O Fórum China-Celac
abraça a iniciativa chinesa
Um Cinturão, Uma Rota: Fará os EUA?
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Por Cynthia Rush
Este artigo foi publicado no número de 2 de fevereiro de 2018 da EIR
29 de janeiro (EIRNS)—Um acontecimento espetacular, que parecia impossível oito meses atrás, ocorreu em 22 de janeiro, quando as 33 nações-membro da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), uma região que abarca todo o Hemisfério Ocidental, menos o Canadá e os Estados Unidos, apoiaram oficialmente a Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota (ICR), a perspectiva de desenvolvimento dominante agora no mundo. A segunda reunião ministerial do Fórum China-CELAC ocorreu em Santiago do Chile, com o título “Trabalhando para mais desenvolvimento, inovação e cooperação para nossos povos: um destino comum”, onde participou o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi e sua delegação, e culminou numa declaração formal de apoio a Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota, onde se expressa o desejo de ser um participante ativo neste magnífico programa de desenvolvimento.
Ainda que o texto da declaração não estivesse disponível para a EIR no momento deste escrito, os comentários de Wang Yi ao Fórum Empresarial de Cooperação Econômica e Comercial China-CELAC, que aconteceu um dia depois, não deixam dúvidas sobre o compromisso da CELAC:
“Durante a reunião, os Ministros de Relações Exteriores emitiram uma declaração especial sobre o apoio e a participação na Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota. Significa que com a Segunda Reunião Ministerial, esta iniciativa visionária proposta pelo presidente da China, Xi Jinping, se estendeu a América Latina e ao Caribe, e se converteu na maior plataforma e a de maior acolhida para a cooperação internacional, que abarca a todos os continentes e oceanos. São também os benefícios públicos mais importantes que a China oferece ao mundo.
“China e CELAC entraram em acordo para construir em conjunto o Cinturão, Uma Rota. Enquanto outros países trabalham juntos na Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota, os países latino-americanos e caribenhos não podem estar ausentes e devem ser uma parte significativa desta. Houve uma vez que a antiga Rota Marítima nos conectou através do Oceano Pacífico. Agora, no século XXI, a China está preparada para trabalhar com os países latino-americanos e caribenhos para revitalizá-la. A colaboração neste processo criará maior espaço e mercados, assim como recursos e meios para o desenvolvimento dos países latino-americanos e caribenhos.”
Em sua mensagem de felicitação à reunião ministerial de 22 de janeiro, lida por Wang Yi, Ji Xinping ressaltou:
“Historicamente, nossos antepassados, sulcando as ondas e atravessando mares e oceanos, abriram a Rota Marítima da Seda no Oceano Pacífico entre a China e esta região. Hoje em dia nós precisamos traçar um novo marco para nosso esforço conjunto sob a Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota, e forjar uma rota de cooperação transpacífica que irá conectar de maneira mais eficaz nossas férteis regiões, da China e da América Latina. (…) Que hasteemos as velas rumo a um futuro mais promissor de nossas relações e de toda a humanidade!”
O Fórum China-CELAC
O Fórum China-CELAC foi fundado em julho de 2014, durante a reunião anual das nações BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que se realizou naquele ano em Fortaleza, Brasil. Durante essa reunião, o presidente Xi Jinping se reuniu em separado com todos os dirigentes da CELAC, entre eles onze Chefes de Estado. Na Primeira Reunião Ministerial, em Pequim, em janeiro do ano seguinte, o Fórum China-CELAC apresentou um Plano de Ação 2015-2019 baseado no marco do trabalho de uma fórmula “1+3+6”, isto é, “um plano” (o Plano de Ação 2015-2019), “três motores” (comércio, investimento e finanças) e “seis campos” (energia, construção de infraestrutura, agricultura, indústria, inovação tecnológica e tecnologia da informação).
Essa primeira reunião em Pequim despertou um grande otimismo, que também se refletiu no movimento simultâneo de avanço das nações BRICS. Mas no final de 2015 e início de 2016, esse otimismo se abrandou por uma série de golpes de Estado de fato na região, que instalaram governos favoráveis a Wall Street e hostis aos BRICS e a Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota. O neoliberal Mauricio Macri ganhou a presidência da Argentina em dezembro de 2015; em maio de 2016, a Presidenta do Brasil, membro dos BRICS, Dilma Rousseff, foi derrotada ilegalmente por um golpe de banqueiros e substituída pelo monetarista Michel Temer; e o banqueiro de Wall Street, Pedro Pablo Kuczynski, o PPK, se tornou Presidente do Peru em julho desse mesmo ano.
Os três têm causado estragos econômicos e políticos em seus respectivos países, enquanto dizem que favorecem a cooperação com a China e procuram investimentos chineses em algumas áreas-chave. Ideologicamente, contudo, ficam amarrados ao velho paradigma da geopolítica britânica. Mas a velocidade impressionante com que toda a região tem se mexido pelo novo paradigma inspirado pela China nos últimos 7 ou 8 meses ameaça torná-los irrelevantes. Enquanto isso, a City de Londres e Wall Street, tentam compreender como ocorreu essa mudança bem por debaixo de seus narizes.
Desde que anunciou a Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota em setembro de 2013, Xi Jinping viajou por três vezes à região, visitando um total de dez países, e a instalação de governos neoliberais não o dissuadiu. No Fórum do Um Cinturão, Uma Rota sobre Cooperação Internacional que ocorreu em Pequim em maio de 2017, sua mensagem não deixou dúvidas: “A América Latina é a extensão natural da Rota da Seda Marítima do século XXI”. Oito meses depois, a região está repleta do debate entusiasta sobre seu futuro como parte da Iniciativa Um Cinturão, uma Rota.
Michelle Bachelet, presidenta do Chile já em fim de mandato, fiel aliada da China e firme defensora da Iniciativa chinesa, resumiu muito bem a situação no discurso de 23 de novembro de 2017, em Santiago, para celebrar o décimo aniversário da fundação do Instituto Confúcio da Universidade de São Tomás. “Hoje”, disse, o mundo gira “mais do que nunca” em direção à China e à Bacia do Pacífico, e portanto, “sabemos muito bem que nossa relação com a China (…) e com a Ásia (…) é fundamental para que possamos chegar ao destino”. A relação China e Chile, disse, vai muito além da área comercial. A China “é também um de nossos principais sócios políticos no caminho da abertura, da integração e da cooperação para o progresso”.
E os Estados Unidos?
No transcurso da reunião de 22 de janeiro, Wang Yi, assim como outros palestrantes, caracterizaram a tensa situação estratégica global atual, com “muitas incertezas (…) e complexidades”. Nesse contexto, contudo, Wang Yi destacou que a China é um “parceiro totalmente confiável” cuja política exterior se baseia na colaboração “ganha-ganha”, de respeito mútuo, um compromisso com o multilateralismo, e com a não intervenção em assuntos internos de outras nações, que busca unicamente “compartilhar os dividendos de seu desenvolvimento com todos os países e alcançar a prosperidade comum”. Isto, disse, reflete o “novo tipo de relações internacionais” que se delineou no recente 19º Congresso do Partido Comunista Chinês.
Declarou enfaticamente que a China “tem a determinação e a confiança para explorar uma maneira de desenvolver um grande país, que é diferente da que tem seguido as potências tradicionais, e sempre estará ao lado dos países latino-americanos e caribenhos e de todos os demais países em desenvolvimento”. A competência geopolítica ou “o jogo de soma zero, não é nem nosso propósito, nem nossa prática”, ressaltou. “Convidamos a todos os países, grandes e pequenos, a discutir como iguais a Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota”.
Nenhum dos discursos em nenhuma das reuniões em Santiago mencionaram alguma vez de maneira explícita os Estados Unidos. Mas no debate e na intensa diplomacia que teve lugar durante dois dias, ficou implícita a questão óbvia sobre onde estará os Estados Unidos nessa situação que muda rapidamente. O governo de Trump se unirá a China na magnífica perspectiva de desenvolvimento regional e global da Um Cinturão, Uma Rota? Ou se excluirá, como desejam os elementos vinculados aos britânicos que tentam derrubar o presidente estadunidense? Estes últimos alegam que a crescente presença da China no sul da fronteira constitui uma “agressão” contra os interesses dos EUA em seu tradicional “quintal”.
O rápido sucesso dos acontecimentos da região já fez soar os alarmes entre os partidários da geopolítica britânica em Washington. Em dezembro passado, a Fundação Nacional para a Democracia (NED, na sigla em inglês) – um dos instrumentos-chave utilizados nos últimos anos para realizar “mudanças de regime” ou “revoluções coloridas” em nome da “democracia” - publicou um informe que espalha o pânico, intitulado “Sharp Power, Authoritarian Influence” (Poder marcante, influência autoritária), onde denuncia a crescente presença da China na região da América Latina e do Caribe. Sua principal preocupação é que, com seus avanços econômicos, seu crescimento impressionante, e sua crescente influência global, a China pode oferecer agora a possibilidade de “oportunidades econômicas” à região, que outros parceiros internacionais não podem igualar.
A NED aponta significativamente o Fórum China-CELAC como o promotor da supostamente infame presença da China, já que através de suas reuniões ministeriais e outras relacionadas, Pequim “pode fazer valer mais seu poder para pautar a ordem do dia no que respeita a região”, do que se tem conseguido alcançar com os meios tradicionais. Mostram-se muito preocupados e advertem do grande perigo de que um número crescente da elite política da região, estudantes, cientistas, representantes culturais, e outras “pessoas importantes de renome” da região, estejam caindo sob o encanto “hipnótico” de Pequim, em breve viajando a China com todos os custos pagos e voltando em breve para a casa como “embaixadores de fato da causa chinesa”!
A construir a Ponte Terrestre Mundial
Em contraste com esses disparates, em uma discussão em 17 de janeiro, a fundadora do Instituto Schiller, Helga Zepp-LaRouche, mostrou uma via sensata a ser seguida pelos Estados Unidos: somente pode começar a abordar de maneira efetiva seus graves problemas domésticos, como a epidemia de drogas ou a imigração, se adotar políticas para fomentar o desenvolvimento econômico real da América Central e do Caribe, em particular – regiões que sofrem de condições econômicas horríveis, com o concomitante sofrimento humano. A colaboração dos EUA com a China na região permitiria a construção de grandes projetos de infraestrutura, portos, ferrovias, novas indústrias e corredores de transporte, mediante os quais a região poderia progredir rapidamente, alcançar níveis de produtividade superior e dar trabalho a sua população.
O próprio Estados Unidos se encontra com a necessidade urgente de grandes investimentos em infraestrutura e projetos de alta tecnologia, e a China tem oferecido uma associação de cooperação para construí-los. Caso sejam construídos na escala necessária, com as tecnologias mais avançadas, tais como linhas de trens de alta velocidade, corredores de transporte e novas cidades, a realização destes projetos asseguraria a extensão da Ponte Terrestre Mundial através de toda América do Norte e ao largo do Estreito de Bering, entrando na Eurásia. Traria também grandes benefícios por meio dos quais os Estados Unidos teria, ao sul de sua fronteira, uma região do Caribe e da América Central próspera e economicamente desenvolvida.
A China tem o propósito de avançar na região, mas preferia ter os EUA como um parceiro. “Unam-se a nós”, foi a mensagem que lançou Wu Changsheng, diretor do Centro de Estudos Latino-Americanos da Fundação Chinesa para Estudos Internacionais, em comentários ao jornal Global Times publicados em 18 de janeiro. “A cooperação da China com os países da América Latina e do Caribe não é exclusiva”, disse. “É inclusiva. Damos as boas-vindas à participação de terceiros. Assim, os Estados Unidos não tem que se preocupar”.
O caso do Panamá
Esta é a perspectiva que também asseverou o presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, em junho passado, pouco depois de seu país anunciar que havia rompido relações diplomáticas com Taiwan e que as havia estabelecido com a República Popular da China (RPC). O Panamá considera os Estados Unidos um parceiro estratégico, disse Varela, e não vê nenhuma contradição em manter os laços diplomáticos com ambas as potências. Washington não deve ver isto como uma ameaça a seus interesses, destacou corretamente.
A transformação do Panamá desde junho passado tem sido impressionantes, “para recuperar”, como dizem os panamenhos, “o tempo perdido”. Varela fez uma visita de Estado e um giro de uma semana pela China em novembro passado, e Xi Jinping aceitou seu convite de visitar o Panamá numa data que se anunciará em breve. Há um fluxo constante de delegações diplomáticas e técnicas que vão e vem entre os dois países, e discussões intensas para ampliar as ligações econômicos, comerciais e culturais. Em lugar proeminente da pauta, dentre os projetos de desenvolvimento prioritários, está a estrategicamente importante linha férrea de alta velocidade que se estenderá desde a Cidade do Panamá até o norte, na fronteira com a Costa Rica. Os estudos de pré-viabilidade para isto, realizados por empresas chinesas, se porá em andamento logo.
O projeto inclui a construção de duas linhas ferroviárias de dupla-via, uma para passageiros que irão até a cidade de David, e outra para transporte de carga, que se estenderá outros 50 km até Paso Canoas, na província de Chiriquí, na fronteira com a Costa Rica.
É claro que a China propõe que o trem se estenda através da Costa Rica e ao resto da América Central, até o México, a fim de aumentar consideravelmente o frete marítimo, desde e em direção a China, cujos barcos, através do Canal do Panamá, retornam, segundo informam, carregados unicamente em 40% de sua capacidade. Este forte incremento no comércio regional irá requerer a expansão tanto do porto da Cidade do Panamá como o de Colón, em ambos extremos do Canal, junto com aeroportos e infraestrutura relevante. A linha aérea China Airlines já está negociando voos diretos ao Panamá desde Guangzhou, Shenzhen e Xangai, para começar em março desse ano.
As implicações desses planos já desencadearam um debate apaixonante na vizinha Costa Rica, a única outra nação da América Central que tem relações diplomáticas com a República Popular da China. Em um artigo publicado em 19 de dezembro pelo jornal costarriquenho La Nación, intitulado: “Panamá desafia a Costa Rica”, o ex-ministro do Planejamento, Carlos Manuel Echeverría, assinalou que o Panamá, “com seu canal e localização, já é parte [da Nova Rota da Seda] e o desafio que representou – sem dizer, mas que o próprio peso da declaração deixa subentendido – à América Central, é o de continuar essa ferrovia até o México; do contrário, o que se planeja servirá marginalmente”.
Echeverría recordou que os planos para tal linha existem desde 1980, e inclusive antes, para promover a integração regional. Hoje, ele pergunta, “como ficar fora da Rota da Seda? Seria um grave erro – nunca devemos deixar de pensar no estratégico, e desenvolver a respeito uma visão e políticas de Estado consequentes”. Observa que em alguns poucos anos o Panamá fez enormes avanços, com um Canal ampliado, um novo aeroporto de grandes dimensões, um sistema de metrô subterrâneo, e importantes construções em infraestrutura. Assim, agora é o momento da Costa Rica ser audaz, conclui Echeverría, e “deve mudar radicalmente sua forma de pensar, de se organizar e atuar, começando por deixar de pensar pequeno”.
Um anacronismo diplomático
Essa audácia não se estendeu até o momento às quatro nações centro-americanas que o trem deveria atravessar (Nicarágua, El Salvador, Honduras e Guatemala), cujos governos, ainda, mantém laços diplomáticos com Taiwan. O trem não passaria por Belice, a quinta nação centro-americana que segue mantendo laços diplomáticos com Taiwan. No Caribe, a República Dominicana, Haiti, Santa Lúcia, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e as Granadas também mantém laços diplomáticos com Taiwan.
Mas, dados as rápidas mudanças nos últimos meses, particularmente no Panamá, pode ser que este anacronismo diplomático não dure muito.
Apesar de não haver laços diplomáticos formais, a China mantém relações econômicas, comerciais e culturais de modo consistente com todos esses países, dentre os quais o exemplo mais impressionante é o projeto proposto de 4,7 bilhões de dólares para reconstruir a capital haitiana de Porto Príncipe. No Fórum China-CELAC, os chanceleres desses países que não tem vínculos diplomáticos participaram, não obstante, numa animada discussão com Wang Yi e sua delegação; O ministro de Relações Exteriores de El Salvador, Hugo Martínez, que é o presidente pro tempore da CELAC, se mostrou visivelmente entusiasmado ante a perspectiva de participar da ICR. Wang, sem dúvida, deixou muito claro, como fez no mês passado Wu Weihua, o encarregado de negócios da embaixada chinesa no Panamá, que “a China se propõe repetir o exemplo do Panamá em outros países da região”, com o oferecimento de “generosos” investimentos do tipo que agora desfruta o Panamá.
Os desafios pela frente
O Plano de Ação 2019-2021 acordado no Fórum China-CELAC é extremamente ambicioso e tem em seus planos vários desafios para a região, o mais urgente dos quais deixar para trás rapidamente seu papel tradicional de exportador de matérias-primas, em direção à industrialização e ao desenvolvimento de sua infraestrutura. Esta é uma prioridade máxima para os governos da região.
Dos cinco pontos importantes do novo Plano de Ação que Wang Yi apresentou em 22 de janeiro, um exorta “ao desenvolvimento das indústrias nacionais competitivas e soberanas”, com base nas tecnologias mais avançadas. “A China tem o equipamento, a tecnologia, as oportunidades de financiamento e de capacitação que vocês necessitam”, disse Wang ao público. “Ambas as partes podem acelerar a cooperação industrial e colaborar para desenvolver a logística (…). ampliar os canais de financiamento (…), explorar o estabelecimento de um consórcio de instituições financeiras para o desenvolvimento, e construir mais parques industriais e zonas econômicas especiais”.
Wang também ressaltou que a determinação do Plano de Ação é “aproveitar a oportunidade do crescimento impulsionado pela inovação, fomentar a coordenação entre o Plano de Ação de Cooperação na Inovação, a Ciência e a Tecnologia da Nova Rota da Seda, e as estratégias de desenvolvimento dos países latino-americanos”. Isso implicará construir uma Rota da Seda China-América Latina-Caribe, e uma Rota da Seda digital. Esse tema exige avanços na “cooperação em áreas emergentes, como a aeroespacial e a aviação (…). A China está preparada para ajudar a capacitar mais pesquisadores dos países latino-americanos e caribenhos, através da Associação de Ciência e Tecnologia da China-CELAC e o Programa de Intercâmbio de Jovens Cientistas China-CELAC”.
De grande importância é a proposta para construir uma rede de transportes que conecte terras e oceanos, sublinhando o apoio da China para “construir ferrovias e túneis bioceânicos e abrir mais rotas marítimas e ligações aéreas diretas”.
Outro componente chave do Plano de Ação é o compromisso de intensificar intercâmbios culturais e de contatos pessoais. A China, disse Wang, “está preparada para compartilhar mais experiência de governança com países latino-americanos e caribenhos, expandir intercâmbios entre nossos partidos políticos” e outros organismos nacionais relacionados com as mídias, a juventude e os grupos científicos, assim como estabelecer mais centros culturais “e mais Institutos Confúcio em países da América Latina e do Caribe para aprofundar o entendimento mutuo e a amizade”.
Ninguém duvida que a implantação do Plano de Ação irá requerer um trabalho duro e uma colaboração muito estreita. Mas como declarou Wang no final de sua apresentação: “Como diz um poema chinês, ‘os amigos de verdade valorizam as promessas de uns aos outros e viajarão mil milhas para estarem juntos’. Façamos desta reunião um novo ponto de partida em nossas relações, aproveitemos a oportunidade que oferece a Iniciativa Um Cinturão, uma Rota, e unamos nossas mãos através do oceano para abrir uma nova era resplandecente das relações China-América Latina e Caribe”.
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