol do bem comum. É esta tradição (que, após Hamilton, foi continuada por Henry Clay, Friedrich List, Matthew e Henry C. Carey, e mais tarde reavivada por Franklin D. Roosevelt e pelas suas políticas do New Deal) que permitiu aos EUA ultrapassar a Grande Depressão.
A TLO promoverá enfaticamente a ideia à qual LaRouche devotou toda a sua vida: nomeadamente, a de que os EUA ajam em conjunto com outras nações industriais para (com a assistência de tecnologias avançadas) superar o subdesenvolvimento e a pobreza do assim designado setor em vias de desenvolvimento.
Esta política económica está em plena sintonia com a intenção original de Roosevelt para o Sistema de Bretton Woods: a de levar ao aumento do nível de vida de todos os seres humanos ao longo do planeta como única precondição viável para paz duradoura (política esta que nunca foi concretizada devido à morte precoce de Roosevelt).
É neste espírito que dizemos: o novo nome para a paz é desenvolvimento!
Em tempos recentes, muitos estadunidenses distanciaram-se deste pilar central da perspetiva e da metodologia de LaRouche, deixando de lado tais questões internacionais “até que a batalha mais importante (aquela dentro dos EUA) seja ganha”. Porém, essa luta, incluindo a disputa que é agora travada pela defesa da Constituição e da Presidência, nunca pode ser ganha senão da forma que foi prescrita por LaRouche: através de uma pugna internacional para derrotar um inimigo internacional, com os Estados Unidos a desempenharem um papel de liderança, com base nos “melhores anjos da nossa natureza”.
Isto é quem somos.
Os problemas de hoje são tão graves que só podem ser resolvidos através de cooperação entre (em especial) as duas maiores economias do mundo: a China e os Estados Unidos. A iniciativa chinesa da Nova Rota da Seda (Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota) continua a ser uma oferta aberta para cooperação com todas as nações e, uma que os EUA deveriam prontamente aceitar.
A TLO está dedicada ao esforço de direcionar a política externa dos EUA neste sentido, e na direção do contributo para uma nova (e mais bela) era da Humanidade. Nisto, a organização inspira-se por inteiro no trabalho intelectual de LaRouche durante os últimos 50 anos da sua vida, tal como na sua visão dos próximos 50 anos para a Terra (que concebe o futuro da espécie humana não do ponto de vista de capacidade atual, mas sim do ponto de vista de potencial de futuro: que passa pela libertação do potencial criativo de cada indivíduo no planeta). Isto tem de passar pelo melhor possível desenvolvimento das nações de África, da Ásia e da Ibero-América, bem como daquelas partes dos EUA e da Europa que ainda não foram capazes de concretizar o seu potencial através de industrialização e do desenvolvimento de agricultura moderna. Tal requer a cooperação de todas as maiores potências industriais, com base num revivalismo das melhores tradições de cultura clássica em cada qual desses países. Lyndon LaRouche era irredutível em afirmar que será a beleza da música clássica (como aquela de Ludwig van Beethoven) e, a imagem elevada do Homem que é cultivada pelos grandes poetas (como sejam William Shakespeare e Friedrich Schiller), que tirarão a Humanidade da presente, e profunda, crise civilizacional.
Os princípios que LaRouche delineou em 1984, no seu “Memorando Preliminar de Acordo entre os EUA e a URSS”, intencionado como plataforma de cooperação através da implementação conjunta da SDI (Iniciativa Estratégica de Defesa), ainda são válidos hoje. Nesse documento, o Artigo 1, intitulado “Condições gerais para a paz” explica que:
A fundação política para paz duradoura tem de ser: a) A soberania incondicional de todos e cada qual dos estados-nação; b) Cooperação entre estados-nação soberanos, para o efeito do avanço de oportunidades ilimitadas de participação nos benefícios do progresso tecnológico, para vantagem mútua de todos e de cada qual.
A característica mais crucial da presente implementação de uma tal política de paz duradoura é uma profunda mudança nas relações monetárias, económicas e políticas entre as potências dominantes, e aquelas nações relativamente subordinadas que tendem a ser classificadas de “nações em vias de desenvolvimento”. A não ser que haja a remediação progressiva das desigualdades que remanescem na sequência de colonialismo moderno, não poderá haver paz duradoura neste planeta.
Na medida em que Estados Unidos, Rússia, China, Índia e outras nações, reconheçam que o progresso dos poderes produtivos do trabalho ao longo do planeta é do interesse vital de todos e de cada qual, então, essas potências (e, outras que venham a juntar-se-lhes) estarão ligadas entre si, e dessa forma, por um interesse comum. Esta é a essência das direções políticas e económicas que são indispensáveis para o cultivo de paz duradoura entre as potências.
O aumento dos poderes produtivos do trabalho requer taxas de investimento relativamente elevadas em formas tecnologicamente avançadas de bens capitais, ao longo de todas as esferas de produção. O progresso científico e tecnológico que a Humanidade tem de cultivar ao longo dos tempos vindouros compreende três categorias gerais:
1. Muito elevada densidade de fluxo energético, plasmas termonucleares controlados, tipificados pelo desenvolvimento de produção “comercial” de energia de fusão: a fonte de energia emergente e essencial para a Humanidade, tanto na Terra, como na exploração e colonização das extensões proximais do espaço;
2. Cooperação internacional para exploração e colonização espacial. Esta cooperação tem de incluir as nações já hoje dotadas de capacidades espaciais, tal como quaisquer outras nações que queiram participar na descoberta dos segredos do nosso universo, bem como na terraformação da Lua e de Marte, e, no futuro, também de outros planetas; e,
3. O estudo, e a investigação e aplicação à biofísica, do princípio que subjaz à vida.
2. The international cooperation for space exploration and colonization among the presently spacefaring nations as well as the inclusion of other nations who want to participate in discovering the secrets of our universe as well as terraforming the Moon, Mars, and other planets in the future, and
3. The research and application into biophysics and study of the principle of life as such.
A pandemia de Covid-19, a par da bem presente ameaça de novas pandemias, tornaram explícito que não há locais ou regiões que sejam impérvios a doença: todas as nações têm de ter um sistema de saúde moderno. Ao participar na criação de tais sistemas (e, nisto, na criação da infraestrutura necessária), os EUA podem dar início ao fornecimento de crescentes quantidades de bens capitais de alta tecnologia às nações em vias de desenvolvimento; e, desta forma, cultivar crescentes taxas de produtividade nos seus próprios mais avançados setores de produção de bens capitais.
Para além dos lucros que afluirão aos EUA por via de tais exportações, o resultado de uma assim aumentada taxa de produtividade será o aumento da taxa de melhoria tecnológica, de uma forma tão qualitativa que levará à completa reconstrução da economia dos EUA. Com efeito, todas as categorias acima mencionadas pagar-se-ão a si próprias, uma vez que o crédito providenciado pelo retorno a um sistema Hamiltoniano de crédito financiará produção futura, o que aumentará a produtividade da economia inteira, a níveis de pleno emprego. É característico do Sistema Americano de economia que as receitas fiscais garantidas por esta produção aumentada serão sempre maiores que o crédito inicialmente fornecido para investimento, dado o valor adicional (económico físico, e tecnológico) assim criado.
Tudo isto requer a imediata reorganização de bancarrota do sistema financeiro transatlântico, com a sua bolha especulativa de quase $2 quadriliões—uma bolha que a City de Londres e Wall Street estão a tentar preservar e defender, mesmo que isso seja ao custo de biliões de vidas humanas. (Vejam-se as Quatro Leis de Lyndon LaRouche).
Os Estados Unidos só terão um futuro brilhante quando voltarem a afirmar os princípios da Declaração de Independência e da Constituição. A natureza dos EUA tem de ser a de uma república, não a de parceiro júnior do mesmo império que combateram e derrotaram na Guerra de Independência. É mais que tempo para que os EUA voltem a ser uma força para o bem no mundo, e voltem a tornar-se num símbolo de esperança, e num templo de liberdade. A coalescência à volta das ideias de Lyndon LaRouche levará essa tradição a uma renascença que inspirará o mundo inteiro a juntar-se a uma civilização futura verdadeira humana.
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