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EIR Publica “O Plano do Instituto Schiller Para Desenvolver o Haiti”

Instituto Schiller

30 de setembro - O Serviço Noticioso da Executive Intelligence Review publicou hoje, “O Plano do Instituto Schiller para Desenvolver o Haiti”, um relatório de 16 páginas a apresentar um plano abrangente para dar resposta às “oito áreas fundamentais (em infraestrutura, indústria e agricultura) que estão no coração da economia do Haiti… delineando quais as capacidades já existentes, e quais os problemas prevalentes no terreno e, da mesma forma, apresentando soluções recomendadas para um plano de desenvolvimento”. As oito áreas mencionadas são 1. Energia e Eletricidade, 2. Um Sistema Universal de Cuidados de Saúde, 3. Fome e Agricultura, 4. Ferrovias e Estradas, 5. Aeroportos e Portos Marítimos, 6. Sanitação e Purificação de Água, 7. Indústria e Força Laboral, e 8. Educação. O relatório completo está disponível aqui.

Um Plano de Desenvolvimento para o Haiti
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EIR

O Plano do Instituto Schiller estabelece de modo claro a necessidade urgente de agir no imediato, afirmando que:

“A tarefa de reconstruir o Haiti é intimidante, dado o nível de destruição que foi deliberadamente infligido a esta nação por dois séculos de políticas maltusianas. Há que reconstruir todos os setores da economia física, a partir dos alicerces, e daí por aí acima, para melhorar a condição da população empobrecida do país. Isto, porém, não é um desafio impossível; desde que China e EUA, a par de um número de nações da Bacia Caribenha e da América Central, colaborem entre si, no contexto da expansão, ao longo da região, da Iniciativa do Cinturão e Rota e da Rota Marítima da Seda.

“O Haiti terá de estabelecer relações diplomáticas com a China: continua a ser um dos poucos países no mundo a manter relações diplomáticas com Taiwan, e não com a China. Porém, a China insiste, com justiça, que só trabalhará com nações que reconheçam o princípio da Uma China. O Haiti deveria seguir o caminho tomado pelo seu vizinho, a República Dominicana (que rompeu recentemente com Taiwan e estabeleceu laços com a China), para poder acalentar alguma esperança de participação chinesa na sua reconstrução.

“O Haiti tem sido, de cada vez que um ‘desastre natural’ atingiu o país, repetidamente submetido a uma política intencional de depopulação. Afinal, foi negado ao Haiti o direito de se desenvolver para se tornar numa nação moderna, e o país foi deixado indefeso perante desastres repetidos, com o terramoto de 14 de Agosto de 2021 a ser apenas o mais recente. Isto é o resultado de 125 anos de pilhagem pela City de Londres, por Wall Street, e por outros bancos transatlânticos (com a França a ter um papel-chave nesta equação), aos quais, no século 20, se juntaram o Fundo Monetário Internacional e outras agências de crédito multilateral.

“O programa do Instituto Schiller para a renovação e reconstrução do Haiti (as linhas gerais iniciais do qual estão apresentadas abaixo) inclui um plano infraestrutural unificado, financiado através de um sistema Hamiltoniano de abundante crédito dirigido—algo que surgirá como um dos aspetos essenciais de uma reorganização de bancarrota do, agora em desintegração, sistema financeiro internacional. O Instituto Schiller produziu a estimativa preliminar de que um programa de reconstrução viável para o Haiti custará entre $175 e $200 biliões, ou seja, de $17.5 a $20 biliões por ano ao longo de dez anos.”

O relatório também revê o sabotado projeto haitiano-chinês de $4.7 biliões, de 2017, para reconstruir a capital do Haiti. Nesse projeto, “duas companhias chinesas (o Instituto Sudoeste de Engenharia Municipal e de Investigação de Design da China, ou SMEDRIC, e a Corporação Metalúrgica da China, ou MCC) delinearam uma série de projetos detalhados, avaliados em $4.7 biliões, para levar a cabo a reconstrução da capital e dos seus arredores. O SMEDRIC indicou que os projetos para a capital do Haiti faziam parte de uma mais abrangente proposta de $30 biliões para todo o país, proposta essa que foi discutida na cimeira da Iniciativa do Cinturão e Rota, em Pequim, a 14-15 de Maio de 2017. Pouco tempo após a cimeira, uma delegação chinesa levou a cabo uma visita de investigação de 8 dias ao Haiti, durante a qual se encontrou com responsáveis locais”.

Antevisão em Vídeo—‘O Génio Criativo do Mundo Tem de se Debruçar Sobre Haiti e Afeganistão’

O relatório foi analisado em avanço a 25 de Setembro, num webinar internacional organizado pelo Instituto Schiller, e subordinado ao intuito de reunir as forças necessárias para a mobilização do génio criativo do mundo para a reconstrução do Haiti. O evento de 2 horas e meia foi intitulado “Reconstruir o Haiti—A Via de Saída Para os EUA, a Partir da Armadilha da ‘Grã-Bretanha Global’”, e dedicou-se ao Plano do Instituto Schiller e às ações imediatas de emergência que são necessárias. O plano foi sumarizado e discutido por especialistas (com ligações ao Haiti) em engenharia, medicina e política de desenvolvimento. A deliberação que aqui tomou lugar surge em claro contraste com os eventos das últimas semanas, que incluíram a deportação forçada, pelos EUA, de milhares de haitianos deslocalizados na fronteira Texas-México, de volta para o Haiti, e para as condições de catástrofe que aí têm prevalecido desde antes e após o terramoto de Agosto. O vídeo completo do webinar está disponível aqui.

Os seis membros do painel foram: Richard Freeman, co-autor de “O Plano do Instituto Schiller para Desenvolver o Haiti”; Eric Walcott, Diretor de Parcerias Estratégicas para o Instituto de Estudos Caribenhos; Firmin Backer, líder da Aliança de Renovação do Haiti; Joel DeJean, engenheiro e organizador político LaRouche sedeado no Texas; Walter Faggett, doutor médico, sedeado em Washington, D.C., onde é o ex-Oficial Médico Chefe do Distrito de Columbia, e onde é atualmente o Co-Diretor da Ward 8, do Conselho de Saúde de Washington D.C., e ainda um líder internacional com o Comité para a Coincidência dos Opostos; e, Dennis Speed, moderador.

Firmin Backer apontou que, ao longo dos 11 anos desde o terramoto de 2010, a USAID gastou $5.1 biliões de dólares no Haiti; porém, perguntou, o que está lá que demonstre esse investimento? Com o último terramoto, a 14 de Agosto, nem sequer se consegue entrar nas zonas afetadas para prestar assistência às pessoas vitimadas, uma vez que não há aeroporto nem porto marítimo no sul do Haiti. Devíamos, portanto, avaliar o quão mal o financiamento dos EUA foi gasto. Firmin reportou ainda o modo como o Haiti pôde usufruir de cancelamento de dívida pelo FMI há anos atrás, apenas para ser depois desautorizado de procurar crédito externo!

Eric Walcott foi categórico. “O génio criativo do mundo tem de se debruçar sobre Haiti e Afeganistão”. E, acrescentou, “recorra-se à diáspora” para desenvolver o Haiti. Há mais médicos haitianos em Nova Iorque e em Miami que em todo o Haiti. Walcott frisou que o Haiti não é pobre; são as condições que são pobres. Porém, a população tem orgulho, talento e engenho. Walcott fez um destaque especial sobre as eleições no Haiti. “As eleições são um processo”, afirmou, não um evento. Walcott tem experiência pessoal nisto: entre 1998 e 2000, serviu como observador-chefe das eleições no Haiti para a Organização dos Estados Americanos.

Joel DeJean, um estadunidense de linhagem haitiana, foi enfático sobre a necessidade de apontar para o mais elevado nível na nação; por exemplo, dar o salto de carvão para energia nuclear. DeJean aconselhou, “dê-se à China a oportunidade” de mobilizar a mais recente tecnologia nuclear para o Haiti: o reator modular de leito de esferas arrefecido a gás. “Não precisamos de mais submarinos nucleares, precisamos de tecnologia nuclear!”. DeJean apelou depois ao estabelecimento de um banco de desenvolvimento no Haiti, e a outras medidas específicas.

O Dr. Faggett sumarizou muitos pontos, a partir do mais abrangente ponto de vista e de um encorajamento à ação. Faggett serviu na “Força de Manutenção da Paz no Caribe/Caraíbas” das Forças Armadas dos EUA, e foi enfático sobre a necessidade de tomar ação: não apenas no Haiti, como ao longo do mundo. Referenciou o Presidente Franklin Delano Roosevelt, dizendo que, “pode-se dizer muito sobre as pessoas, a partir da atenção que prestam à saúde do seu próprio povo”. Reportou que, no momento presente, os trabalhadores de assistência no Haiti estão (em prol da sua própria segurança), a ter de esconder-se, dadas as terríveis condições.

Porém, disse Faggett, devíamos mobilizar-nos. Ter “diplomacia de vacinas”, e trabalhar para construir uma plataforma de saúde no Haiti, e um sistema de prestação de cuidados de saúde ao longo de todo o mundo. Faggett está “entusiasmado para concretizar a missão da Helga”, referindo-se a Helga Zepp-LaRouche, Presidente do Instituto Schiller, que, em Junho de 2020, emitiu o apelo a uma plataforma global de segurança de saúde. E, por essa altura, Helga Zepp-LaRouche, e a Dra. Joycelyn Elders, ex-Cirurgiã-Geral dos EUA, formaram o Comité para a Coincidência dos Opostos.

Para mais informação, contate o Instituto Schiller em contact@schillerinstitute.org

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Tradução: Rui Miguel Garrido

 

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