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Não existe solução
a não ser fechar agora Wall Street

11 de janeiro de 2016 (EIRNS) -- Mortes em massa e devastação econômica são agora a agenda imediata para a população dos Estados Unidos, assim como da Europa, como efeito da política de Wall Street implantada pelo presidente Obama. “Não há possibilidade de manter as pessoas vivas sob as presentes condições”, alertou Lyndon LaRouche numa discussão hoje com o Comitê Político LPAC, enfatizando que o colapso do sistema financeiro internacional – para o qual alertou em meados de dezembro – está totalmente em marcha.

“A política econômica dos Estados Unidos, e do Império Britânico de um modo geral, requer o imediato genocídio em massa das pessoas da comunidade transatlântica”, disse LaRouche. “Isso é um fato.” Se nós o expormos agora, ainda teremos uma última chance para reverter esse efeito ao fechar Wall Street e retirar Obama do cargo”

O fato é que cada dólar dos 2 quadrilhões da bolha especulativa de Wall Street não tem nenhum valor, e devem ser retirados da contabilidade sem qualquer recompensa. De outra forma, sob a política de “resgato interno” que agora está sendo implantada, tudo o que você e sua família tem – poupança, pensão, alimentos, plano de saúde, emprego, casa, tudo – será tomado em nome da proteção ao criminoso sistema do Império Britânico que criou essa bolha especulativa.

Por isso, Wall Street deve ser fechada agora, insiste LaRouche, e a lei Glass-Steagall de Franklin Roosevelt reinstaurada. Se deverá seguir com uma ação de suporte, uma solução de como a de Roosevelt, “para organizar fundos em grande escala para as pessoas que perderam seus meios de sobrevivência; para as pessoas que foram torturadas até a morte” pela falta de comida e pelas condições sob as quais vivem e trabalham.

“As pessos também devem saber que existe uma esperança de reverter o tipo de tratamento recebido em seus trabalhos – ou não-trabalhos – que está afetando as pessoas atualmente, como na década de 1930, quando Franklin Roosevelt se mexeu para dar as pessoas esperança para suas existências”.

LaRouche destacou a real raiz do problema: que as pessoas tragaram a mentira de que o dinheiro é a verdadeira riqueza, e todo um sistema financeiro foi construído sobre essa mentira. Mas, “o dinheiro não é algo que tenha um valor auto-evidente. O valor depende dos poderes criativos da humanidade para melhorar  as condições de vida da humanidade”.

A espiral da morte

LaRouche emitiu seu sonoro chamado à luta em 11 de janeiro, enquanto o sistema financeiro transatlântico desabava numa espiral da morte. Na primeira semana de 2016, os mercados globais caíram 6,5%, eliminando 4 trilhões de dólares em papéis sem valor; o preço do petróleo desabou 10% e agora beira cair abaixo dos 30 dólares o barril; Porto Rico ficou em inadimplência a respeito de parte da sua  dívida de 72 bilhões de dólares, que pode criar uma crise que rapidamente se espalhará por todo o mercado de títulos municipais; e a ativação em primeiro de janeiro da política do Império Britânico de “resgate interno” pela Europa está levando ao congelamento do mercado de títulos, com indicações preliminares de que até os empréstimos interbancários vêm ficando paralisados.

Lyndon LaRouche, o maior no mundo em prognóstico econômico, alertou no meio de dezembro que precismente isso iria ocorrer. Numa declaração que circulou amplamente pelo mundo, disse em 17 de dezembro que o planeta estava à beira do abismo de um colapso geral do sistema transatlântico e que isso iria explodir “pouco depois do primeiro dia do próximo ano”. Disse que as política do Império Britânico sob essas condições, especialmente o roubo de trilhões dos ativos dos cidadãos pelo “resgate interno”, agendado para entrar em pleno vigor na Europa em 1º de janeiro, iria espalhar o genocídio num nível não visto desde a Nova Idade Média do século XIV, que varreu aproximadamente a metade da população europeia. E alertou que esse colapso generalizado iria ocorrer repentinamente, como agora está ocurrendo.

Não olhe para as causas da crise em seus efeitos aproximados, como o default de Porto Rico, o colapso do gás de xisto betuminoso e outras bolhas correlatas, ou na incompetente decisão do Federal Reserve em elevar em 0,25% as taxas de juros em dezembro. E com certeza não seja tão imbecil em culpar a China pelo derretimento do sistema financeiro transatlântico, supostamente porque a taxa de crescimento de seu PIB em 2015 foi de “apenas” 6,9%, em comparação aos 7% esperados. A Ásia, liderada pela China, é hoje o único setor da economia mundial que está se comportando relativamente bem em termos de economia física e está parcialmente – mas só parcialmente – protegida do derretimento transatlântico.

A causa dos eventos financeiros que agora se desdobram devem ser encontradas na colossal – e completamente impagável – bolha especulativa de 2 quadrilhões de dólares que foi erguida por sobre todos os mercados desde ao cancelamentoda lei Glass-Steagall em 1999, e na crença subjacente que o dinheiro e somente o dinheiro constitui a real riqueza. Adicione a isso a política concomitante de crescimento econômico negativo e a drástica redução da população, que é a política declarada do Império Britânico e de seu lacaio, Barack Obama.

“Quantitative Stealing”

Pegue o caso da chamada política de “resgate interno” que entrou em vigor  por toda Europa a partir de 1º de janeiro de 2016, e que foi totalmente autorizada nos Estados Unidos sob o Título II da criminosa lei Dodd-Frank, aprovada no Congresso em 2010 – sob pressão excruciante e chantagens de Barack Obama, e em oposição à política de Glass-Steagall que a bem sucedida campanha do Movimento LaRouche conseguiu colocar na agenda do Congresso na mesma época.

O “resgate interno” foi vendido ao público como o meio de se assegurar que uma crise ao estilo Lehman, como a de 2008, nunca mais aconteça. Em vez de usar fundos governamentais para resgatar bancos falidos através do Quantitative Easing (Flexibilização Quantitativa) e outras medidas hiperinflacionárias similares, o que se alega é que os mesmos bancos devem ser mantidos com resgates retirados de alguns tipos de depósitos e títulos bancários dentro do próprio banco. Em outras palavras, correntistas e alguns investidores serão expropriados para salvar a bolha financeira cancerígena. Isso é o que foi feito em Chipre quando seus bancos desmoronaram em 2013, e isso então foi promovido como o “modelo cipriota” para toda a Europa pelo então presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

Nesse tempo, a EIR revelou que a fraude do “resgate interno” nada mais era do que “Quantitative Stealing” (roubo quantitativo). Nós também destacamos que o resgate interno (ball-in) era o mesmo resgate (ball-out) do outro. A questão crucial é quais instrumentos financeiros vão receber resgate, para mantê-los vivos, através do “Quantitavive Stealing” de outros? A resposta é explícita tanto para diretrizes da União Europeia quanto para a “resolução bancária” da lei Dodd-Frank de Obama: os derivativos dos megabancos mundiais não devem ser tocados, se tocá-los criaria problemas “sistêmicos” para o sistema financeiro internacional – que, com certeza, seria o caso em todas as instâncias. O plano, em outras palavras, é roubar Pedro (você e sua família) para pagar Paulo (Wall Street e a City de Londres).

Mas o esquema é absurdo mesmo em seus próprios termos. Existem por volta de 1,5 trilhões de dólares em derivativos financeiros de uma bolha financeira total de 2 quadrilhões de dólares. Quanto despojo estará disponível para salvar os derivativos? “Meros” 16 trilhões de dólares[1], são escassamente 1% o tamanho da bolha de derivativos que Wall Street tenta resgatar!

Não existe ginástica mental capaz de dar jeito a  esse esquema cocainômano, em seu interesse declarado de salvar a bolha financeira. O único resultado no mundo real da política de “resgate interno” de Wall Street será acelerar a velocidade do derretimento financeiro e destruir totalmente a economia física e o nível de vida da população, levando à aceleração das taxas de morte através do planeta – que é precisamente o propósito declarado do Império Britânico.

Prisão, não resgate

O que hoje se chama “resgate interno” já foi chamado por seu nome próprio: fraude. Anteriormente, durante as décadas de 1920 e 1930, JP Morgan e outros bancos sabiam que estavam fraudando seus clientes ao induzi-los a comprarem ações em seus bancos, que rapidamente vinham a falir. Alguns banqueiros foram parar na cadeia pelos crimes então cometidos – cortesia de Franklin Roosevelt (FDR). Há poucos anos, os maiores bancos espanhóis, incluindo o Santander, fizeram a mesma trapaça ao venderem aos seus próprios clientes as chamadas ações “preferenciais” dos bancos falidos, sobrecarregando seus consumidores com enormes perdas.

No início do ano, no caso de Porto Rico, alguns dos maiores bancos do mundo, incluindo novamente o Santander e o UBS, foram pegos com a boca na botija, ao vender títulos municipais portorriquenhos de sua própria carteira, enquanto ao mesmo tempo enganavam seus clientes ao fazê-los comprá-las. E na Itália, quatro bancos foram resgatados em dezembro de 2015 pela expropriação dos holdings de 10.000 de seus clientes. A mesma roubalheira está começando agora em Portugal e outros países com consequências fatais.

E agora essa pratica fraudulenta tem sido codificada não só como totalmente “legal” sob a nova regulamentação de “resgate interno” implantada pela União Europeia a partir de 1º de janeiro de 2016, como também fica obrigatório que os bancos europeus vendam “títulos de resgate” (que serão instantaneamente expropriados no caso de insolvência bancária) até constituirem 8% de seus ativos. Política idêntica foi colocada na mesa nos Estados Unidos com a infame lei Dodd-Frank, imposta boca a dentro do Congresso por Barack Obama e pelo dinheiro de Wall Street.

O desespero lunático do esquema de resgate interno tem causado muito alarme na Europa. Por exemplo, o antigo diretor do Fundo de Garantia dos Depósitos italiano, Paolo Savona, escreveu um artigo para o Milano Finanza, no início de janeiro, onde diz ser arbitrário o mecanismo de resolução bancária da EU, e que seguramente irão falhar: “A diretriz para a resolução da crise bancária tem as características típicas dos tratados e resoluções europeus, que preveem tudo menos os casos realmente importantes no caso das maiores crises (...) Eu lutei contra o mecanismo aprovado sempre que me permitiram os que preferem o governo dos homens do que o governo das leis”.

Até a publicação da City de Londres, o Financial Times, está nervosa a respeito do que foi revelado, notando que os bancos que foram sujeitos aos resgates internos – como o português Novo Banco tiveram imediatamente suas notas de crédito (rating) rebaixadas. Ainda mais, admite o financial Times, os bancos menores ficarão inaptos para colocar no mercado qualquer título de resgate interno, e serão devorados pelos já inchados mega-bancos. Eles citam o investidor bancário Davide Serra: “Isso deve também fomentar a consolidação dos bancos de menor porte já que muitos deles poderiam ser cortados do mercado de títulos”.

De fato nenhum banco europeu pôde negociar qualquer título que seja na primeira semana de 2016.

O Campo de batalha decisivo

Mas o campo de batalha decisivo, tanto a questão mesma do resgate interno quanto a questão maior da dissolução do sistema financeiro internacional, é os Estados Unidos. A bomba financeira de 2 quadrilhões de dólares deve ser desarmada ao fecharmos as atividades de Wall Street e declarar todos os seus supostos ativos nulos e prescritos, como tem insistido Lyndon LaRouche, e a maneira de fazer isso é retornar imediatamente à lei de FDR, a Glass-Steagall. O covarde Congresso nunca deveria ter deixado o Washington para as festividades de natal sem antes votar a legislação, mas agora que já voltaram ao trabalho devem ser pressionados para aprovarem a lei Glass-Steagall em seus primeiros atos da nova sesão.

A campanha presidencial tem se tornado uma caixa de ressonância para o início da discussão em torno da lei Glass-Steagall, mas isso deve agora se tornar um clamor para a ação enquanto ainda é possível prevenir a devastação que de outra forma nos aguarda sob o governo do Império Britânico e de Obama. É o tempo de se ouvir as sábias palavras de Lyndon LaRouche: “O que devemos fazer é, tornar claro o fato de que não haverá solução a não ser que Wall Street saia agora da jogada. E isso foi de fato o que fez Franklin Roosevelt. Ele fechou Wall Street”. 


[1] No caso da União Europeia (UE), as diretrizes que entraram em vigo a partir de 1 de janeiro requerem que os bancos emitam os chamados “títulos de resgate” (“bail-in bonds”) iguais a 8% do total de seus ativos. Títulos de resgate são autodefinidos como títulos que podem ser instantaneamente expropriados quando um banco se torna insolvente. – em outras palavras, eles são veneno para ratos. Deixando de lado por um momento quem no mundo alguma vez vá comprar tal instrumento financeiro com garantias de falência, o montante total a ser emitido pela UE são de aproximadamente 2,8 trilhões de dólares (8% de 34,5 trilhões dos ativos bancários). Se uma abordagem similar for levada a efeito no Japão e nos EUA (que já está acordado sob a Dodd-Frank), outros 1,9 trilhões em tais títulos seriam emitidos, para um total de 4,7 trilhões globalmente.

Se você somar a esse montante do “resgate interno”, o confisco total e a expropriação dos depósitos bancarios assim como feito no Chipre (por volta de um terço do total, apesar das promessas piedosas das autoridades da UE de que os depósitos abaixo de 100.000 euros não seriam tocados, promessas que foram prontamente violadas), teoricamente isso iria adicionar outros 11,8 trilhões à cesta de ativos a serem roubados. Então, o “resgate interno” total nominal seria levemente acima de 16 trilhões – de forma alguma próximo de salvar a bolha de derivativos, mas grande o suficiente para matar bilhões de seres humanos.

 

 

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