Este artigo é uma tradução de material originalmente publicado na edição de 23 de Outubro de 2020 of Executive Intelligence Review.
TRABALHO PRODUTIVO
Acabe-se com a Fome e Aumente-se a Capacidade de África para Suster a Sua Própria Existência
Aqui republicamos um curto excerto do relatório de Dezembro de 1981 de Lyndon LaRouche, “A Necessidade Económica de Aumentar a População Humana,” que foi preparado para uma Conferência de Bispos em Roma, e que oferece um sumário sucinto dos princípios que devem guiar a urgentemente necessária assistência alimentar de larga escala às regiões de África afligidas por fome. Este excerto é uma breve secção do que é uma ampla elaboração sobre as provas científicas rigorosas de como o aumento contínuo da população humana é indispensável à sobrevivência da Humanidade. O relatório completo está disponível na Executive Intelligence Review, Vol.47, Nº8, 21 de Fevereiro de 2020, págs. 7-30.
Durante o período começando em Agosto de 1980, o autor e os seus colaboradores procuraram mobilizar necessária ação governamental estadunidense para a prestação de assistência a populações afligidas por fome em África—e, tiveram de o fazer contra os malignantes esforços em contrário da Administração Carter. Criámos uma task force de agricultores estadunidenses (pessoas experientes e líderes no sector), obtivemos a consultoria de especialistas logísticos, e propusemos a seguinte abordagem.
Propusemos a utilização dos métodos logísticos que seriam recomendados sob condições de guerra pelo Corpo de Engenheiros dos EUA, para o fornecimento e distribuição de comida nas regiões de África onde as populações afetadas vivem.
Se nos comprometermos a tais empreendimentos de emergência, então podemos fazer uso pacífico dos procedimentos logísticos empregues para a guerra, para construir portos, aeródromos, sistemas ferroviários, sistemas de autoestradas e redes de transportes funcionais—redes pelas quais entregar abastecimentos alimentares, e outra ajuda necessária às áreas (ou perto das áreas) nas quais a população necessitada reside.
A rede de transportes estabelecida para a eficiente distribuição inicial de assistência torna-se na rede pela qual também é fornecida assistência de desenvolvimento, para ajudar as populações a aumentar as suas capacidades produtivas para as colheitas do ano seguinte. Esta mesma rede de transportes permite a melhoria da agricultura, com a criação de eficiente especialização da produção, e também a criação de excedentes acima dos níveis de subsistência, para fornecimento aos mercados urbanos. Se houver a introdução, por meio da rede de transportes, do desenvolvimento dos sistemas de gestão de água, dos fornecimentos de pesticidas, dos materiais de tratamento de solos, e dos fertilizantes, então é possível atingir uma melhoria modesta (porém marginalmente decisiva) nas capacidades de auto-sustento das populações.
Se, pelo contrário, a assistência alimentar for distribuída a campos de assistência humanitária, e a população for convidada a ir para esses campos em busca de comida, então daí resulta uma abominável destruição da sociedade. As aldeias e os lares são destruídos, a população afetada é reduzida a um estado inteiramente desamparado de dependência para com a ajuda, os homens tendem a enveredar por vagabundagem, e os campos de assistência tendem a tornar-se virtuais campos de morte, tal como as travessias para esses campos, horrendas marchas de morte. Sob tais circunstâncias, e quer esses efeitos sejam ou não pretendidos, a assistência alimentar torna-se num instrumento para a promoção de genocídio.
Há que repetir o ponto essencial: a assistência deve almejar o aumento da densidade populacional relativa potencial da população, o aumento da capacidade da população para suster a sua própria existência através do seu próprio trabalho produtivo.
E, prosseguindo além das medidas de emergência dos tipos que até aqui indicámos serem necessários, temos também de assistir as nações afligidas para que produzam, elas próprias, os mais cruciais dos bens capitais de base agrícola inicialmente fornecidos a partir de fora. De modo geral, tais investimentos não amadurecerão para se tornarem financeiramente auto-sustentáveis antes de um período de sete a quinze anos. Crédito de baixo custo e de longo termo, amortizado após um período inicial de graça, ao longo de uma extensão temporal de quinze a vinte e cinco anos—esta é a política geral que é necessária para fornecer às mais afligidas nações as transformações pelas quais se tornarão verdadeiramente auto-sustentáveis.
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