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Instituto Schiller

Declaração Instituto Schiller/CLINTEL

Apelo de Alerta:

O Verdadeiro Perigo para a Humanidade Não é o Clima, mas sim a Aquiescência a uma Política Desonesta que faz uso do Clima para Nos Destruir!

schillerinstitute.com

Apoie esta declaração conjunta de Helga Zepp-Larouche e Guus Berkhout, ao final do texto

11 de Outubro, 2021—A seguinte declaração foi conjuntamente emitida por Helga Zepp-LaRouche, fundadora do Instituto Schiller, e Guus Berkhout, professor emérito de geofísica e iniciador e co-fundador da CLINTEL (Inteligência Climática).

Temos debates azedos sobre quase tudo: energia verde, medidas pandémicas, ideologias políticas, políticas fiscais, a crise dos refugiados, aumentos nas rendas imobiliárias, erosão de direitos fundamentais, reformas e pensões, burocracias governamentais, o fosso intergeracional, direitos das mulheres, etc. Porém, aquilo que tendemos a não ver é o quadro geral: nomeadamente, que, no Ocidente, somos dominados por uma crescentemente poderosa elite política que está, neste momento, a destruir tudo o que construímos desde a II Guerra Mundial!

Perante os nossos olhos, se nos dermos ao trabalho de os ver, estão todos os sintomas de um sistema em colapso: um sistema económico no qual a relação entre custo e benefício está totalmente desequilibrada, uma crescentemente acelerada hiperinflação que devora os nossos rendimentos, um bom sistema de saúde que é acessível apenas aos ricos, um sistema de educação que não ensina excelência nem valores morais, uma cultura Woke fora de controlo que vira as pessoas umas contra as outras, uma desastrosa política de confronto geopolítico contra alegados rivais—e a lista poderia continuar e continuar!

Todas estas manifestações de crise têm uma causa comum: nós, no Ocidente, estamos a viver sob a ditadura de uma oligarquia financeira, oligarquia essa para a qual o bem comum é irrelevante, e cujo único interesse é o de maximizar os seus próprios privilégios. Uma oligarquia que precisa de “guerras incessantes” para gerar rendimentos para o seu complexo militar-industrial, e que promove a produção e distribuição de drogas destruidoras da mente, algumas ilegais, outras legalizadas, e o facto é que o sistema financeiro teria colapsado há muito sem o influxo dos capitais branqueados provenientes do narcotráfico. E, uma vez que este sistema está agora irrevocavelmente bancarroto, o próximo passo é o da conversão de todo o sistema económico e financeiro para supostas tecnologias verdes, naquilo que é um grande golpe final—o Grande Reinício (“Great Reset”). O lema para esta conversão é o de, sob o pretexto de protecção climática, “Reorientar os Triliões”. E, está a acontecer neste exacto momento!

As políticas do Green Deal (UE) e do Green New Deal (EUA) significam que os bancos emitem empréstimos apenas a tecnologias verdes. E, estas políticas têm, de há muito, submetido as empresas a um crescentemente asfixiante sistema de requisitos: como seja taxonomia, a lei da Cadeia de Abastecimento, etc. Em simultâneo, existe uma lógica por detrás dos elevados preços da energia: esticar os preços acima do limiar da dor, em termos monetários, é algo que visa manipular a população a aprender como viver sem consumo de carne, sem aquecimento, sem alojamento apropriado, sem viagens, etc. Isto anda a par e passo com uma imagem do Homem que vê cada ser humano como um parasita poluidor da natureza. Enquanto sabemos que o CO₂ é essencial a toda a vida na Terra, a política verde apregoa: “Quanto menores pegadas de CO₂ deixadas para trás, tanto melhor”.

A verdade é, isto é vinho velho em garrafas novas. É a mesma exacta política de austeridade de Hjalmar Schacht, que foi, na Alemanha, o presidente do Reichsbank e o ministro da economia logo antes da II Guerra Mundial. Isto é canibalização da força laboral. Quem ache que esta comparação é exagerada, devia considerar a taxa de mortalidade infantil no Haiti, ou ver o filme A Ala da Fome [Hunger Ward], sobre o Iémen, com a participação de David Beasley, do Programa Mundial de Alimentos.

O que diz Klaus Schwab sobre isto no seu livro Capitalismo de Stakeholders [Stakeholder Capitalism]? Schwab queixa-se do sucesso que países africanos como a Etiópia tiveram no combate à pobreza extrema (p. 154):

É algo que revela o dilema central do combate às alterações climáticas. A mesma força que ajuda as pessoas a escapar da pobreza, e a levar uma vida decente, é a força que está a destruir as condições de vida do nosso planeta para as gerações futuras. As emissões que levam a alterações climáticas não são apenas o resultado de uma geração egoísta de industrialistas ou baby boomers ocidentais. São a consequência do desejo humano de criar um futuro melhor para si próprio.”

Aqui está, com todas as letras. De acordo com esta lógica, o aumento da taxa de mortalidade através do aumento da pobreza é a melhor coisa que pode acontecer ao clima! A vida não interessa às elites de Schwab.

Se quisermos escapar à catástrofe iminente, temos de reconstruir por inteiro a sociedade com base em princípios muito diferentes. Esta é a nossa mensagem positiva, a mensagem de um futuro esperançoso com prosperidade para todos:

1. A vida humana é inviolável. O Homem é a única espécie dotada de razão criativa, distinguindo-o de todos os restantes seres vivos. É esta capacidade criativa que lhe permite descobrir continuamente novos princípios de organização do universo físico; aquilo a que se chama de progresso científico. O facto de que a mente humana tem a capacidade de, através de uma ideia imaterial, descobrir estes princípios, que depois produzem efeitos no universo material na forma de progresso tecnológico, prova que há uma correspondência entre a razão natural da mente humana e as leis naturais do universo físico.

2. Tal como a extensão espacial e a evolução anti-entrópica do universo são infinitas, também assim o é a perfectibilidade intelectual e moral da mente humana. Como tal, cada ser humano adicional é uma nova fonte para o desenvolvimento cumulativo do universo e para a resolução de problemas na Terra, tais como a superação da pobreza, da doença, do subdesenvolvimento, e da violência. Entreajuda e o cuidar do próximo é a chave para este desenvolvimento contínuo. Expressa a combinação de criatividade e de empatia que transcende as meras condicionalidades do dia-a-dia.

3. O progresso científico e tecnológico tem um efeito positivo, uma vez que, quando aplicado ao processo de produção, leva à expansão da produtividade da força laboral e das capacidades agrícolas e industriais, o que, por sua vez, leva à melhoria do nível de vida e a uma maior esperança média de vida, para mais e mais pessoas. Uma economia física próspera é a precondição para o desenvolvimento positivo do bem comum, providenciando não apenas às elites, como também a todos as restantes pessoas, alimentação de qualidade, água potável, cuidados de saúde acessíveis e modernos, educação de qualidade, comunicações modernas e, acima de tudo, energia barata e suficiente com elevadas densidades de fluxo energético. Energia nuclear de terceira geração, que é inerentemente segura, e o futuro uso de fusão termonuclear, são indispensáveis para garantir, por tempo ilimitado, o abastecimento energético da Humanidade. Sistemas energéticos instáveis, não confiáveis e, preços crescentes de energia, são a mãe da inflação. Pobreza começa com pobreza energética.

4. O propósito da economia não tem nada a ver com lucros, mas sim com a felicidade das pessoas, no sentido que foi expresso por Gottfried Wilhelm Leibniz, i.e., de que as pessoas têm a capacidade de desenvolver, num todo harmonioso, todos os seus potenciais inerentes e, dessa forma, de conseguir contribuir para o melhor possível desenvolvimento da Humanidade. Ou, como Friedrich Schiller atribuiu a Solon de Atenas: O propósito da Humanidade é progresso. O dever de bom governo é o de, através das suas políticas, garantir a felicidade dos cidadãos, neste sentido, para tal começando com educação universal para todos, o propósito da qual tem de ser o de cultivar beleza de carácter e o desenvolvimento de um continuamente crescente número de génios. Esta perspectiva está de acordo com a convicção, de Vladimir Vernadsky, de que o universo físico tem inerentemente de evoluir de uma tal maneira que a proporção da noosfera seja continuamente expandida por relação com a da biosfera. Para ser mais específico, o crescimento tem de dar-se em duas direcções: criatividade para corresponder às necessidades materiais, e empatia para corresponder às necessidades imateriais. Entreajuda e o cuidar do próximo, e do nosso ambiente natural, é algo que está bem presente no nosso slogan: “Prosperidade para todos”, no qual por “todos” não se entende apenas nós, no aqui e no agora, mas também as gerações futuras.

5. O verdadeiro destino do Homem é o de não permanecer um terráqueo. A identidade da espécie humana, na qualidade de única espécie conhecida a desenvolver razão criativa, é a de explorar o espaço, tal como fizemos com o planeta Terra. Aquilo a que o pioneiro espacial Krafft Ehricke chamou de “imperativo extraterrestre” ou, em certo sentido, o novo efeito educacional das viagens espaciais no Homem, requer à Humanidade que verdadeiramente “cresça”, ou seja, que descarte os seus impulsos irracionais e faça da criatividade a sua identidade, algo que, até aqui, só foi o caso para grandes cientistas e artistas de cultura clássica. Numa tal fase da evolução, uma de amor pela Humanidade e amor pela Criação, gerada pelo reconhecimento da magnificência do universo físico, ter-se-á tornado natural que o Homem cuide de todos os aspectos da vida da Humanidade, e do planeta, da natureza, e do universo em geral, com grande carinho, uma vez que a contradição fabricada entre o Homem e a Natureza terá sido ultrapassada (uma nova consagração da responsabilidade do Homem para com a Natureza). O Homem não existe em oposição à Natureza; é a parte mais avançada da Natureza. Isto é aquilo a que Schiller chamou de liberdade em necessidade, e é o conceito que Beethoven colocou a presidir sobre a sua Grosse Fugue: “Tão rigoroso como livre”.

É esta ideia elevada do Homem, e de tudo o que construiu, que é ameaçada pelos Hjalmar Schachts, pelos Klaus Schwabs, pelos líderes políticos famintos de poder, e pelos líderes de negócios sedentos de lucros. Este é um apelo de emergência, dirigido a todas as pessoas, um apelo à resistência a um novo mal. Previnamos um retorno ao passado, onde uma elite malevolente empobrecia a Humanidade, e dizia-nos que fossemos felizes sob tais condições.

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Tradução: Rui Miguel Garrido

Assine a petição aqui

 

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