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O Poder de um Tirano tem sempre Seu Limite!
Está em Jogo o Destino da Humanidade
 

Por Helga Zepp-LaRouche, Presidente do partido alemao Buso (Direitos Civis - Solidaridade), e fundadora do Instituto Schiller. 

25 de Fevereiro de 2011 – Perante os olhos do mundo, se desenvolve um drama, que involve nada menos que a existência da civilização humana, ao menos como nós as conhecemos. Como se fosse um gigantesco terramoto que tinha afectado o planeta inteiro, a luta justa pela liberdade, se extende em todas as coordenadas, com manifestações massivas e desestabilizações; isto é, o sistema de globalização está em colapso, com resultados imprevisíveis. 

Agora, a humanidade está submetida em provas, se teremos a aptidão moral para sobreviver. A questão que se coloca é, se vamos enfrentar a tempo para podermos remover aquilo que o Papa João Paulo II uma vez chamou “as estruturas do pecado” e substituir-los com uma orden política e económica que esteja em harmonia com a ordens de Criação com as leis do universo físico. 

Perante a ameaça de bancarrota nacional dos Estados Unidos de América, de vários países europeus, e países chamados em via de desenvolvimento, que desde já muito tempo foi impedido o seu desenvolvimento, e o presentimento cada vez mais expandido entre o povo que o sistema financeiro mundial já está a alguns centímetros do seu colapso, e a classe política mostra um incompetência crasso. Incapazes de se desfazerem dos axiomas do sistema actual, estão colados aos patrões já bem conhecidos, como se tivessem medo de sequer ter-se apercebido da realidade do colapso.  

No entanto, os cidadãos comuns se acham ligados à nível mundial, pelo reconhecimento que eles não têm nenhum futuro com o antigo regime no poder, nem no Norte de Àfrica nem nos Estados Unidos de América. As mensagens de solidariedades se encruzam de Wisconsin à Egipto e Irlandia à Túnis. Já seja que a população saia à ruas contra gobernadores despóticas nos E.U.A., que querem esmagar os sindicatos, ou por direito à preços acessíveis de trigo na Índia, ninguém expressa melhor este espírito prevalecente do que o nosso grande poeta de liberdade, Frederico Schiller, cujo famoso Juramento de Ruetli estava pela sua vez inspirado na Declaração de Independência dos Estados Unidos de América, íntegra: 

“Não, o poder de um tírano tem um limite!
Quando o oprimido não pode encontrar justiça,
Quando a carga se torna insuportável – ele apela
Com coração intrépido ao Céu,
E daí deriva os seus direitos eternos.
Que aí moram, inalienavelmente seus,
E indestrutíveis como as estrelas mesmas.
O estado primordial da natureza reaparece,
Onde o Homem confronta o seu semelhante;
E se todos os outros meios ante suas necessidades falham,
Um último recurso le resta: sua boa espada.
Havemos de defender o mais precioso dos nossos bens
De violência. De pé estamos ante o nosso País,
De pé estamos ante nossas esposas, ante nossos filhos!” 

Nestes dias, os políticos e funcionários governamentais estão revelando, se eles estão à favor do bem comúm e da liberdade republicana, ou se estão à favor  da economia de casino e dos especuladores, que decidiram defender os seus direitos de obterem mega-ganâncias e previlégios relacionados. A primeira categoria inclui, por exemplo, o Presidente da Islândia, Olafur R. Grimsson, quem negou pela segunda ocasião a firmar uma Lei de Parlamento que incluia compensações para os bancos holandeses e britânicos, pela queda do Landsbanki de Islândia. Em vez disto, apoia o referendo que é exigido pela maioria da população. Na Irlanda, também pode-se esperar um referendo semelhante, logo após as eleições legislativas. Na segunda categoria se conta patetas como o presidente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, e o presidente do Banco Central Europeu (B.C.E.), Jean-Claude Trichet, os quais querem combater a inflação, producto de suas próprias políticas, reduzindo o ingresso real da população. 

O Ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, pode-se sentir como honrado, visto ele ser o primeiro Ministro de Finanças dos países dos G-20, que apoia totalmente neste momento, os resultados da Comissão Angelides; até rejeitou a opinião desidente dos quatro membros do Partido Republicano dos E.U.A. na mesma Comissão, em discurso que pronunciou no Centro de Estudos Financeiros da Universidade de Francoforte. Schaeuble confirmou explicitamente, que as injecções excessivas de liquidez —isto é, excessivos resgates para os bancos e desregulações excessivas, ou seja, o aborto das normas Glass-Steagall— é causa das crises. Este é um primeiro passo importante, em que Schaeuble merece elogio. No entanto, desafortunadamente não se pôde animar em endossar a única solução real, que consiste em introduzir de novo um sistema bancário que separe o banco comercial dos actividades especutivas —o seja, o sistema Glass-Steagall— à nível global; em vez disto focou-se à execução duma Lei de Restruturação em preparacão e o sistema do Euro, ambos dentro do domínio monetárista. 

Nada que se repasse ao fundo da situação vai poder rejeitar, que a insistência constante para poder salvar um sistema financeiro totalmente em bancarrota introduzindo-lhe mais pacotes de resgates, cria mais liquidez e portanto, mais especulação, especialmente em áreas de matérias primas e em preços de bens alimentícios. Isto por sua vez leva a mais distúrbios alimentícios, mais fluxos de refugiados, que naturalmente querem se deslocar para regiões onde eles pensam que tenham mais oportunidades de sobrevivência: a Europa. O governo italiano tem toda razão em não querer sozinho fazer frente à esta questão potencialmente gigantesca. E também tem toda razão, quando exige um Plano Marshall para o Norte de África, só que, precisamos um plano de reconstrução para o mundo todo! 

A realidade é que a humanidade só tem uma breve janela de oportunidade, durante o qual se pode levar à cabo a necessária reorganização do sistema financeiro e substituir o sistema monetarista com um sistema de crédito com base da tradição de Alexander Hamilton, o Novo Tratado (“New Deal”) e as normas de Glass-Steagall de Franklin D. Roosevelt. Na Alemanha  o “Kreditanstalt für Wiederaufbau” (Banco de Crédito para Reconstrução), que tomou como modelo a Corporação Financeira de Reconstrução de Roosevelt, foi o que mais nos acercou a um sistema de crédito. Este arrancou com éxito a Alemanha das ruinas e só em alguns anos, produziu o milagre económico alemão. Temos de retomar esta tradição. 

Um sistema de crédito não tem nada a ver com dinheiro; o Estado, através de diretrizes instrutivas de crédito para bases de produções futuras, assegura o crescimento do mercado interno e com este, novos níveis de vida da população. Isto significa também, que os estados soberanos firmem tratados de cooperação a longo prazo para projectos industriais e de desenvolvimento concretos orientados exclusivamente a elevar a productividade das forças de trabalho, mediante o desenvolvimento do potencial creativo da humanidade. Ou alcançemos isto, colocando de novo a humanidade como ponto central de políticas e de economia, ou então, nós entraremos num colapso, numa nova Idade das Trevas.  

Unem-se a nós na mobilização mais significativa de nossas vidas!

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