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Este artigo é uma tradução de material originalmente publicado na edição de 11 de Dezembro de 2020 da Executive Intelligence Review.

Ouça-se Hjalmar Schacht, e Greta Thunberg não será necessária

DITADURA VERDE PELOS BANCOS CENTRAIS

“Se os Alemães tivessem ouvido Hjalmar Schacht, Hitler não teria sido necessário”

CC/BoE
O ex-Diretor do Banco de Inglaterra, Mark Carney, propôs a substituição do dólar como moeda de reserva global por uma “moeda sintética digital, global, controlada pelos bancos centrais”

1 de Dezembro de 2020 - Há dezoito meses atrás, a EIR (Executive Intelligence Review) publicou o meu comentário sobre o plano quixotesco do Facebook para lançar uma moeda digital global, privada, chamada de Libra (“Another Silicon Valley Monster: Facebook Wants to Coin World Money," EIR, 5 de Julho de 2019). O meu propósito foi o de explicar que o Facebook não seria deixado fazer isto; que tudo isto era apenas um ensaio, a sondar as águas, para o que estava realmente a caminho, ou seja, moedas digitais emitidas e controladas pelos maiores bancos centrais do planeta.

Citando desse artigo:

Desde o crash financeiro global de 2007-08 que os maiores bancos centrais reavivaram os seus sonhos dos 1930s: o de obter o controlo estrito da quantidade de dinheiro em circulação, não permitindo aos bancos que aumentem essa quantidade por meio de empréstimos ou do pagamento de juros e, da mesma forma, não permitindo aos governos que o façam por meio de novas emissões. Então, e de acordo com a sua teoria, poderiam controlar em absoluto a inflação e a deflação, ignorando o fator da produtividade económica. É com esse propósito em mente, e também com o propósito adicional de instituir cobrança fiscal automática, que estes interesses têm vindo a estudar intensivamente as potencialidades oferecidas pelas moedas digitais.

Como foi escrito por Lyndon LaRouche:

Sempre que o Estado deixa de exercer o monopólio da responsabilidade sobre a emissão e a regulação da sua moeda, segue-se o desastre. A infraestrutura económica essencial (como seja em gestão hídrica de larga escala, transportes, produção e distribuição energética, infraestrutura de comunicações, serviços comuns urbano-industriais essenciais) têm de ser providenciados pelo Estado, ou por companhias de utilidades publicamente reguladas. Caso contrário, sucede-se o desastre. Este era um ponto do qual o Presidente George Washington e outros arquitetos essenciais da Constituição Federal de 1787 estavam enfaticamente persuadidos, e tinham toda a razão em está-lo.

Seis semanas após o meu comentário de Julho de 2018 na EIR, surgiu um discurso fatídico do então Governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, e isto foi na conferência da Reserva Federal em Jackson Hole, Wyoming, em Agosto de 2019. Carney propôs que o dólar teria de ser substituído, como moeda de reserva global, por uma “moeda sintética digital, global, controlada pelos bancos centrais”, e que isso teria de acontecer nalgum momento em breve. E, com efeito, o propósito declarado de Carney era o de criar e controlar inflação. Os bancos centrais tentaram “inflacionar o dólar” ao longo de uma década desde o crash financeiro global, disse Carney, e falharam. Uma moeda “sintética” controlada por bancos centrais poderia ser inflacionada à vontade—pelo menos em teoria.

Desde então, os grandes bancos centrais, liderados pelo Banco de Inglaterra, deixaram de se mover em secretismo neste sentido, para passarem a avançar na direção da concretização deste propósito com passadas crescentemente largas e audíveis. Pela altura do discurso de Carney, a Reserva Federal de Filadélfia publicava um relatório sobre CBDC (“central bank digital currencies” i.e. moedas digitais de banco central), e este relatório propunha “dar aos consumidores a possibilidade de ter uma conta bancária diretamente no banco central”. O relatório revelou pela primeira vez o potencial de que uma tal moeda de banco central, emitida a negócios e a famílias, causaria muito provavelmente o desaparecimento de todos os bancos comerciais, ao longo do tempo, e à medida que o banco central se tornar num “monopolista de depósitos”. E, “O banco central, ao invés, terá de confiar em bancos de investimento, e na sua perícia de investimento em projetos, pelo providenciar, a esses bancos de investimento, empréstimos por atacado a fundo perdido”. Portanto, o resultado determinado pelo estudo foi um mundo económico populado apenas por bancos centrais e firmas de investimento, sem vivalma de bancos comerciais.

Enquanto a Reserva Federal de Filadélfia compunha este relatório, estudos similares estavam a ser elaborados pela Reserva Federal de Boston, pelo National Bureau of Economic Research do MIT, pela Reserva Federal de San Francisco, pela New York Fed, pelo Bank for International Settlements (BIS - Banco de Pagamentos Internacionais), e pelo Banco de Inglaterra.

Reserva Federal de Cleveland
Loretta Mester, Presidente da Reserva Federal de Cleveland: A Fed está a preparar contas bancárias de moeda digital para indivíduos e negócios, não obstante o perigo acarretado para a banca comercial.

A 23 de Setembro de 2020, a Presidente da Reserva Federal de Cleveland, Loretta Mester, tornou as coisas muito públicas, com um discurso “Pagamentos e a Pandemia” ao Simpósio de Pagamentos de Chicago, um evento anual. Loretta Mester disse explicitamente que a Fed está a preparar a criação de contas bancárias de moeda digital para indivíduos e negócios, não obstante o perigo que isso representa para a banca comercial. Mester estava a dar continuidade a uma entrevista dada em Agosto por Simon Potter e Sylvia Coronado, economistas seniores na Fed, à Politico. Nessa entrevista, Potter e Coronado propuseram que a Fed criasse “obrigações de seguro contra recessão” e que as creditassem digitalmente ao público. Mester disse:

A experiência com pagamentos de emergência em pandemia levou a uma ideia que já estava a atrair crescente atenção em bancos centrais ao longo do mundo, isto é, a de moeda digital de banco central, CBDC. [Foi] proposto que cada Estadunidense tivesse uma conta na Fed. Nessa conta poderiam ser depositados dólares, creditados pelos Bancos de Reserva Federal, e esses dólares poderiam ser usados para pagamentos de emergência.

A questão que se deveria colocar de imediato: porque é que estes dólares digitais não poderiam ser usados para o que quer que os recipientes queiram usá-los? Mais à frente chegaremos à significância deste ponto.

A 2 de Outubro, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou que estava a conduzir estudos e experiências tecnológicas, em preparação para a decisão (a tomar por meados de 2021), sobre se virá ou não a lançar um euro digital do BCE, a ser denominado DE. A 9 de Novembro, essa decisão já tinha claramente sido tomada, com a chefe do BCE, Christine Lagarde, a anunciar que a primeira fase da emissão do DE começaria em Janeiro de 2021 [nota 1].

No interim, não só o Banco do Japão tinha anunciado (a 9 de Outubro) planos para uma CBDC (para pagamentos domésticos e também para pagamentos trans-fronteiriços), como as rédeas desta debandada vieram a ser tomadas pelo próprio BIS. A 9 de Outubro, esta instituição publicou linhas de orientação para o desenvolvimento das CBDC, e fê-lo em coordenação com Reserva Federal, Banco do Canadá, BCE, Banco de Inglaterra, Banco do Japão, Banco Central Suiço, e ainda com o Banco Central Sueco (note-se a ausência do Banco Popular da China, um dos grandes membros do BIS). A cobertura que a CNBC deu a este anúncio do BIS, a 9 de Outubro, fazia notar tepidamente que “Porém, há a preocupação de que isto poderia deixar os bancos comerciais de fora”.

E, houve este pequeno rodapé do BIS: “A moeda deveria ser providenciada ao mínimo custo possível para os utilizadores finais”. Outra vez, uma questão: terá de se ser tosquiado para usar esta moeda? A última vez que os Estados Unidos tiveram uma moeda que não era grátis para os utilizadores foi o período Jacksoniano das moedas de bancos estatais; por exemplo, quando se davam $100 em ouro a um tal banco para depósito seguro, levantavam-se de volta convenientes notas bancárias no valor de, suponhamos, $96, supostamente redimíveis por ouro.

Uma taxa negativa de depósito por cima de taxas de juro negativas?

EIRNS/Stuart Lewis
Alexander Hamilton, o pioneiro da banca comercial.

A Repetição do Assassinato de Hamilton por Burr?

É provável que a mais importante consequência, e o mais importante propósito da imposição generalizada de moedas digitais de banco central, seja algo de que muitos dos que estão a assistir a este desenvolvimento nem sequer suspeitam. E isso é, a eliminação do dinheiro de banca comercial da face da economia.

Alexander Hamilton pode com toda a justiça ser declarado o pioneiro da banca comercial, como a conhecíamos sob a regulação da Lei Glass-Steagall (e, noutras nações, de legislação similar), sob o sistema monetário de Bretton Woods. Hamilton também desenvolveu o Tesouro dos Estados Unidos, os seus bancos nacionais, os princípios da sua moeda nacional, a sua Casa da Moeda, a sua Guarda Costeira, o seu Departamento de Alfândegas, etc.

No seu Relatório sobre um Banco Nacional, de 1790, Hamilton promoveu os benefícios dos então embrionários bancos comerciais para o bem-estar geral, e enfatizou a importância daquilo a que chamou “dinheiro de banco”, na expansão do crédito para a manufatura e para o desenvolvimento agrícola. Isto é o crédito que Hamilton descreveu, quando um banco guarda o depósito de um cliente para depósito seguro e rendimento de juros; e depois torna esse depósito disponível aos fornecedores, credores, dependentes, etc., desse depositante, na forma daquilo a que hoje chamamos de uma “linha de crédito”; enquanto, simultaneamente, empresta o mesmo depósito (em notas bancárias) a outros clientes, para fins de negócios ou para expansão agrícola—isto levando a muitas outras transações, demasiado numerosas para rastrear.

Hamilton, no seu Relatório, também apontava a necessidade de os banqueiros fazerem isto prudentemente, dada a possibilidade de corridas ao banco sob crises temporárias. Quanto maior o capital do banco por relação aos seus depósitos e empréstimos, tanto maior a segurança com que pode criar “dinheiro de banco”; e, ao mesmo tempo, mantém uma reserva de depósitos. Ao longo da História dos EUA, não tem sido frequente que, no seu agregado, os bancos comerciais do país coloquem o dobro dos seus totais de depósitos em crédito bancário, ou sequer sob bens bancários totais; e, hoje, não estão sequer próximos disso.

Uma Greenback, emitida em 1862 pelo Tesouro dos EUA.

Durante a Presidência de Abraham Lincoln (a primeira vez que uma Administração dos EUA tentou emissão monetária direta pelo Tesouro, por alternativa a um banco nacional), Lincoln e o seu Secretário do Tesouro também emitiram: obrigações portadoras de juros que depressa passaram a ser usadas como moeda; e, o que chamaram de “dinheiro bancário nacional”. Aqui, bancos nacionalmente encartados emitiam dinheiro bancário baseado nas, e em excesso das obrigações do Tesouro que tinham comprado para as suas reservas de capital, e também das Greenbacks que tinham recebido como depósitos.

Aliás, estamos neste momento a assistir a um exemplo dramático de criação de dinheiro bancário, no contexto do acordo de petróleo-por-infraestrutura assinado entre a China e o Iraque. A luta pela implementação prática deste acordo é um assunto popular essencial no Iraque, país no qual o movimento Lyndon LaRouche tem vindo a desempenhar um papel. Sob este acordo, ao vender petróleo a importadores chineses, o Iraque depositaria $1.5 biliões num banco comercial chinês de destaque, e depois, com base nesse depósito, esse banco emprestaria ao Iraque até $10 biliões para projetos infraestruturais.

Ainda nos 1930s, a Reserva Federal e o Banco de Inglaterra começaram a estudar métodos propostos para colocar um ponto final no “dinheiro bancário” de Hamilton—aquilo que é chamado de “reserva bancária fracionária”, por aqueles que pensam que os bancos comerciais deveriam ser impedidos de criar este canal de crédito.

LoC
Irving Fischer, autor do “Plano Fischer” de 1936, pela Reserva Federal, que teria tornado fútil o depósito de dinheiro em bancos comerciais, a não ser em casos de mera proteção contra roubo físico.

Uma parte disto foi o “Plano Fischer” de 1936, da Reserva Federal, que foi alvo de estudos de “revitalização” tanto pela Reserva Federal de Nova Iorque como pelo Banco de Inglaterra, em 2014 e 2015 respetivamente. E, o Presidente da Reserva Federal de Dallas, Richard Fisher (sem relação com o economista Irving Fischer do “Plano”), publicou uma resenha do mesmo em 2005, resenha essa que intitulou de “Origens das Modernas Políticas de Banca Central”. O plano de Fischer apelava a que o Tesouro emitisse uma grande quantidade de nova moeda a corresponder a, substituir, e tirar de circulação, em essência, a totalidade da moeda em circulação; nisto, seria requerido, dos bancos comerciais, que limitassem o seu crédito bancário total à quantidade total de nova moeda por si recebida. Podiam emitir novos empréstimos apenas em paridade com empréstimos antigos já reparados, ou então com novos depósitos—exceto, claro, na eventualidade de o Tesouro e a Fed decidirem emitir mais dinheiro. Isto era chamado de “reserva bancária a 100%”, por oposição a reserva bancária fracionária.

O Plano Fischer não foi implementado. Para os negócios e para as famílias estadunidenses, então a tentarem aumentar o seu capital ou as suas poupanças, o Plano Fischer teria tornado fútil o depósito de dinheiro em bancos comerciais, a não ser para mera guarda segura contra roubo. E, no respeitante a empréstimos e à compra de obrigações empresariais, os muito mais controladores e ávaros bancos de investimento, a par de outras parcerias de investimento, ter-se-iam tornado dominantes. Porém, e no geral, o propósito claro do Plano Fischer era o de dar ao banco central (neste caso, à Fed), controlo preciso a cada momento sobre a criação de crédito, e sobre a criação de inflação ou deflação: o sonho de Mark Carney por uma “moeda sintética digital global controlada por bancos centrais”.

O banco central, quer seja um “banco de reserva” ou mesmo um banco nacional Hamiltoniano, terá a capacidade de definir e controlar o mercado de dívida do Tesouro. As decisões desse banco sobre se, e a que grau, permitir aos bancos comerciais privados que aumentem ainda mais a circulação de moeda e de crédito por meio de "dinheiro bancário", terá efeitos fundamentais sobre o potencial para progresso económico e para a liberdade de atividade económica—dos negócios como dos cidadãos.

Desde os 1930s que houve a proliferação de todos os tipos de visões económicas sobre os supostos males que advêm de permitir aos bancos comerciais que criem dinheiro—reserva bancária fracionária. Não devemos perder de vista o facto de que essas perspetivas estão em contradição direta com os princípios bancários e de crédito do Secretário do Tesouro Alexander Hamilton.

Hoje, quando numerosos estudos e comentários sobre moedas digitais de banco central propõem que a banca central pode agir para eliminar os bancos comerciais por inteiro, isso deve agarrar a nossa atenção. O estudo de Agosto de 2019 pela Reserva Federal de Filadélfia, a par do “aviso caucionário” do BIS são representativos. E, figuras de topo na banca de investimento de Wall Street estão também conscientes do modo como as CBDC prometem aos bancos de investimento todo um novo nível de dominância sobre a banca comercial.

A este respeito, temos o comentário de Daniel Masters, até há pouco tempo o líder global das transações de energia para o JP Morgan Chase Bank, e agora tornado num perito profundamente envolvido na criação do que poderiam ser chamadas “companhias financeiras digitais”, ou “firmas de investimento digital”, companhias especializadas para a era das CBDC. Numa entrevista à Forbes em 24 de Outubro, Masters disse:

O aspeto mais interessante das CBDC é o impacto que terão sobre os bancos comerciais e sobre o sistema financeiro como um todo. Hoje, os bancos centrais emitem moeda para toda uma série de bancos comerciais como o Chase e o Bank of America…. Acredito que estamos a entrar num novo paradigma, onde os bancos centrais emitem CBDC, os bancos comerciais deixam de existir, e a camada de serviços é preenchida por novas companhias emergentes e tresloucadas... que hoje estão realmente a levar a cabo finança distribuída e descentralizada.

Estas são as companhias para a criação das quais Masters e outros banqueiros de investimento são “pioneiros”.

E, porque é que é necessário acabar com a banca comercial e entrar num mundo completamente pós-Hamiltoniano, governado pelas moedas digitais de gigantescos bancos centrais? A perspetiva de Masters:

Existem algumas razões muito persuasivas para que os bancos centrais emitam as suas próprias moedas digitais…. Ainda mais importante, quando se tira dinheiro físico do sistema, podem-se depois colocar em prática taxas de juro negativas.

As CBDC são necessárias, portanto, para “fazer cumprir” a prática mais destrutiva (económica, social e demograficamente) de toda a História do setor bancário. Incluída nisto, a função das CBDC de eliminar os bancos comerciais (com a sua dependência nalguma forma de juros positivos sobre depósitos como sobre empréstimos) e, desta forma, eliminar o canal de crédito que é providenciado por “dinheiro bancário” à economia.

CC/Christian Wyrwa
Burkhard Balz, banqueiro central alemão: “Uma opção a investigar seria a de permitir aos utilizadores que detenham euros digitais apenas até um certo teto a cada momento no tempo”

Inflacionando Massas de Dívida

Os oficiais dos bancos centrais estão plenamente conscientes desta ameaça. Claudio Celani da EIR reportou o aviso de 20 de Outubro de Burkhard Balz, membro do conselho executivo do Bundesbank, e membro do comité do banco central alemão para as CBDC, de que:

Temos também de monitorizar em perspetiva os riscos que potencialmente advêm da emissão de um euro digital, dado o design do mesmo. Por exemplo, e dependendo das suas características como reserva de valor, os depositantes podem transformar os seus depósitos de banco comercial em encargos de banco central. Isto pode levar à desintermediação estrutural do setor bancário e, em consequência, tem o potencial para degradar a provisão de crédito bancário à economia. E se, em tempos de crise, os depósitos bancários forem rapidamente retirados e convertidos para o euro digital? Chamamos a este cenário uma “corrida digital ao banco” [e para o banco central]. O resultado poderia ser a desestabilização de todo o sistema financeiro.

Porém, essa é a ideia. Balz acrescentou:

Portanto, talvez precisemos de considerar introduzir ferramentas que garantam que um potencial euro digital seja usado essencialmente como meio de pagamento, mas não como reserva de valor [i.e. deixe-se de lado o poupar sob esta moeda]. Uma opção a investigar seria a de permitir aos utilizadores que detenham euros digitais apenas até um certo teto a cada momento no tempo.”

E, poderíamos acrescentar, permitir a utilizadores que detenham euros digitais apenas por um tempo limitado, no término do qual devem, ou tê-los gasto, ou assistir à destruição dos mesmos pelo banco central.

Voltemos, então, a Mark Carney, ex-chefe do Banco do Canadá, do Banco de Inglaterra, do Conselho de Estabilidade Financeira no BIS, e de vários (demasiado numerosos para enumerar aqui) centros de poder em “banca verde”. Carney é também o mais antigo e o mais influente ambientalista “salvar o planeta, carbono zero” de entre todos os banqueiros centrais. Há já anos que, depois da sua esposa ambientalista radical Diana Carney, o mais próximo colaborador de Carney tem sido Sir Michael Bloomberg, o bilionário anti-carvão e anti-Trump. Carney propôs uma “moeda sintética digital, global, controlada pelos bancos centrais” como nova moeda de reserva global, e isto aconteceu numa reunião em Jackson Hole (na qual também se assistiu a uma extensa discussão sobre “mudança de regime”—bancos centrais a tomarem aos governos o poder sobre os investimentos e sobre os orçamentos).

Gage Skidmore
O mais próximo colaborador de Mark Carney, Sir Michael Bloomberg, o bilionário anti-carvão e anti-Trump.

Não há maneira mais rápida de levar tal coisa a cabo que por meio de uma moeda sintética digital global controlada pelos bancos centrais.

A razão afirmada por Carney foi a de criar e controlar inflação de preços e salarial. A emissão, pelos bancos centrais, de reservas a bancos gigantescos que são agentes primários em transações financeiras (mesmo quando essas reservas são emitidas em excesso, e nas ordens de muitos triliões de flexibilização quantitativa), só conseguem inflacionar os preços dos bens especulativos que estes bancos transacionam. Porém, bancos centrais a emitirem moeda digital diretamente a famílias e a negócios sob a exigência explícita de gastar, inflacionará os preços dos bens físicos e industriais e dos serviços. O Banco Popular da China e o governo da cidade de Shenzhen estão hoje a testar este processo com 50,000 pessoas, embora até aqui com muito pequenas quantidades de dinheiro digital.

Recorde-se a afirmação de Loretta Mester, de que esta emissão de CBDC ocorreria “em emergências”. Podem-se antecipar as instruções:

Uma carteira digital contendo moeda foi criada em nome da sua família ou negócio e foi-lhe registada a si. Você, tal como todos os outros residentes e empresários, são fortemente encorajados a gastar a moeda blockchain depressa, e das seguintes maneiras, para melhor ajudar a economia a recuperar desta crise.

Falhe-se em fazê-lo, e o novo dinheiro assim obtido pode voltar a desaparecer.

Porém, e apesar de toda a conversa de banco central sobre inflação ser necessária para estimular investimento, inovação, aumentar salários, etc., o que os bancos centrais querem realmente inflacionar (e, não conseguem fazê-lo desde o crash financeiro de 2008) são $277 triliões em dívida nas economias do planeta, valor que cresceu $17 triliões durante o ano transato. Isto são 235% do PIB no mundo em vias de desenvolvimento, mas 365% nas economias desenvolvidas. É impossível, em particular para empresas, pagar sequer os juros; e, é apenas uma questão de um pouco tempo até que o comércio global falhe em massa e, consigo, leve abaixo os bancos.

Em Agosto, um grande fundo especulativo de Nova York, DoubleLine Investors, publicou um relatório, "A Caixa de Pandora das Moedas Digitais de Banco Central". O relatório dizia:

Um tal mecanismo poderia abrir literais comportas de liquidez sobre a economia de consumo e acelerar a taxa de inflação. Os bancos centrais passaram a última década a tentar, sem sucesso, aumentar a inflação, pelo que a tentação de colocar CBDC em circulação pode ser muito forte entre decisores. Porém, as CBDC não se limitariam a injetar liquidez na economia, como também poderiam acelerar a velocidade do dinheiro. O impacto desta sequência poderia trazer muito mais inflação que aquela que os banqueiros centrais gostariam de obter.

Morte Verde

Porém, Carney et al. têm outra razão (mais importante para eles e mais letal para nós) que a de criar e controlar inflação. O objetivo é o de forçar o investimento financeiro e empresarial a abandonar toda a indústria relacionada com a produção de combustíveis fósseis, e com o seu uso em energia e em processamento industrial e químico. E, compelir esse investimento a migrar para atrasadas tecnologias energéticas solares e eólicas; para vastas redes energéticas “smart” e digitalmente geridas; para enormes baterias para armazenar eletricidade intermitente e ineficientemente produzida; para agricultura relativamente primitiva sem gado; para substitutos alimentares para a carne; para filmes, jogos e simulações para doutrinação “verde”; para carros e camiões robóticos, etc.

Os governos apenas muito lentamente impõem grandes taxas de carbono para parar os anteriores investimentos, e alguns governos, como o do Presidente Trump e o do Presidente Xi, combateram efetivamente toda esta marcha forçada para baixa tecnologia e standards degradados de vida. Porém, os bancos centrais podem forçar os bancos privados, as firmas financeiras e os seus reguladores a cessar os investimentos tradicionais, e a fazerem-no depressa.

Os governos são muito relutantes em providenciar subsídios dimensionados para investimentos “verdes”. O governo de Putin na Rússia, por exemplo, não o fará. Porém, as CBDC providenciarão tanto o investimento instantâneo como os gastos instantâneos nestas obsolescências primitivas “verdes”.

A grande questão económica a confrontar o mundo é a de saber se este drástico “Great Reset” (Grande Reinício), para energia de menor ordem, e para vida humana menos populosa, vai ser permitido tomar lugar. Por exemplo, a África do Sul, a economicamente mais importante nação da África sub-Sahariana, está agora perante um plano para o pleno encerramento, até 2030, da sua fonte primária de energia elétrica (num contexto de produção energética que, como é, já é só de si inadequado), o carvão, sem qualquer possibilidade de substituição para a larga maioria do mesmo. E, isto está a ser feito através da retirada de capital internacional: retirada da construção de novas capacidades de energia a carvão, e até retirada do completamento ou da manutenção de capacidades já existentes. Este capital está a ser ordenado a retirar por reguladores financeiros, que por sua vez recebem ordens da Network for Greening the Financial System (organizada pelos bancos centrais), do Green Finance Institute, etc. Os maiores bancos centrais nessa Network são os que estão agora a planear as moedas digitais, sob a coordenação do BIS.

O Fantasma de Hjalmar Schacht

O objetivo de Carney, de Lagarde do BCE, do Príncipe Carlos, do BIS e do Fórum Económico Mundial é aquilo que denominam de "Grande Reinício"—na direção de carbono zero, salvar o planeta e para o inferno com as pessoas. A ideia é levar isto a cabo pelo uso da “grande emergência pandémica", com estas medidas a serem passadas tão depressa que nem governos nem organizações consituintes a qualquer nível consigam impedi-las.

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Hjalmar Schacht (à direita), o primeiro banqueiro central cuja emissão monetária assumiu controlo sobre a política de gastos fiscais do governo.

O único banqueiro central na História a trazer uma tão rápida e completa inversão do conteúdo e da qualidade da atividade económica, como é o caso com este planeado “Grande Reinício”, ou “New Deal Verde”, foi Hjalmar Schacht, o chefe nazi do Reichsbank entre 1933-39. Schacht não sonhava com moedas digitais mais que Irving Fisher sonhava com as mesmas, mas foi o primeiro emissor-mor de dinheiro de banco central, e o primeiro banqueiro central cuja emissão monetária assumiu, a um nível muito elevado, controlo sobre a política de gastos fiscais do governo. Isto foi facilitado também pela sua condição como Ministro da Economia alemã durante os primeiros quatro anos e meio do domínio de Hitler.

Por duas vezes Schacht mudou dramaticamente o curso da economia alemã, pela introdução de uma nova moeda de banco central. No início de 1924, tornou-se Comissário da Moeda e depois (e pela primeira vez) chefe do Reichsbank, e introduziu o Rentenmark, uma moeda de muito restrita circulação, colateralizada por um considerável imposto sobre toda a terra industrial e agrícola, e por um dimensionado empréstimo do JP Morgan Bank. Isto colocou um fim na hiperinflação de 1923 na Alemanha, mas também causou severa austeridade económica, levando a uma taxa de desemprego de mais de 11% em 1929, ainda antes do início da Grande Depressão.

Em 1933, voltando à posição de chefe do Reichsbank com os Nazis de Hitler, Schacht começou a imprimir a “Nota MeFo”. Isto era uma moeda de banco central, que o Reichsbank criou pela compra de grandes quantidades de obrigações duma companhia fachada, a Metall-Forschungsgesellschaft AG, ou “MeFo”, formada pelas maiores corporações industriais e financeiras da altura. Essa moeda era usada diretamente para gastos em armamento. Logo em 1935, mais de 40% do investimento alemão em rearmamento não estava incluído no orçamento do governo nazi, mas vinha ao invés das notas MeFo do Reichsbank. Hitler e Schacht tinham levado a cabo uma rápida “mudança de regime”, ao ponto em que o Reichsbank veio a dominar os planos fiscais do governo.

E, pelo fim de 1935, a atividade de rearmamento alemã tinha explodido de 2% do PIB (quando Hitler e Schacht chegaram ao poder), a mais que 20% do PIB, o que, hoje em dia, seria o quivalente a um orçamento de $5 trilhões para o setor de defesa dos Estados Unidos (um montante cinco vezes superior ao montante real)”. Isto é onde a “criação de emprego” tão admirada por Keynes e companhia estava a ocorrer: primeiro na produção de munições, uniformes, etc. e, depois, tanques e artiharia.

Este é o modelo para a rápida e imparável transformação para uma “economia verde”, que está planeada como o “Grande Reinício”, e políticas Schachtianas pelos bancos centrais são essenciais a isso. Assim, temos o aparecimento simultâneo, na reunião de Agosto de 2019 em Jackson Hole: da proposta de Carney para uma “moeda sintética” de banco central para substituir o dólar como moeda de reserva; e, de uma proposta de “mudança de regime”, pela qual os bancos centrais assumiriam controlo sobre as decisões fiscais dos governos. Esta segunda proposta foi advogada por quatro antigos oficiais seniores dos bancos centrais do Canadá, da França, do Reino Unido e da Holanda, agora todos eles executivos de topo na enorme firma de investimento de Wall Street, BlackRock Inc.

Aqui está outra análise pelo supracitado economista da DoubleLine Investors’, William Campbell:

Os bancos centrais não estão a limitar-se à substituição do dinheiro como o conhecemos até aqui. Em conjunção com o seu trabalho no desenvolvimento de moedas digitais propriamente ditas, as autoridades monetárias estão a elaborar uma nova estrutura para pagamentos eletrónicos, para pôr de lado a framework de décadas para acordos de pagamento, tanto domésticos como internacionais. Os bancos centrais do mundo e o BIS antevêem uma rede de múltiplos sistemas de pagamentos transfronteiriços, incorporando transações bilaterais diretas nas diferentes moedas do mundo. Um tal regime descartaria a, há décadas instituída, mediação pela moeda de reserva global, o dólar dos EUA. [Ênfase adicionado]

Esta é uma vez mais a política de Schacht. O banqueiro central de Hitler não se limitou a repudiar os pagamentos de dívida externa alemã; também se escusou a manter reservas em libras esterlinas ou em dólares, e negociava exatamente nestes tipos de “múltiplos sistemas de pagamentos transfronteiriços incorporando transações bilaterais diretas”—aquilo que eram chamados de acordos de compensação. Com efeito, os parceiros comerciais da Alemanha não podiam usar os marcos que auferiam (através de exportações para a Alemanha) em mais nada que não fosse a compra de bens alemães. Não podiam acumular um excedente de balança e investi-lo domesticamente. O Reichsmark que pagava o petróleo, o minério de ferro, a borracha, etc., para a mobilização de guerra da Alemanha, tornou-se numa mera unidade de troca. Os acordos de compensação bilateral de Schacht foram a base para as propostas de John Maynard Keynes em Bretton Woods, 1944, contemplando o FMI e para a sua ideia à volta de uma moeda global, o Bancor. Os acordos de compensação Schachtianos são ainda hoje louvados e promovidos como bons para nações em vias de desenvolvimento, por economistas Keynesianos tais como aqueles no Levy Institute do Bard College.

E, este seria o método operacional da moeda “sintética” global de banco central de Mark Carney.

EIRNS/Alan Yue
O principal economista keynesiano Abba Lerner (a falar) apoiou Schacht num debate com Lyndon LaRouche (sentado com um cachimbo) num debate no Queens College em Nova York, 1971.

Keynes e os seus co-pensadores económicos notaram e apoiaram entusiasticamente, logo no imediato, a emissão monetária de Schacht para “criação de emprego” na Alemanha Nazi. Trinta e cinco anos mais tarde, o principal economista Keynesiano, Abba Lerner, continuava a apoiar fortemente Schacht. Lerner perdeu um debate público crucial com Lyndon LaRouche em Dezembro de 1971—após o que mais nenhum economista monetarista voltou a debater LaRouche. O tema do debate foi a iniciativa de Nixon para acabar com o sistema de Bretton Woods de Roosevelt, em Agosto de 1971, e isto incluía os controlos de preços e de salários de Nixon, que Lerner apoiava. O principal Keynesiano desse tempo alegou, nesse debate, que “se os alemães tivessem ouvido Schacht, Hitler não teria sido necessário”. Porém, não foi apenas o caso que Hitler ouviu atentamente Schacht durante sete anos, como o que aconteceu foi também que Schacht considerou Hitler necessário às economias de Schacht. Isto é tornado claro pelo facto de Schacht ter agressivamente feito campanha em prol dos Nazis (e, de ter coletado grandes fundos para os mesmos) por quase três anos, para levar Hitler ao poder.

É apropriado notar que Schacht não estava realmente interessado em "criação de emprego" Keynesiana. E, também não estava interessado em criar inflação. O que Schacht queria era rearmamento rápido e a "recuperação dos territórios alemães". Porém, como o seu banco central e os seus imitadores “New Deal Verde” descobrirão hoje, Schacht obteve mais inflação que aquela que lhe poderia ser expectável. Vendo, em 1937-38, que o seu financiamento da economia de guerra estava a criar séria inflação, Schacht tentou persuadir Hitler a "pausar" por um tempo a continuamente acelerada preparação para guerra, e foi demitido do cargo de Ministro da Economia.

Quem Pode Parar Isto?

Não a pandemia, mas o “Grande Reinício” que emerge da pandemia. Não a economia deprimida dos dias de hoje, mas a “economia verde” que é exigida por figuras da realeza britânica, pela cabala em torno de Mark Carney e de Sir Michael Bloomberg, pelo Fórum Económico Mundial. Esta é a verdadeira ameaça existencial para a espécie humana, para a sua população e para as suas capacidades. E, a “mudança de regime” dos bancos centrais é um desafio existencial para todos os governos nacionais soberanos. Em nenhum lugar isto é mais verdade que com o governo dos Estados Unidos; o papel de moeda de reserva internacional que é desempenhado pelo dólar foi o alvo direto de Carney e dos proponentes de “mudança de regime” em Jackson Hole, Agosto de 2019.

Em todo o mundo, qualquer governo que esteja a esforçar-se para construir infraestrutura de alta tecnologia, de modo a anular subdesenvolvimento e a criar progresso industrial e agrícola, é compelido a combater os bancos centrais e o seu “Grande Reinício”—olhe-se para o supracitado caso da África do Sul.

A defesa eficaz tem de ser o ataque, para afirmar a autoridade soberana das nações sobre os bancos centrais, como o Presidente Donald Trump apenas ameaçou fazer. A pressão que exerceu foi suficiente para impedir que os governadores da Reserva Federal ingressassem na, ou mesmo debatessem publicamente a Network for Greening the Financial System, de Carney e Bloomberg, e as suas regras de “finança verde”, até há uns poucos dias atrás.

É preciso muito mais: ação cooperativa por governos soberanos para lançar um novo sistema internacional monetário e de crédito, baseado em bancos nacionais e em moedas nacionais, e com base em reservas de ouro. Um banco nacional em cada país cria crédito para projetos com base na capacidade do governo para emitir dívida nacional aos seus próprios cidadãos e instituições, e ainda com base na capacidade, do banco nacional, para reaproveitar essa dívida e direcionar moeda nacional para esses projetos.

Os Estados Unidos têm o maior imperativo e os maiores meios para assumir a liderança nisto, começando pela nacionalização da Reserva Federal, de modo a torná-la numa instituição de crédito que sirva propósitos nacionais e que coopere com outras nações de primeira linha em projetos de desenvolvimento noutros países. Este foi o propósito orientador do Presidente Franklin Roosevelt, ao liderar a criação do sistema monetário e de crédito de Bretton Woods após a Segunda Guerra Mundial, por meio de uma conferência internacional a juntar, em 1944, tanto as principais economias avançadas como as nações subdesenvolvidas.

A partir do momento em que o sistema bancário de Londres trouxe abaixo o sistema de Bretton Woods, em 1971-73, Lyndon LaRouche dedicou-se a restaurar os princípios de Roosevelt a novas instituições, muitas vezes propondo, para esse propósito, uma nova conferência de Bretton Woods, liderada pelos Estados Unidos, China, Rússia e Índia. Ao invés, deixou-se que o sistema de especulação financeira à volta de “taxas de câmbio flutuantes” se metastatizasse ao longo de 50 anos, o que levou à atual ameaça de ditadura global efetiva pelos bancos centrais.

As economias ao redor do mundo precisam realmente de ser reconstruídas, agora que a pandemia de COVID veio expôr o vasto subinvestimento, subemprego e mal-emprego que nelas existe, pelo transformar estas coisas em pobreza e desemprego em massa. Uma nova conferência de Bretton Woods entre nações é o meio para resolver estas coisas.


[nota 1] A candidatura de patente do BCE para o “DE”, enumerando “funções e aplicações”, mostrou claramente que o BCE iria usar o DE para assumir funções de banco privado. A candidatura lista: “Assuntos financeiros; assuntos monetários; serviços bancários; serviços em cartões de crédito e cartões de débito; verificação, análise e avaliação de dados de transação de pagamentos (serviços financeiros); informação financeira respeitante a transações externas; informação financeira respeitante a moedas; emissão e redenção de prémios; operações de transações externas; transações externas; serviços de transferência de dinheiros; processamento de pagamentos eletrónicos; gestão de bens imobiliários respeitantes a prémios eletrónicos (e-wallet); serviços financeiros providenciados por meios eletrónicos; serviços de criptomoedas, nomeadamente, uma moeda digital ou um prémio digital, incorporando protocolos criptográficos, usados para operar e construir aplicações e block chains numa plataforma computorizada descentralizada, e como método de pagamento para bens e serviços.” Isto tudo pelo vosso banco central. [voltar ao texto para fn_1]

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