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O Desastre de Goldman Sachs provoca na Rússia Interrogatórios Sobre a BRIC

21 de Abril de 2010 (EIRNA) – As revelações sobre a sensacional fraude, embora muito típico do Banco de Investimentos Goldman Sachs, acusado de apostar contra os derivados financeiros que ele próprio oferecia aos seus clientes, iniciam a ter repercussões potencialmente muito saudáveis na Rússia.

Ontem, no portal oficial electrónico, em russo, da Organização de Cooperações de Shanghai, Infoshos.ru, se publicou um artigo entitulado “Foram Alguns Economistas Que Inventaram a BRIC, como seu quarteto”. Os “economistas” se identificam no artigo como funcionários de Goldman Sachs.

Nominalmente, as iniciais de BRIC significa Brasil, Rússia, Índia e China, mas Lyndon LaRouche sugeriu que “B”  de BRIC na realidade significasse “Britânico”, porque o sistema bancário brasileiro está dominado pelo banco espanhol Santander, que está fusionado com o Royal Bank Scotland ( Banco Real de Escócia) como componente integral do grupo bancário Inter-Alpha, criado pelos Rothschilds. Dentro da BRIC, o Brasil tem a função desorientadora de oferecer ligeiras alterações no sistema financeiro global que, na realidade, está completamente a quebrar, e ao mesmo tempo de promover sua perícia em “transporte de fundos” especulativos, como exemplo supostamente de crescimento mentado de mercados emergentes. Deste modo, a BRIC faz o contrário que a aliança das grandes quatro potências, Rússia, China, Índia, e os Estados Unidos, que substituiria realmente o Império financeiro britânico em bancarrota, com um sistema creditício, sustentado pelas Nações soberanas para o desenvolvimento económico autêntico, como a proposta LaRouche.

Na verdade, escreve a periodista Olga Kharolets no seu Infoshos.ru, “Para que tivesse uma Cimeira da BRIC (em junho de 2009), só se precisava que a aéronave do Presidente do Brasil fizesse aterragem em Yekaterinburg” . Naquele momento já se desenrolava uma Cimeira das potências do “triângulo estratégico” euroasiático, Rússia, China, e Índia. Se incorporó ao Brasil.

Infoshos.ru salienta que a mera aparéncia de BRIC, no cenário mundial foi resultado de “uma curiosa intriga” , já que foi “a única aliança no Mundo, cujo o nome foi encontrado antes que a mesma organização”. A periodista cita o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, quem se gaba de que a BRIC “existiu primeiramente nas mentes dos analistas, e logo se converteu numa realidade práctica”.

A periodista russa logo divulgou o nome: “se cré que o Pai do termo ‘BRIC’ foi o analista de Goldman Sachs, Jim O’Neill” no ano 2001. 

Na realidade, o papel de O’Neill para fomentar a criação da BRIC não é nenhum segredo. Mesmo o Primeiro Ministro da Índia, Manmohan Singh, citado no diário, “The Hindu”, na Cimeira da BRIC, no Brasil, durante a semana passada, distacou que o projecto foi uma idéia de Goldman Sachs, mas “agora, nós tratamos de lhe darmos uma forma, introduzir substância”. Em 2007, antes que se constituisse oficialmente a BRIC, O’Neill publicou um livro de 270 páginas promovendo a necessidade que existisse. Goldman Sachs dedica uma página especial no seu portal electrónico sobre “os BRIC’s”, como denomina estas Nações, com vínculos a videos aonde O’Neill se apresenta, com o seu acento de inglês muito pesado: “Eu sou Jim O´Neill. Sou chefe da Global Economic Research de Goldman Sachs, e sou o criador do acrónimo BRIC”.

Mais surpreendente é o quão pouco tem sido relatado na Rússia até agora a escandalosa origem na Goldman Sachs da configuração da BRIC, que se promove muito pomposamente como um meio pelo qual seus membros são independentes das economias e das finanças europeus e dos E.U.A.. Pois Goldman Sachs não é precisamente desconhecido na Rússia, especialmente em relação a pilhagem da economia russa durante o Governo de Yegor Gaidar e Anatoli Chubais na década que começou em 1990. No seu livro de 1998, Genocídio,(edição em inglês, EIR, 1999), o Académico russo, Sergei Glazyev da alguns detalhes, quando se refere sobre o colapso da pirâmide dos títulos do Governo russo (conhecido como GKO, síglas em russo), no verão de 1998. “Enquanto apareciam os primeiros indícios que se aproximava um colapso irreversível, a firma Goldman Sachs, muito ligado ao Tesouro dos Estados Unidos, conseguiu o apoio do Senhor Chubais para organizar a conversão dos desvalorizados GKO de seus clientes...em títulos do Governo russo denominados em dólares por um valor aproximado de $4.000 milhões que, subsequentemente foram isentos da reestruturação forçada”. Naquele momento, o alto funcionário do Tesouro dos Estados Unidos que negociava com a Rússia era homem de Goldman Sachs, Larry Summers, quem encabeça agora o Conselho Económico Nacional de Barack Obama.

Na medida que forem reveladas mais detalhes sobre as prácticas corruptas de Goldman Sachs, surgirá na Rússia, de forma natural, o interrogatório: Se inventou a BRIC, como meio para pilhar a Rússia... outra vez?

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